"O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. O Direito não é uma simples idéia, é força viva. Por isso a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada, por meio da qual se defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça bradir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança."

-- Rudolf Von Ihering

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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Deputada sobre greve no RJ: 'será orgulho ser cassada por bandidos' ("Antes ser um cão do que um homem, se tem de ser pisado". R.V. IHERING).


10 de fevereiro de 2012  18h38  atualizado às 18h42


 Policiais dão as mãos em frente ao Quartel-General da Polícia Militar, no centro do Rio de Janeiro, no momento em que dois PMs se entregaram. Eles .... Foto: Marcus Vinicius/Terra


Policiais dão as mãos em frente ao Quartel-General da Polícia Militar, no centro do Rio de Janeiro, no momento em que dois PMs se entregaram. Eles tiveram a prisão decretada por serem considerados líderes da greve 
Foto: Marcus Vinicius/Terra






A deputada estadual Janira Rocha (Psol-RJ), que corre o risco de ter o mandato cassado após a divulgação de escutas telefônicas em que incitaria a greve de policiais e bombeiros do Rio de Janeiro, disse nesta sexta-feira que não se arrepende da conversa que manteve com o cabo bombeiro Benevenuto Daciolo e que teria "orgulho" em ser cassada por "bandidos".

"Esse processo de julgamento é, antes de mais nada, uma ação política. Se a população do Rio ficar majoritariamente a favor da causa dos policiais e bombeiros, vai ser difícil ficar contra a vontade popular e me cassar", diz Janira. "O resultado tem a ver com a correlação de forças que for estabelecida na sociedade. Mas não vou mover minha ação política pelo medo de ser cassada. Se isso acontecer, vou ter orgulho de ser cassada por uma corja de bandidos ao defender os trabalhadores. No meu modo de ver, essa gente é guiada por interesses escusos dentro do Estado."

A parlamentar afirma, no entanto, que não incentivou os grevistas a cometerem qualquer ato ilícito e criticou a "edição da gravação feita pela TV Globo". "Meu trabalho é político, discuto politicamente com o comando do movimento sobre as melhores táticas a serem adotadas. Na mesma gravação, eu deixo bem claro que considero abominável qualquer ato de vandalismo ou uso de armas, mas esse trecho foi cortado pela Globo."

Segundo Janira Rocha, que acompanhou os 11 líderes do movimento grevista presos na manhã desta sexta-feira, o governo está colocando em risco a integridade dos grevistas presos. "Olha só o tipo de coisa que esse governador está fazendo: ele pega policiais e os coloca no mesmo presídio em que diversos bandidos que eles prenderam durante anos cumprem pena. É uma tortura indireta. A chance de uma tragédia acontecer é imensa", alerta.

Janira afirma que o próximo passo na defesa dos policiais e bombeiros vai ser buscar revogar a prisão na Justiça. No entanto, ela acredita que será preciso buscar os tribunais superiores em Brasília. "Temos uma reunião com a Comissão de Direitos Humanos da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), familiares dos presos e a Defensoria Pública para buscar caminhos jurídicos para este impasse. Estamos achando que, como existe um verdadeiro estado de excessão no Rio, está tudo montado para transformar a greve em um grande crime. Vamos tentar os tribunais superiores, onde temos maior chance de sucesso. E, na verdade, o que está acontecendo aqui tem que ser discutido nacionalmente."

A deputada elogiou a postura do colega Wagner Montes (PR-RJ), apresentador da Record. Segundo ela, Wagner conseguiu mostrar a realidade da situação. "Gostei muito do programa de hoje do deputado Wagner Montes. De um lado, a Globo está dizendo que está tudo bem. Mas não adianta a mentira. Ele entrevistou o relações públicas da Polícia Militar, coronel Frederico Caldas, que dizia que não houve adesão e minimizava o movimento. Ao mesmo tempo, mostrava imagens da mobilização na Cinelândia, da carreata pelas ruas da cidade e dos quartéis lotados."

A parlamentar acredita que essa é a oportunidade ideal para que a sociedade discuta os rumos que as polícias devem tomar. "Se a sociedade, principalmente nossa classe média hipócrita, quer viver com segurança, precisa assumir sua responsabilidade e confrontar a polícia ideologicamente. Precisamos de instituições modernas e democráticas. O Estado está introjetado nas pessoas essa concepção de Estado punidor, que controla socialmente, o Estado do vigiar e punir está lá. Isso não se reflete só pela ordem dos oficiais, isso está dentro dos próprios praças", afirmou,acrescentando que é preciso "largar de vez o ranço da ditadura". "É como se existisse uma formação que diz assim: 'desconfie do pobre'. Se ele está vestido com aquele boné, camiseta surrada, ele já é bandido. É só achar uma prova material. É essa a polícia cheia de preconceito que queremos?", questiona.

A greve no Rio
Policiais civis, militares e bombeiros do Rio de Janeiro confirmaram, no dia 9 de fevereiro, que entrariam em greve. A opção pela paralisação foi ratificada em assembleia na Cinelândia, no Centro, que reuniu pelo menos 2 mil pessoas.

A orientação do movimento é que apenas 30% dos policiais civis fiquem nas ruas durante a greve. Os militares foram orientados a permanecerem junto a suas famílias nos quartéis e não sair para nenhuma ocorrência, o que deve ficar a cargo do Exército e da Força Nacional, que já haviam definido preventivamente a cessão de 14,3 mil homens para atuarem no Rio em caso de greve.

Os bombeiros prometem uma espécie de operação padrão. Garantem que vão atender serviços essenciais à população, especialmente resgates que envolvam vidas em risco, além de incêndios e recolhimento de corpos. Os salva-vidas que trabalham nas praias devem trabalhar sem a farda, segundo o movimento grevista.

Policiais e bombeiros exigem piso salarial de R$ 3,5 mil. Atualmente, o salário base fica em torno de R$ 1,1 mil, fora as gratificações. O movimento grevista quer também a libertação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, detido administrativamente na noite de quarta-feira e com prisão preventiva decretada, acusado de incitar atos violentos durante a greve de policiais na Bahia.




Greve das polícias pode levar ao estado de defesa. (ISTO É GRAVE).







Picture











Saiu na Folha de hoje (10/02/12/):

"DNA do monstro
A imagem de um general confraternizando, abraçando, ganhando bolo e até chorando com policiais militares em greve não é boa para o governo da Bahia, para o governo federal, para o Exército, nem para o próprio general Gonçalves Dias - que passou muitos anos ao lado de Lula, tentou improvisar ao estilo lulista e quebrou a cara. Lula tem origem sindical, Dias é um militar. Além disso, só Lula é Lula.
Feita a crítica ao general - que continua no comando, mais militar, menos sindicalista - ressalte-se que Lula, o agora governador Jaques Wagner e o PT engordaram o monstro ao comemorar a greve de policiais na mesma Bahia em 2001. A greve de hoje é, de certa forma, desdobramento da de ontem. Com o monstro e o caos criados, jogam o Exército contra os grevistas.
Situação delicada. Duas forças armadas frente a frente, estranhando-se, ameaçando-se. Ou, ao contrário, apoiando-se. Qualquer fagulha...
"

Só dois grupos estatais usam legalmente as armas como instrumento de trabalho no Brasil: as polícias e as Forças Armadas. Como dito no artigo acima, as greves na Bahia e no Rio colocoram esses dois grupos frente à frente. Essa não é apenas uma situação factualmente perigosa, mas juridicamente delicada pois dá ensejo à decretação do estado de defesa, um meio termo ao estado de sítio criado pela Constituição de 88.

O artigo 136 da Constituição diz que a presidente pode decreta-lo “para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional”.

O artigo salienta dois critérios: deve haver instabilidade (ou sua iminência) e ela deve ser grave. É difícil imaginar maior instabilidade institucional do que polícias e Exército se enfrentando nas ruas. Não apenas pela possibilidade de conflito direto, mas por deixarem o resto da sociedade desprotegida. O critério instabilidade já está preenchido. 

Essas duas instituições servem para proteger fisicamente, ainda que de maneiras distintas, o Estado e a sociedade. Enquanto elas se encaram, deixam de observar a sociedade.


Factualmente, já estamos próximo ao ponto em que a presidente pode utilizar tal prerrogativa.

O outro critério é a gravidade, e esse é um julgamento de valor. A revolta de um pequeno grupo não é grave. A revolta de um pequeno grupo com acesso a armas é mais grave. A revolta de um grande grupo com acesso a armas é muito grave. O limite depende de quanto o Estado acha que pode aguentar antes de apelar para medidas extraordinárias. É possível resolver o problema negociando e controlar a segurança da população ao mesmo tempo? 

Mas o fato de o elefante estar na sala não torna a discussão de sua existência mais fácil.

Primeiro, porque o estado de defesa implica na restrição de direitos constitucionais aos quais nos acostumamos, como sigilo de correspondência e telefônico e o direito de reunião. Segundo, porque nunca tivemos a decretação do estado de defesa e não sabemos exatamente como gerencia-lo. 

Pior: se ele falhar – ou se as greves se alastrarem pelo país – o próximo (e derradeiro) passo é a decretação do estado de sítio. O estado de sítio é o limbo entre um regime democrático e uma ditadura. Além dele, é o breu. Depois de decretado, nunca sabemos como, quando e se as forças armadas retornarão à caserna.

Para a decretação do estado de defesa, a presidente deve ouvir – e não necessariamente seguir a orientação – dos conselhos da República e de Defesa Nacional. O primeiro é essencialmente político e o segundo é técnico.

E, depois de decretado, ela tem vinte e quatro horas para submete-lo ao Congresso. Este, por sua vez, outros dez dias para aprecia-lo. Até lá, o decreto vige e gera consequências. 
Dois problemas aqui:

A Constituição não é clara no que deve acontecer se o Congresso não vota-lo nesse prazo de dez dias e o problema continuar.

Além disso, durante o Estado de defesa o Congresso é obrigado a funcionar continuamente. E o carnaval começa em uma semana.



http://direito.folha.com.br/1/post/2012/02/greve-das-polcias-pode-levar-ao-estado-de-defesa.html

Greve da PM no RJ só termina com revogação dos mandados de prisão.






As prisões de policiais militares grevistas no Rio de Janeiro provocou outra reviravolta nas negociações. Um dos manifestantes afirmou que a paralisação só termina quando houver a revogação dos mandados de prisão e a soltura dos 59 policiais detidos nesta sexta-feira (10).


Entre os policiais presos, nove integram o grupo dos que tiveram mandados de prisão decretados. Eles são apontados como líderes do movimento. Outros 50 agentes foram presos hoje sob suspeita de motim.


De acordo com a Folha de São Paulo, o cabo da PM João Carlos Gurgel e o major da reserva Hélio Oliveira afirmaram que vão se apresentar ao quartel general ainda hoje. "Quem foge da prisão é bandido, nós não somos bandidos, vamos nos apresentar", disseram. Os nomes dos outros nove PMs ainda não foram divulgados, assim como o vereador Cabo Julio. Confira vídeo:





Além dessas revogações, os grevistas reivindicam a liberação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, que está preso desde a quarta-feira (8). A sua prisão foi decretada logo depois de escutas telefônicas vazarem à rede Globo. Houve pedido de habeas corpus, mas foi negado pela Justiça.


As três categorias não ficaram satisfeitas com a proposta de reajuste apresentada pelo governo estadual e aprovada ontem pela Alerj (Assembleia Legislativa). O grupo reivindica salário base de R$ 3.500 para as categorias a partir deste mês de fevereiro.


Para o soldado que conversou com a reportagem do Bocão News, a greve só terminará quando forem revogados os mandados de prisão e a soltura. “Até lá continuaremos mobilizados”. Ele, no entanto, não confirmou a informação sobre a manifestação agendada para o domingo (12) em Copacabana.


Com informações da Folha de São Paulo


http://www.zevaldoemaragogipe.com/2012/02/greve-da-pm-no-rj-so-termina-com.html



Greve no Rio: PM prende 145
policiais, mas liberta 129


Agentes ainda correm risco de exoneração
Do R7 | 10/02/2012 às 18h46



Administrativo da Polícia Militar, coronel Robson Rodrigues.


Rodrigues explicou que, dos 16 que permanecem detidos, nove foram presos após expedição de mandado da Justiça




Desde que a greve de policiais e bombeiros foi instaurada, no fim da noite de quinta-feira (10), a Polícia Militar prendeu 145 PMs que aderiram ao movimento. Do total, porém, 129 – todos do Batalhão de Volta Redonda (28º BPM) - foram soltos na tarde desta sexta-feira (10), segundo o chefe do Estado Maior





Militar. Outros sete foram detidos em flagrante por desobediência.



De acordo com o coronel, os policiais que foram liberados responderão por crime militar na Justiça Militar. Além disso, responderão a um procedimento administrativo interno e correm risco de exoneração.

- Eles estão indiciados. Foram liberados, mas não quer dizer que não podem voltar a ser presos. Vão responder em duas frentes: Justiça e procedimento interno. Ou seja, também podem ser expulsos da corporação.

O Corpo de Bombeiros do Rio informou que 123 guarda-vidas serão presos administrativamente em razão da greve. Todos foram indiciados na tarde desta sexta-feira. Além disso, o comandante do 2º GMar (Grupamento Marítimo da Barra da Tijuca), tenente coronel Ronaldo Barros, foi exonerado.

O comando-geral da corporação abriu procedimento administrativo interno para avaliar a conduta de 15 guarda-vidas e do cabo Benevenuto Daciolo, um dos líderes grevistas. Ele está preso no complexo penitenciário de Bangu, zona oeste, após ser detido na quarta-feira (8), quando desembarcava no aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, na Ilha do Governador, zona norte.

O advogado Marcos Espínola irá entrar ainda na noite desta sexta-feira com um pedido de habeas corpus para o ex-corregedor da Polícia Militar, coronel Ricardo Paúl, que foi preso acusado de incitar a greve. O coronel foi levado ao presídio Bangu 1, um presídio de segurança máxima.


Adesão maior no interior


Apesar da paralisação, o clima é de aparente tranquilidade na cidade do Rio de Janeiro. A situação é mais problemática em cidades do interior, como Volta Redonda e Campos, onde um número maior de policiais aderiu ao movimento. Devido a isso, policiais do BPChoq (Batalhão de Choque) e do Bope (Batalhão de Operações Especiais) foram enviados para estas cidades.



Instrutores do Cfap (Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças) denunciam que alunos ainda em formação também estão sendo enviados para reforçar o patrulhamento no interior.

O Corpo de Bombeiros informou que os atendimentos considerados de emergência não serão afetados pela paralisação. A Polícia Civil informou que o atendimento nas delegacias não foi afetado. Ao percorrer algumas delegacias, a reportagem do R7 flagrou policiais da Delegacia de Penha (22ª DP) orientando um homem vítima de roubo voltar outro dia para registrar queixa. Apesar casos graves ou de prisão em flagrante estavam sendo registrados nesta manhã.

O relações-públicas da PM, coronel Frederico Caldas, disse que a população do Rio de Janeiro pode ficar tranquila e que considera desnecessária a intervenção das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança. O oficial informou ainda que aqueles que se recusarem a trabalhar serão presos administrativamente. Pelo menos 14 haviam sido presos até as 13h30, entre eles alguns líderes do movimento grevista.


Os líderes do movimento grevista disseram que não querem acabar com o Carnaval do Rio e ressaltaram que ainda faltam oito dias para a festa, tempo suficiente para que as renegociações aconteçam.


Justiça Militar expede 11 mandados de prisão, diz PM


O relações públicas da Polícia Militar, coronel Frederico Caldas, ainda disse que a Justiça Militar expediu 11 mandados de prisão para todas as lideranças do movimento grevista do Rio. Segundo ele, os policiais que cruzarem os braços serão responsabilizados e submetidos a conselhos disciplinares.


Ainda de acordo com o coronel Caldas, o número de faltas nas unidades nesta sexta é desprezível.


Pela manhã, o major Hélio Oliveira, da associação dos oficiais inativos, e o cabo João Carlos Gurgel, ambos líderes do movimento grevista, foram presos após se apresentarem no Quartel General no início da tarde desta sexta-feira (10).


Os advogados do cabo Gurgel já foram acionados, mas nenhuma medida havia sido tomada até às 12h45. Não havia informações sobre a defesa do major Hélio.


Os dois participaram de uma entrevista coletiva no inicio desta tarde, na Coligação dos Polícias Civis, no centro da capital fluminense, onde reconheceram avanços nas negociações com o Estado, mas disseram que a proposta ainda não é suficiente.


O grupo disse que não quer acabar com o Carnaval do Rio e ressaltou que ainda faltam oito dias para a festa, tempo suficiente para que as renegociações aconteçam.





Início da greve



Bombeiros, policiais militares e policiais civis do Rio decretaram greve por volta das 23h20 da última quinta-feira. No horário, mais de 2.000 manifestantes se concentravam na Cinelândia, centro da capital fluminense. O anúncio de paralisação aconteceu no dia em que a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) aprovou reajuste de 38,81% até 2013 para as categorias - percentual considerado insatisfatório. Sem votação, um líder do movimento fez o comunicado no microfone, durante a manifestação na Cinelândia.

- A partir deste momento, policiais civis, policiais militares e bombeiros estão oficialmente em greve.

Bombeiros, PMs e policiais civis disseram que continuarão atuando em casos emergenciais. Cerca de 30% do efetivo da Polícia Civil permanecerá em atividade. As investigações devem ser congeladas, mas ocorrências consideradas graves serão atendidas.

Assista aos vídeos:




 





http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/greve-no-rio-pm-prende-145-policiais-mas-libera-129-20120210.html

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Greves de PMs ameaçam se espalhar pelo Brasil


Segurança pública

Greves de PMs ameaçam se espalhar pelo Brasil

Sem que situação na BA esteja definida, associações policiais de 8 estados e do DF ameaçam paralisação para pressionar parlamentares a aprovar PEC 300

Bruno Huberman, Gabriel Castro e Marina Pinhoni
Soldados do Exército observam manifetação de policiais militares em greve que desde a semana passada ocupam a Assembleia Legislativa da Bahia
Soldados do Exército observam manifetação de policiais militares em greve que desde a semana passada ocupam a Assembleia Legislativa da Bahia (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Embora oficialmente não esteja encerrada, a greve de policiais militares na Bahia parece caminhar para um desfecho nesta quinta-feira. Os grevistas desocuparam o prédio da Assembleia Legislativa do estado e os líderes do movimento foram presos. O fantasma das paralisações de PMs, no entanto, não foi exorcizado. Pelo contrário. Nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, uma assembleia com representantes de várias organizações nacionaisdefinirá se os policiais fluminenses também interromperão os trabalhos. E o que se desenha é a possibilidade de nacionalização dos protestos. Nas últimas semanas, associações policiais de todo o Brasil parecem ter superado suas divergências ideológicas (já que muitas são aparelhadas por partidos políticos) e se unido em torno de um objetivo comum: pressionar o Congresso para que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300/2008, ou apenas PEC 300, seja aprovada.
Leia também:

O projeto da PEC 300 cria um piso nacional para policiais militares e bombeiros no valor de 3 500 reais – bem acima da média nacional. Segundo um levantamento realizado pelo site de VEJA, oito estados e o Distrito Federal estão com negociações em andamento e ameaçam entrar em greve nos próximos dias. São eles: Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Alagoas, Espírito Santo, Goiás, Tocantins e Mato Grosso (veja mapa abaixo). “Na semana que vem, muitas corporações vão parar se a coisa continuar desse jeito”, afirmou o sargento Gilberto Cândido de Lima, vice-presidente da Associação Nacional de Cabos e Soldados (Ancs), que também é presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PM de Goiás (ACS-GO).
Ciente do impacto que a PEC 300 teria nas contas públicas, especialmente para os estados, o governo tem usado sua ampla maioria no Congresso para adiar repetidas vezes a votação do projeto. A proposta foi aprovada em primeiro turno na Câmara, mas precisa de uma nova votação na Casa antes de seguir para o Senado. Em tese, bastaria a vontade do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para concluir a votação.
Frente dupla - Diante da resistência em Brasília, as associações estaduais trabalham em duas frentes: ao mesmo tempo em que se articulam nacionalmente pela PEC 300, reivindicam localmente questões específicas. “Claro que as mobilizações são uma pressão pela PEC 300, mas cada associação também tem que lutar dentro do próprio estado”, disse o tenente Aparício Santellano, presidente da Associação dos Sargentos Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar do Rio Grande do Sul (Asstbm). “Não queremos que aconteça com os policiais o mesmo que aconteceu com os professores. Estabeleceram um piso nacional, mas os governadores não cumpriram.”
Em muitos casos, as reivindicações se assemelham: aumento salarial, revisão do plano de carreira, carga horária de 40 horas semanais, aumento do efetivo e melhores equipamentos. “Temos soldados com 22 anos de polícia que ainda não foram promovidos a cabos”, observou o sargento Jean Ramalho, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros do Espírito Santo (ACS-ES). “No Rio de janeiro, por exemplo, esse tempo já foi reduzido de oito para seis anos. A reestruturação possibilitaria essas promoções”.
Em alguns estados, as chances de estourar uma greve nos próximos dias são maiores. Em Alagoas, por exemplo, há fortes indícios de que a paralisação comece nesta quinta-feira caso não haja avanço nas negociações com o governo. Está marcada para hoje uma reunião entre as associações e a Secretaria de Gestão Pública. “Infelizmente a gente só consegue alguma coisa neste país com a força da mobilização”, lamentou o major Wellington Fragoso, presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal). “As leis têm que ser cumpridas também pelo estado”.
Os representantes de classe são unânimes em apontar que a greve é o último recurso utilizado depois do fracasso das negociações – que algumas vezes não é nem iniciada. “O maior problema que enfrentamos é a falta diálogo”, afirmou o sargento Cândido de Lima, de Goiás. “O governador Marconi Perillo (PSDB) não aceita sentar conosco para conversar. Ele já desmarcou três reuniões. Se ele continuar com essa atitude, estará provocando uma situação que não queremos: a paralisação”.
No Distrito Federal e no Espírito Santo, assembleias com indicativos de greve estão marcadas para a próxima semana. Os policiais do Rio Grande do Sul deram até o carnaval para o governo aceitar as suas reinvindicações. As negociações estão bastante avançadas no Paraná, mas bem pouco em Tocantins. No Mato Grosso, a mobilização começou nos últimos dias e os representantes já falam em cruzar os braços. No Pará, os grevistas foram prontamente atendidos pelo governador Simão Jatene (PSDB) depois de uma paralisação de apenas um dia.
Por enquanto, governo e oposição têm o mesmo discurso: os movimentos grevistas não vão acelerar a tramitação da PEC 300. "Existe um problema real dos salários dos policiais e ele precisa ser resolvido com diálogo dentro dos estados, a partir da possibilidade de cada Orçamento”, argumenta Cândido Vaccarezza (PT-SP), o líder do governo da Câmara. “Não é a União que tem de resolver o problema do salário dos policiais". Mesmo dentro do PSDB, a posição é de cautela. O partido, que governa oito estados, sabe que a aprovação da proposta poderia dificultar a gestão dos orçamentos locais. "Não é salutar", disse o líder tucano, Bruno Araújo (PE).
Líder do movimento mato-grossense, o deputado federal Cabo Juliano Rabelo (PSB-MT), que estará na assembleia desta quinta no Rio, pensa de outra maneira. “Se a polícia parar, o Brasil para”, afirmou. “A única coisa que queremos é a valorização do profissional de segurança.” Mesmo sendo membro da base aliada do governo, Rabelo é taxativo: “Se acontecer uma catástrofe nacional, só terá uma culpada: a presidente Dilma Rousseff.”...



Bombeiros, policiais civis e militares entram em greve
Paralisação começa às 0h desta sexta-feira e foi decidida em ato na Cinelândia, no Centro do Rio

POR RICARDO ALBUQUERQUE


Rio - Os bombeiros e policiais militares entraram em greve geral na noite desta quinta-feira. A decisão foi tomada durante assembleia na Cinelândia, no Centro do Rio. Segundo o comando do movimento, a greve é por tempo indeterminado.

>> CONFIRA NAS BANCAS: Novas datas do reajuste da Polícia Civil, Militar e Corpo de Bombeiros

Manifestantes estão concentrados na Cinelândia | Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia

A decisão dos manifestantes é de permanecer parados dentro dos quarteis, a partir da 0h desta sexta-feira.

De acordo com a decisão das duas primeiras assembleias, foi determinado que todos os bombeiros e policiais militares passarão todo o período dentro dos respectivos quarteis. "Se prender um, vai ter que prender todo mundo", disse Wellington Machado, cabo do 22º BPM (Benfica)

Pouco depois do anúncio da greve de PMs e Bombeiros, foi a vez da Polícia Civil decretar sua greve. Segundo os líderes do movimento na instituição, só atendimento básicos serão realizados. "Pedimos para que as pessoas permaneçam em suas casas", disse Fernando Bandeira, presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil.

Os líderes dos bombeiros garantiam que haveria greve caso algum item da sua pauta de reinvindicações não fosse atendido pelo governo. Eles pedem a libertação do cabo Benevenuto Daciolo, preso no fim da noite de quarta-feira, auxílio-transporte e alimentação de R$ 350, piso salarial de R$ 3.500 e jornada de 40 horas semanais.

Tropas federais a qualquer momento, diz Beltrame

Beltrame, em Brasília: ‘Problema a gente resolve com diálogo e ordem’ | Foto: Divulgação

Tropas do Exército, em caso de greve, podem ser acionadas a qualquer momento para garantir a segurança de moradores e turistas que visitam o Rio, de acordo com o secretário de Segurança José Mariano Beltrame. Nesta quinta-feira, em Brasília, ele disse que o plano está pronto desde os Jogos Pan-Americanos de 2007. “Temos um protocolo de ações construído desde aquele ano, e o foco é o interesse público e manutenção da paz”, ressaltou.

Autoridades da Segurança se reuniram nesta quarta-feira com a cúpula do Comando Militar do Leste para ajustar detalhes do possível pedido de auxílio às tropas federais. Mais cedo, Beltrame disse que acreditava num acordo com os profissionais da Segurança, apelando para o ‘bom senso’ dos servidores.

Aumento aprovado na Alerj

A Assembleia Legislativa do Rio aprovou nesta quinta-feira, por 60 votos a um (duas abstenções e sete faltosos), o projeto de lei que concede 38,81% de aumento aos 122.640 servidores da Segurança Pública, que será quitado em fevereiro de 2013.

O governador Sérgio Cabral voltou a afirmar, na tarde desta quinta-feira, que descartava qualquer possibilidade de greve. Ele citou que o reajuste concedido à categoria representa impacto de R$ 1,8 bilhão nos cofres públicos e disse que confia nas instituições.

“Os profissionais da segurança sabem que esse não é o melhor método e reconhecem que estamos fazendo e que há ainda muito a ser feito. Se todos os meus antecessores tivessem feito o mesmo, o padrão salarial dos militares seria um dos melhores. Mas não fizeram nada antes de mim”, afirmou o governador.




http://odia.ig.com.br/portal/rio/bombeiros-policiais-civis-e-militares-entram-em-greve-1.405009