"O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. O Direito não é uma simples idéia, é força viva. Por isso a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada, por meio da qual se defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça bradir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança."

-- Rudolf Von Ihering

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IDIOMA DESEJADO.

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terça-feira, 18 de março de 2014

Record encerra matéria de Russomanno; a emissora foi ameaçada de processo.

COAÇÃO EM PROGRAMA DE TV AOS EMPRESÁRIOS,

 CELSO RUSSOMANO CONSTANTEMENTE  AMEAÇA LEVAR A POLÍCIA JUNTO COM O CONSUMIDOR RECLAMANTE SE OS FORNECEDORES DE PRODUTOS OU SERVIÇOS NÃO RESOLVEREM AS QUESTÕES DA MANEIRA QUE ENTENDE ELE COMO JUSTA; ORA SÓ NÃO DIZ QUE OS CRIMES DO CDC; SE CONFIGURADOS COMO TAL; SÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO, PORTANTO DE POUCA VALÍA A POLÍCIA SERIA, SÓ SERVE MESMO AO PROPÓSITO DE COAGIR.

PROGRAMA DE TV TEM LEGITIMIDADE PARA EXPOR O NOME DE PESSOAS, FÍSICAS E JURÍDICAS EM REDE NACIONAL? MUITAS VEZES A IMAGEM DESTES CONSTRUÍDOS AO LONGO DE MUITOS ANOS, E ASSIM SERIA ENTÃO ATO ILÍCITO E PORTANTO INDENIZÁVEL? 











Ameaçada de processo, Record encerra matéria de Russomano às pressas Foto: Edu Moraes/Record





Após se ver ameaçada de processo, a Record, no “Programa da Tarde” desta quinta-feira (21), encerrou rapidamente uma participação de um quando da atração, que tem Celso Russomanno como apresentador.


Exposta no quadro “Patrulha do Consumidor”, a dona de uma empresa se queixou de danos morais depois de resolver o problema da consumidor que procurou o programa.

“A sólução [do caso] não vai amenizar as minhas perdas“, disse ela. Ao ouvir a reclamação, Britto Jr. atropelou todo mundo e chamou outra história: “Ô, Luciana, temos pouco tempo e outras pessoas estão na fila.”



O jornalista Joaquim de Carvalho, paulista de Assis, fez em 1994 o primeiro grande perfil de Celso Russomanno. Foi para a revista Veja São Paulo, onde eu trabalhava como repórter. Russomanno era um campeão de audiência no programa sensacionalista Aqui Agora e havia se elegido deputado federal com mais de 200 mil votos. A convite do Diário, Joaquim escreveu sobre os bastidores dessa matéria. Ele conta que Russomanno lhe suplicou, de mãos juntas, para não publicar uma denúncia. “Se você acredita que eu posso fazer alguma coisa boa por este país, pelo direito do consumidor, não publica isso. Vai ficar difícil para mim.”
Joaquim passou pelo Estadão, Veja e Jornal Nacional. Hoje, aos 49 anos, faz reportagens para a produtora Memória Magnética. É autor do livro Basta! Sensacionalismo e Farsa na Cobertura Jornalística do Assassinato de PC Farias, finalista do Prêmio Jabuti de 2005.
Celso Russomanno é Celso Russomanno.


Russomanno: o justiceiro e o baladeiro na mesma pessoa
Eu conheci Celso Russomanno quando recebi da revista Veja a tarefa de cobrir o assassinato do governador do Acre Edmundo Pinto, no hotel Della Volpe, em São Paulo. Era maio de 1992. Russomanno havia se tornado celebridade depois de estrelar uma reportagem que mostrava sua mulher morrendo no hospital São Camilo, supostamente por erro médico, dois anos antes. No Della Volpe, Russsomanno fazia as vezes de assessor de imprensa, mas não viabilizou uma única entrevista com os proprietários ou diretores do hotel. Sua preocupação era com a imagem do lugar, o que é natural na função que desempenhava, mas soava estranho que o mesmo profissional tivesse dupla militância. Depois de passar manhãs e tardes barrando repórteres no saguão, Russomanno pulava o balcão, pegava o microfone do SBT e saía atrás de notícias para o programa Aqui Agora, cujo elenco passou a integrar depois da cobertura do falecimento de sua esposa.
No Aqui Agora, Russomanno fazia reportagens sobre pessoas lesadas. Brigava com lojistas, corria atrás de devedores na rua e até levou uma surra dos funcionários de uma empresa que comprava e vendia telefones, denunciada por ele. Uma de suas maiores façanhas foi obter aposentadoria para 11 000 velhinhos, depois que denunciou a burocracia do INSS e entrevistou em Brasília o então ministro da Previdência Social, que lhe deu uma espécie de procuração para resolver o problema das aposentadorias. Russomanno passou a receber e a despachar pedidos de pensão, que tinham atendimento instantâneo. Na sua área preferida, a defesa do consumidor, procurava mediar acordos no ar, e criou um bordão: “Estando bom para ambas as partes, está bom para Celso Russomanno.” Ele ficou famoso. Sempre que havia uma situação de aparente desrespeito a direitos, em qualquer parte do Brasil as pessoas ameaçavam chamar Celso Russomanno.

A capa da Veja São Paulo
Em 1994, o senador Mário Covas, candidato a governador, o convidou para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Celso Russomano saiu da eleição como o campeão das urnas, com 233 482 votos. Bateu veteranos da política, como o ex-governador Franco Montoro, e seu desempenho chamou a atenção da imprensa. Uma semana depois da eleição, os jornais publicaram perfis de Russomanno, todos destacando a faceta de justiceiro. A revista Veja São Paulo também quis retratar o campeão das urnas e me pautou para essa tarefa. Passei três dias na companhia de Russomanno e levei outros dois ouvindo pessoas que o conheciam.
O retrato que saiu dessa apuração revelava a convivência de dois personagens completamente distintos em um mesmo RG: o primeiro era um homem que mantinha uma caprichada coleção pessoal de fotos 3 por 4, admitia nunca ter lido uma única obra literária, estudava propor uma lei para obrigar os ônibus e caminhões a colocar os escapamentos voltados para o alto como forma de combater a poluição, pois “essa fumaça é insuportável”, e definia o regime militar da seguinte forma: “Em 1964, dizem os livros de História, os navios americanos estavam cercando o Brasil e, se não houvesse uma solução, o Brasil seria invadido. Foi uma decisão soberana.” O mesmo Russomanno, na época com 38 anos, revelava sua preferência por mulheres mais jovens com o argumento de que as da sua faixa etária eram “encrenca” – “desquitada ou encalhada”. Na época, tinha saído de um namoro com Simony, que anos antes era a estrela do programa infantil Balão Mágico (Simony já tinha 18 anos).

No "Aqui Agora": fama de justiceiro
O segundo personagem era um cidadão intelectualmente simples, de voz baixa e macia e que costuma falar com as pessoas bem de perto, quase tocando. Este utilizava o microfone para caçar comerciantes que vendiam mercadoria e não entregavam, pessoas que compravam e não pagavam, planos de saúde que prometiam o paraíso e entregavam o purgatório. Este Russomanno tinha muita audiência. Ele também usava o microfone num programa noturno, o Night and Day, no estilo coluna social, que cobrava por entrevistas. Vez ou outra, o Russomanno baladeiro encontrava o Russomanno justiceiro. Um desses cruzamentos resultou na propaganda da Ibirapuera, empresa que comprava e vendia telefone. O rosto de Russomano ficou meses num anúncio na traseira dos ônibus, acompanhado da frase: “Esta linha eu garanto”. Celso Russomanno tinha conseguido esse anúncio depois de uma série de reportagens sobre trambiques de empresas do setor. A Ibirapuera nunca apareceu nas denúncias apresentadas.
No Night and Day, a audiência de Russomanno era traço. Já no Aqui Agora ele era uma locomotiva de audiência. Cada vez que aparecia, a emissora ganhava de 8 a 10 pontos no Ibope. Seu recorde aconteceu quando a audiência do SBT saltou de 20 para 32 pontos. Um diretor da emissora que me deu entrevista revelou que o SBT desconfiava de uma prática de Russomanno não recomendada: ele ameaçava denunciar no programa diurno empresas que não anunciassem em seu programa noturno. Mas o canal de Silvio Santos fazia vista grossa, de olho nas vantagens que ele trazia ao Aqui Agora toda vez que aparecia.
À medida que a apuração da matéria avançava, menor ficava a figura do campeão de votos. Amigos de Adriana Torres Russomanno, sua mulher, revelaram o espanto com a capacidade dele de realizar uma reportagem enquanto ela morria. Adriana ficou na companhia de parentes quando Russomanno deixou o hospital para apanhar uma câmera de televisão. Ele poderia buscar um médico e obrigá-lo a atendê-la. Também poderia transferi-la para outro hospital. Esses mesmos amigos contaram que ele já não vivia com Adriana quando fez a reportagem. Na época, Russomanno admitiu que havia se separado, mas que, quando do episódio do hospital, os dois estavam reatados. Ele contou que seu casamento era cheio de turbulências, fato que atribuía ao ciúme dela. A reportagem de Russomanno sobre Adriana deu origem a um processo que durou quatro anos. No final, por unanimidade, o Tribunal de Justiça de São Paulo absolveu o São Camilo e concluiu que não houve erro médico.

No "Circuito Night and Day", a coluna social eletrônica
Na época, Russomanno vivia com a filha numa casa ampla no Real Parque, distrito do Morumbi, avaliada em 400 mil dólares. Ali foi feita a maior parte da entrevista. Já era noite e faltavam poucas horas para o fechamento da edição quando perguntei a ele sobre rumores de que a compra daquele imóvel tinha virado caso de polícia. Em resumo, a história era a seguinte: Russomanno comprara a casa por 300 mil dólares, com a facilidade de que a proprietária era mãe do segundo marido de sua sogra, Márcia Torres. O contrato tinha sido assinado por Berenice Ribeiro, cunhada de Márcia e procuradora da mãe. A dívida deveria ter sido quitada em cinco parcelas, mas Russomanno havia pago apenas 10 000 dólares e se recusava a discutir o restante até Berenice ameaçar levar o caso à imprensa. Russomanno deu mais 34 000 dólares e teria ameaçado matar um irmão de Berenice, José Carlos, se o caso se tornasse público.
Eu sabia que a ameaça tinha sido registrada em boletim de ocorrência, mas não conhecia a data nem o distrito policial. Portanto, com as informações de que dispunha, seria difícil publicar essa história. Ao ouvir o relato dos rumores, Russomanno fez cara de espanto e atribuiu o fato à uma fofoca. Numa tentativa de comprovar o que dizia, telefonou na minha frente para proprietária Berenice, e falou: “Imagina o que estão dizendo de mim, que eu ameacei seu irmão e não paguei a casa. O repórter está aqui. Fala para ele que isso não é verdade.” Russomanno me passou o telefone. Depois de me apresentar, Berenice afirmou, sem hesitar: “Ele é um farsante que está agindo de má-fé e colocou o dinheiro da minha casa na campanha política.” Em seguida, Berenice contou que temia que Russomanno dificultasse as visitas da família à filha de Adriana no caso de um processo na Justiça para reaver a casa. “Ele é capaz de tudo”, disse. À medida que Berenice falava, eu repetia as palavras, para que ela confirmasse e Russomanno soubesse da gravidade dos fatos que eu ouvia.
Quando desliguei o telefone, Russomanno ameaçou: “Isso não pode ser publicado. Sou devedor inadimplente e a lei proíbe que se escrache quem deve, e eu vou pagar”. Vendo que não teria efeito, Russomanno fez um apelo. De mãos juntas, ele pediu: “Se você acredita que eu posso fazer alguma coisa boa por este país, pelo direito do consumidor, não publica isso. Vai ficar difícil para mim.” Respondi: “Sou um repórter e o que eu apuro é para ser publicado. Você também é repórter e, no meu lugar, o que faria?” A reportagem terminava com a frase: “O rolo do comprador Celso Russomanno seria um prato cheio para o repórter Celso Russomanno”. As informações publicadas nunca foram desmentidas, Russomanno disputou outras eleições, venceu mais três para deputado federal, perdeu uma para prefeito em Santo André e outra para governador do Estado. Hoje, lidera com folga as pesquisas de intenção de voto para a prefeitura de São Paulo.

Joaquim, autor da reportagem: “Se você acredita que eu posso fazer alguma coisa boa por este país, pelo direito do consumidor, não publica isso", ouviu de Russomanno

quinta-feira, 13 de março de 2014

BBB DA GLOBO - A REALIDADE - ENTREVISTA CENSURADA

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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

MUITAS VIDAS PERDIDAS, MORTOS E PRESOS NAS MANIFESTAÇÕES: Elisa Quadros (SININHO) responde às acusações feitas por advogado.

"...Segundo
Rudolf Von Ihering, o fim do direito é a paz e o meio que se serve para consegui-lo é a luta. Enquanto o direito estiver sujeito às ameaças da
injustiça, ele não poderá prescindir da luta. A vida do direito é a luta: a luta dos povos, dos governos, das classes sociais, dos indivíduos. Todos os direitos da humanidade foram conquistados pela luta, todo e qualquer direito, seja o direito de um povo seja o direito do indivíduo, só se afirma por uma disposição ininterrupta para a luta.

O direito é um trabalho sem tréguas, não só do poder Público, mas de toda a população. Assim, a vida de um homem é a guerra, a de outro, a paz. E a diversidade da distribuição subjetiva das duas facetas do direito produz nos povos a mesma ilusão que nos indivíduos. Ocorre, porém, que ao gozo e à paz desfrutada por um indivíduo correspondem o trabalho e a luta do outro e a paz sem luta e o gozo sem trabalho pertence aos tempos do paraíso..."


"...A IMPRENSA TRADICIONAL TRANSFORMA LAMPIÃO EM HERÓI E SININHO EM VILÃ..." (Sininho).




AS MASCARAS VÃO APARECENDO ,Vereadores e delegados aparecem em lista de doadores dos Black Blocs



Autoridades são citadas em contabilidade de ato organizado pelo grupo da militante Elisa Quadros, a Sininho, ligada aos Black Blocs do Rio de Janeiro

Gabriel Castro, de Brasília, e Pâmela Oliveira, do Rio
Ativista Sininho é cercada por jornalistas na chegada à 17ª DP, no Rio
CONTADORA – Ativista Sininho na porta do 17ª DP, no Rio. Planilhas mostram que ela era uma das responsáveis pela contabilidade dos Black Blocs (Gabriel de Paiva/Agência O Globo)
Uma planilha obtida  revela, pela primeira vez, nomes de políticos e autoridades do Rio de Janeiro que doaram dinheiro ao grupo Black Bloc, responsável por protagonizar cenas de depredação e vandalismo em manifestações pelo país. A lista cita dois vereadores do PSOL, um delegado de polícia e um juiz.




O repasse de dinheiro por políticos e autoridades não configura ilegalidade. Porém, as doações são um caminho para identificar o elo entre políticos e os mascarados que aparecem na linha de frente quando os protestos degeneram em tumulto e confusão. Um dos mais recentes chegou ao extremo de provocar a morte do cinegrafista Santiago Andrade.
A contabilidade da planilha .com teve acesso se refere a um ato realizado pelo grupo no dia 24 de dezembro, batizado "Mais amor, menos capital". A manifestação – convocada como um ato cultural – não terminou em vandalismo, como outras organizadas pelo mesmo grupo. Mas a lista de doadores sugere ligações entre autoridades e militantes. A tabela foi repassada por Elisa Quadros, conhecida como Sininho, em um grupo fechado do Facebook.

Neste documento, aparecem os nomes dos vereadores Jefferson Moura (PSOL) e Renato Cinco (PSOL), apontados como doadores de 400 reais e 300 reais, respectivamente. O juiz João Damasceno aparece como doador de 100 reais, e o delegado Orlando Zaccone, de 200 reais.
Damasceno é um antigo apoiador das manifestações de rua. Ele chegou a gravar um vídeo em apoio aos protestos, apesar da violência causada pelo grupo que se veste de preto e promove depredações. O delegado Orlando Zaccone tem um perfil pouco convencional para delegados, e é conhecido crítico da atuação da própria polícia.
Na planilha, além de Sininho, outros nomes aparecem como arrecadadores: Paula, Rosi, Julinho e Pâmela. Também há menções de colaborações do grupo cracker Anonymous, que divulga manifestações na internet e invade sites. 
Quando as menções a doações de vereadores começaram a surgir nas redes sociais, Sininho se irritou. "Eles deram dinheiro, sim, e não foi nenhum segredo, teve reuniões e isso foi discutido e questionado", escreveu ela no Facebook. "Eles doaram como civis e não políticos."


Mais um detalhe: a discussão ocorreu na página do Facebook chamada de "Censura Negada". Um dos administradores das postagens é identificado no mundo virtual como Dik ou Dikvigari Vignole. O nome dele no mundo real: Caio Silva de Souza. É o jovem que disparou o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade.
Respostas – A assessoria de Jefferson Moura admitiu que a doação mencionada na planilha partiu de funcionários do gabinete do parlamentar – e que o vereador já estava de recesso quando os militantes pediram as doações. Mas informou que o parlamentar provavelmente doaria o dinheiro se estivesse presente.
O delegado Zaccone confirmou ao site de VEJA ter doado 200 reais. Ele disse ter recebido um telefonema de Sininho, até então uma desconhecida para ele, propondo que participasse de um debate no evento “Ceia dos Excluídos”, em 23 de dezembro do ano passado. Como delegado de polícia, ele deveria apresentar sua visão sobre direito de manifestação, Copa do Mundo e cerceamento de liberdade. Segundo ele, advogados e representantes de movimentos sociais integravam o grupo. “Achei interessante falar na Cinelândia. Já dei palestras em universidades e me interesso pelo tema”, disse.
“Fiz  a doação para um evento cultural e vi para o que estava doando. Quando a Sininho ligou, explicou que estava buscando aproximação com instituições e pessoas que não visse o movimento com olhar criminalizante. A doação foi para o ‘Ocupa Câmara’, não foi para o Black Bloc. Não tenho nada a omitir em relação a isso. A Constituição garante o direito de se fazer tudo que não é proibido em lei. E, no Brasil não é proibido fazer doação para evento com distribuição de alimento”, afirmou. “Sou policial. Como vou financiar ou contribuir com pessoas que entram em conflito com policiais?", disse.
O juiz Damasceno negou ter contribuído financeiramente "para qualquer manifestação ou entidade da sociedade civil que as convoque".

A assessoria do vereador Renato Cinco informou que está fora do Rio e não foi localizado.
Troca de mensagens no Facebook

Black bloc “Sininho” é hostilizada ao tentar entrar em ônibus

Black bloc “Sininho” é hostilizada ao tentar entrar em ônibus

A ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, sentiu na própria pele a reação contrária da população às manifestações violentas que voltaram a tomar conta do Rio de Janeiro nos últimos dias. Ao deixar a 17ª Delegacia de Polícia (São Cristóvão) nesta terça-feira, ela fez sinal para um ônibus no ponto mais próximo, mas o motorista do coletivo se recusou a parar. O condutor não quis contrariar um grupo que, de dentro do coletivo, gritou: "Aqui você não entra".

"Chega de hipocrisia", gritaram alguns dos passageiros da linha 474 (Jacaré-Jardim de Alah), depois de vê-la vestida com uma camiseta com os dizeres "Favela não se cala". A agora famosa black bloc também foi chamada de assassina por um homem que passava pela rua, e precisou ser contido por um policial militar. Assustada, ela chegou a pedir até o auxílio de um profissional da imprensa que seu grupo tanto critica.

Sininho foi à delegacia prestar depoimento a respeito de uma oferta supostamente feita por ela em nome do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) ao advogado de Fábio Raposo, preso sob a acusação de ter repassado o rojão que atingiu a cabeça de Andrade. O estagiário do defensor Jonas Tadeu Nunes afirma ter recebido uma ligação dela dizendo que os advogados do parlamentar poderiam auxiliar na defesa de Raposo.

Elisa chegou para depor às14h e saiu da delegacia por volta das 16h30. Ela se recusou a falar com a imprensa, apenas negou conhecer Caio Silva de Souza, suspeito de acender o rojão que matou o cinegrafista. Souza teve a prisão decretada pela Justiça no início da madrugada desta terça e já foi procurado pela polícia em sua casa, no município de Nilópolis, na Baixada Fluminense, e no Hospital Rocha Faria, na Zona Oeste da capital, onde trabalha como porteiro.

Sininho ficou famosa entre os black blocs por duas razões: ser destemida e bonita – quando não está com o rosto coberto. Recusou-se, justamente por isso, a dar entrevistas à ‘mídia tradicional’, basicamente incluídos nesse grupo todos os jornalistas de empresas de comunicação. Por não reconhecer imparcialidade, legitimidade e outras qualidades nesse grupo, no qual atuava o cinegrafista Santiago Andrade no momento em que foi atingido por um rojão na última quinta-feira, prefere falar com a imprensa “que não manipula”. Na véspera de prestar depoimento, e um dia depois de ter envolvido o nome do deputado Marcelo Freixo na confusão, ela gravou um depoimento sem cortes a um desses veículos. Falou por doze minutos ao jornal A Nova Democracia.

O depoimento está no YouTube. Sininho diz que toda a imprensa “manipula” e que “foca” nos black blocs, sem mostrar o resto das manifestações. Diz também não entender por que “a Globo não publica sua entrevista na íntegra”. “Não entendo o motivo dessa edição”, afirma, lançando a questão como um enigma. As duas perguntas ela mesma responde, mas não percebe. Sininho não deu entrevista à TV Globo – no vídeo exibido no Fantástico no domingo, ela olha para outra direção, ignorando a câmera da emissora. E o motivo da edição é evitar que o telespectador seja torturado por doze minutos de Sininho.



Revista Veja
http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20140212162924&cat=policial&keys=black-bloc-sininho-hostilizada-ao-tentar-entrar-onibus




Sininho já havia falado sobre pagamento em manifestações em sua página do Facebook

  • Em post publicado em 19 de janeiro, ela diz que 'eles deram dinheiro sim, e não foi nenhum segredo'

Publicado: 
 
Atualizado: 

A ativista Elisa Quadros, a Sininho, na chegada à 17ª DP (São Cristóvão), para depor em 11/02 Foto: Gabriel de Paiva / O Globo

A ativista Elisa Quadros, a Sininho, na chegada à 17ª DP (São Cristóvão), para depor em 11/02 Gabriel de Paiva / O Globo
RIO - Quase um mês antes da declaração feita pelo advogado Jonas Tadeu, que defende os acusados de envolvimento no lançamento do rojão que matou um cinegrafista, de que os manifestantes receberiam R$ 150 para provocarem quebra-quebra em protesto no Rio, a ativista Elisa Quadros Pinto Sanzi, de 28 anos, conhecida como Sininho, já havia escrito sobre o assunto em seu perfil no Facebook. Em um post publicado no dia 19 de janeiro, na rede social, ela escreve "eles deram dinheiro sim, e não foi nenhum segredo, teve reuniões e isso foi discutido e questionado, inclusive a prestação de contas no grupo pra todos verem (sic)". A mensagem, que foi compartilhada 32 vezes e foi curtida por 101 pessoas, diz ainda que não há participação de políticos no que chama de 'evento', no entanto, afirma que "eles doaram como civis, não como políticos":
"Eu mesma coloquei a questão do dinheiro, se fosse tão traidor assim acha que eu realmente faria isso? (...) Não seria burra desse jeito, não me substimem (sic)", escreve a ativista, que diz ainda: "E por acaso o nome de algum politico foi falado em algum momento no evento? Não, eles doaram como civis e não politicos. Não teve políticos nesse evento, e foi incrível sem politicagem, as pessoas se divertiram, aprenderam, comeram e ganharam (sic)". (Veja a íntegra do post escrito por Sininho)
Foi a partir dos protestos de junho que a ativista passou a ser conhecida como Sininho.Em outubro, foi presa junto com outras 84 pessoas pela Polícia Militar nas escadarias da Câmara e acabou detida em uma das casas de custódia de Bangu. Na época, ela afirmou não trabalhar e apresentou dois endereços: um em Copacabana e outro no Rio Comprido. A polícia descobriu ainda que ela tem dois números de carteira de identidade. Ao deixar a prisão, gravou um outro vídeo junto com o namorado, o também ativista Game Over: “Fui presa arbitrariamente, meu processo foi arquivado, mas eu ainda estou sendo investigada”. Em dezembro, angariou fundos e foi até o Espírito Santo para prestar solidariedade às vítimas das enchentes.
Em 19 de janeiro, Sininho voltou a ser detida e levada à 5ª DP (Gomes Freire), sob acusação de ter chamado de “macaco” um policial militar durante uma discussão na Lapa. Ela foi autuada por desacato. No último fim de semana, esteve na 17ª DP (São Cristóvão) para prestar solidariedade a Fábio Raposo, preso pela explosão que matou o cinegrafista da TV Bandeirantes. Na última segunda-feira, chamou jornalistas de “carniceiros”. E arrumou mais confusão: foi acusada pelo advogado Jonas Nunes de ter afirmado que o deputado Marcelo Freixo (PSOL) estava ligado aos dois jovens que acionaram o rojão que atingiu e matou o cinegrafista. Ela nega. Sininho teve que prestar depoimento sobre o disse me disse e, ao deixar a delegacia, foi hostilizada por populares que a chamaram de “patricinha hipócrita”.
http://oglobo.globo.com/rio/sininho-ja-havia-falado-sobre-pagamento-em-manifestacoes-em-sua-pagina-do-facebook-11591996

A fadinha dos black blocs – “Sininho”, 28, não trabalha, tem dois endereços no Rio — um em Copacabana —, dois RGs, já chamou policial de “macaco” e foi presa duas vezes, acusada de formação de quadrilha

Sininho dois
“Sininho”, como vocês sabem, é o apelido, assim, chuca-chuca, “tinker bell”, de uma mulher de 28 anos chamadas Elisa de Quadros Pinto Sanzi (acima, em foto de Gabriel de Paiva, da Agência Globo). É aquela jovem sem ocupação conhecida — parece não precisar de emprego… — que se oferece, assim, para ser uma espécie de porta-voz, melhor amiga e relações-púbicas dos black blocs. A nossa imprensa a chama de “ativista” — o contrário, creio, deve ser “passivista”. Os pobres do Rio não simpatizam com ela, mas ela quer falar em nome deles. Ontem, tentou pegar um ônibus, mas os passageiros não permitiram a entrada da “patricinha hipócrita” (leia post na home), embora ela ostentasse a palavra “favela” na camiseta.
Leio o seguinte trecho em de Sérgio Ramalho e Rubem Berta, no Globo Online :
(…)
Sininho acumula fichas na polícia desde o início das manifestações, em junho do ano passado. A última delas aconteceu em 19 de janeiro, quando foi levada à 5ª DP (Mem de Sá) sob acusação de ter chamado de “macaco” um policial militar durante discussão na Lapa. Antes desse episódio, onde acabou indiciada por desacato e foi liberada, Sininho já havia sido presa outras duas vezes por formação de quadrilha.
A ativista é natural de Porto Alegre e afirmou, ao ser presa em 2013, que não trabalhava. Mesmo assim tem dois endereços no Rio: um em Copacabana e outro no Rio Comprido. A Polícia Civil também descobriu que a ativista possui duas carteiras de identidade, com números diferentes.
O cinegrafista Santiago Andrade, de 49 anos, teve morte cerebral anunciada nesta segunda-feira. Ele foi atingido na última quinta-feira por um rojão lançado por manifestantes durante um protesto no Centro. Foi o primeiro caso de morte entre jornalistas atacados durante os protestos que, desde junho de 2013, acontecem no Rio e em outras cidades do país.
Encerro
Deixo um conselho a Sininho: pare de cutucar o povo com a sua varinha curta.
Por Reinaldo Azevedo