"O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. O Direito não é uma simples idéia, é força viva. Por isso a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada, por meio da qual se defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça bradir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança."

-- Rudolf Von Ihering

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sábado, 31 de dezembro de 2011

2011: o ano em que a velha mídia naufragou Enviado por luisnassif, sab, 31/12/2011 - 08:52.


 

Por Eduardo Ramos
RETROSPECTIVA 2011 – O ano da perda da dignidade da grande mídia
Se eu fosse batizar esse ano, não citaria o primeiro ano de uma presidenta no Brasil, nem o Privataria Tucana, nem vaticinaria a morte do PSDB.
O que mais me marcou em 2011 foi o fim definitivo da coerência e da dignidade da grande mídia no Brasil!
Ora, poderia alguém contestar, isso já se deu há muito tempo, desde que Daniel Dantas e/ou outras forças corromperam de vez a mídia, e junto com José Serra deu as cartas nas redações nos últimos anos. Discordo: esse foi “o processo da morte em si”, mas foi nesse ano que, aos meus olhos, “o fato se consumou”.
Lembro bem do dia exato em que tive essa sensação. Foi num momento até tolo, quase insignificante. Um dos jornais da Globo News, naquela parte em que o apresentador faz uma triangulação entre um dos jornalistas e um convidado, no telão. O jornalista era o George Vidor,  e o convidado, um economista careca, pedante, creio que o tal Alexandre, (esqueci o sobrenome) que o Nassif debocha chamando de “o economista de deus”. De fato, é estarrecedor o que o rapaz é capaz de dizer, o ar de sapiência absoluta, enquanto desfia asneiras de doer.
O coitado do Vidor chegou a ficar sem graça, quando questionou – e fez auto-crítica... – o fato de vários economistas e colunistas de jornais terem metido o pau no Tombini quando o BC iniciou esse movimento de baixa dos juros, antecipando o agravamento da crise na Europa.
O Alexandre “de deus” não se deu por vencido, vaticinou que o BC havia errado, sim, e por mais que o Vidor insistisse, ele batia sempre na mesma tecla, não cedendo um milímetro apesar da lógica irrefutável – e humilde... – do jornalista. A coisa foi tão constrangedora, que ficou parecendo “conversa de bêbado” e o Vidor se viu obrigado a mudar de assunto.
Foi nesse instante, diante dessa cena, pequena em si mesma, grotesca, banal, que percebi que há algumas semanas a mídia já vinha “batendo cabeça” ao longo do ano, de modo sutil, e nessa questão de juros, um constrangimento se plantou de vez. Porque, para atingir o governo mais uma vez, realmente massacraram o BC naquele episódio. O governo estava atacando a independência do Banco Central, Tombini era um fraco, a inflação nos devoraria, a crise européia nem era tão grave, e mais um bando de sandices, cujo único objetivo era ter algo a criticar no governo Dilma.
Com o acerto absoluto da decisão, inclusive do motivo alegado, o que se provou logo ali na frente, a mídia não fez a única coisa digna a ser feita: reconhecer seu erro, e parabenizar o governo e o Banco Central pela coragem de agir no momento certo. Alguns hipócritas falaram que poderia ter começado antes, outros, que o ritmo deveria ser mais prudente. O fato, é que pegos de surpresa, a coerência do discurso se despedaçou, e os argumentos se fragmentaram, contra e a favor, outros totalmente “em cima do muro” – o famoso “temos que esperar para ver se o governo acertou...” – o que não quer dizer coisa alguma.
Só então, percebi a fragilidade absurda desse gigante imponente que chamamos “grande mídia”. Ao perder o foco no que é o alimento natural de sua profissão, (o jornalismo), que é a busca da verdade, a mídia entrou num caminho sem volta, de CRIAR UMA FICÇÃO E MANTÊ-LA A QUALQUER CUSTO! Essa ficção se chama “vamos brincar de escrever e fazer qualquer coisa que ferre o governo!” – Ora, é claro que uma ficção, dentro do mundo real, não pode durar para sempre, por mais poderosos que sejam os agentes por trás da tal ficção.
As paredes começam a ruir, óbvio! São de areia fofa, não do concreto da verdade, da argamassa do jornalismo honesto.
Então, percebe-se que suas pequenas vitórias – a queda de alguns ministros, uma irritação provocada aqui ou ali – são “vitórias de pirro”, inconseqüentes, são “birras”, não constroem e não construirão nenhum perigo real para seu adversário – o governo.
Estão, na verdade, perdidos, sem discurso aprofundado, sem idéias novas, sem ideologias a propor, e, agora, mesmo INTERNAMENTE, começam a se desfacelar, a envergonhar a si próprios, quando não sabem explicar as vitórias do governo e seus prognósticos furados, numa questão simples, como essa do BC abaixar os juros.
Seu denuncismo continuado e exacerbado É PROVA DE SUA FRAQUEZA, NÃO DE SUA FORÇA! Descobrir isso me deixou aliviado, porque demonstra sim, que não têm outra arma para usar – o debate inteligente e honesto, por exemplo... – por isso a repetição exaustiva da única que possuem. Denúncias, denúncias, denúncias...
Antes disso, a tentativa canhestra de opor Dilma à Lula, e logo depois, o deboche bobo de falar do constrangimento de Dilma com a “herança maldita” de Lula – os ministros corruptos – como se Lula não soubesse – e, com certeza, admira essa característica... – da personalidade forte de Dilma, e de seu direito em mexer no ministério sempre que necessário. Os tolos parecem não saber que se Lula quisesse um “poste” ou fantoche, JAMAIS TERIA ESCOLHIDO DILMA PARA SUCEDÊ-LO! Não compreendem que a lealdade inquestionável de Dilma não é posta à prova, quando exerce seu também inquestionável direito, como presidente, de governar segundo sua consciência.
O episódio “Privataria...” foi como o “fechar o caixão” da coerência e dignidade de uma mídia que desonra há anos a palavra JORNALISMO, e em seu desespero e confusão mental, dão mesmo a impressão de que não sabem mais como se conduzir dentro da profissão que escolheram.
Termino dizendo algo que parece incoerente, mas não é. O mais indigno adversário, só mantém alguma legitimidade, quando dentro da sua indignidade ele se reserva ALGUMA DIGNIDADE, ALGUMA VERDADE, ALGUMA IDEOLOGIA. Na velha parábola do rei nu, equivale a dizer que um rei ainda é rei, se ao menos não está nu aos olhos do seu povo.
É nesse aspecto que digo que a mídia morreu, mesmo que dêem a volta por cima, no sentido mercadológico, de triplicarem suas vendas, de causarem a queda de trinta ministros. Estão nus! Ao perderem a verdade do jornalismo de vez, toda e qualquer coerência, toda ou qualquer dignidade, ao se focarem EXCLUSIVAMENTE EM ATACAR O GOVERNO E DEFENDER SEUS ALIADOS POLÍTICOS, assumem-se publica e definitivamente, como PANFLETOS, panfletos de papel, panfletos televisivos, panfletos milionários, de alta penetração na sociedade, e com toda uma roupagem tecnológica e de aparência profissional, tentando desesperadamente mostrar o que já não são.
2011, para mim, estará sempre marcado, como o ano em que a grande mídia morreu.

OEA: "Belo Monte uma obra ilegal que envergonha o Brasil". curta

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A História dos Direitos Humanos (legenda)












Colegas de trabalho fazem "vaquinha" 


para custear enterro de policial militar





Sem dinheiro para pagar o enterro, a mulher do cabo Leandro Monteiro, assassinado na última terça-feira, teve que recorrer aos companheiros de trabalho dele para conseguir realizar o funeral, no cemitério de Inhaúma. Em entrevista à Record, ela falou sobre sua revolta com a falta de segurança dos policiais militares.







quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Manter os pés sujos e com mau cheiro pode afastar picadas do mosquito da malária.

















Uma nova pesquisa está dando conselhos para as pessoas que forem viajarpara países com surtos de malária. Quer ficar livre de picadas? Não lave os pés!


Um estudo recente está demonstrando que os mosquitos que transmitem a malária são atraídos por uma baixa quantidade de bactérias nos pés. Quem mantém uma boa higiene dos pés está mais propenso a ser picado pelos mosquitos se comparado com pessoas com os pés sujos.

A pesquisa mostrou que as pessoas com grande quantidade de bactérias nos pés e, por conseqüência, um odor desagradável, consegue afastar os mosquitos. O motivo da “repelência” ainda não está bem esclarecido.

Os pesquisadores acreditam que as diferentes espécies de bactérias produzam sinalizadores químicos. Uma vez liberada, funcionaria como um tipo de alerta para os mosquitos ficarem longe, não sendo atraídos ou não despertando “vontade” de picar.

A pesquisa foi publicada no jornal on-line da Biblioteca Pública de Ciência da Holanda, e busca encontrar uma maneira de transmitir esse conhecimento para que pesquisadores desenvolvam uma forma de repelir com eficácia os mosquitos responsáveis pela transmissão de malária.

Um dos autores do estudo, o Dr. Niels Verhulst da Wageningen University na Holanda, declarou: “Os compostos que inibem a produção microbiana do odor humano ou a manipulação da composição da microbiota da pele, podem reduzir a atratividade de uma pessoa aos mosquitos”.



Os cientistas colheram amostras de suor da sola dos pés de 48 pessoas, sendo a grande maioriahomens, com idades entre 20 e 64 anos. Os participantes foram orientados a não consumirem álcool, alho, cebola, alimentos picantes e nem tomarem banho ou usarem cosméticos perfumados.

A pesquisa orientou aos participantes, usarem meias de nylon por no mínimo 24 horas antes da coleta de suor. O mosquito transmissor, Anopheles gambiae, é responsável por um grande número de transmissão da doença na África, local onde a malária é altamente endêmica, e é conhecimento como ‘preferir’ picar os pés.



quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A crise em Portugal, por Francisco Carlos Teixeira.


Por Webster Franklin
Da Carta Maior
O povo português não comemorou este Natal. Não houve fogos ou decoração natalina no Rossio ou no Comércio. Não havia muito a comemorar, talvez apenas a certeza, dita por todos, que o ano de 2012 será bem pior. O desemprego atingiu quase 11% dos poucos mais de cinco milhões de trabalhadores. Entre os jovens, o índice atinge quase 25%.

Portugal hoje
Portugal é um pequeno país, nós sabemos. Possui pouco mais de dez milhões de habitantes, em um território de 92 mil quilômetros quadrados, o que é apenas duas vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro (que possui, entretanto 15 milhões de habitantes). Portugal, por sua vez, possui um PIB de 247 bilhões de dólares, enquanto o PIB do Rio de Janeiro é de cerca de 200 bilhões de dólares, com chance de chegar a um trilhão em 2025. 
Portugal, em suas terras limitadas pelo mar e por Espanha, atravessadas por montanhas de pedras, com um chão avaro, parco, para os trabalhos agrícolas, não é uma grande economia. Somente os vinhedos, pequenos, artesanais e de grande excelência, sobrevivem ao lado de algumas oliveiras, limões, laranjas e alecrins. Ao sul, as charnecas são secas, áridas, como Fernando Namora já nos descreveu. Igual ao Rio somente o turismo. 
É impossível andar pelas ruas limpas e bem sinalizadas do país, sem deparar com grupos de turistas europeus – o que ainda mantém vivos cafés e tascas do Bairro Alto, do Rossio e da Ladeira da Alfama.
Entretanto ao contrário do Rio, falta a Portugal perspectivas. Não há uma vocação clara, nem mesmo um projeto que una partidos, lideranças e a sociedade. Ao contrário da Alemanha e Inglaterra, que declaram o fim dos experimentos multiculturalistas e multiétnicos, Portugal é uma nação diversa em sua composição, com uma larga população negra – oriunda das ex-colônias ou nascida aqui – além de indianos e chineses étnicos, e é claro, um bom número de brasileiros. Todos vivem bom convívio, melhor do que qualquer outro país da Europa. Contudo, tamanha diversidade não ajudou a criar um projeto de nação, e de futuro, capaz de tirar o país do marasmo. 
Não há grandes indústrias, o comércio é quase todo local, e a agricultura não responde ao mínimo necessário para o país. O desemprego atingiu quase 11% dos poucos mais de cinco milhões de trabalhadores portugueses, mas entre os jovens – incluindo os jovens formados em escolas técnicas e universidades – o índice atinge quase 25%! Mais da metade dos 620 mil desempregados do país são jovens. As perspectivas para estes de encontrar um emprego em seu rama de especialização em seu próprio país são tremendamente baixas.
Uma terra que envelhece!
Portugal é um país velho de história(s). Aqui estão os túmulos megalíticos de Braga e sua Sé; as ruínas romanas de Évora, os fundamentos árabes do castelo de São Jorge em Lisboa. Mas, acima de tudo, Portugal envelhece em sua gente. Nas ruas poucas crianças são vistas e aldeias inteiras são povoadas por velhos. A inexistência de empregos, um mercado de trabalho pouco flexível e imaginativo, afugentou os jovens, que migram para toda a Europa, Estados Unidos e Brasil. 
Alguns países, no interior da União Européia, se aproveitam disso. No início de 2011, já frente às terríveis exigências feitas pela U.E. aos portugueses, a chanceler alemã Angela Merkel ofereceu condições favoráveis para a migração de jovens de nível universitário para o país. Ou seja, Portugal educa e forma, paga os gastos e a Alemanha recebe bons técnicos sem qualquer investimento, enquanto o país envelhece!
Hoje já vivem no exterior mais de um milhão de portugueses e diariamente centenas de outros pedem visto de residência em outro país. O primeiro-ministro português Pedro Passos Coelho (no poder desde junho de 2011), da coalizão direitista do PSD/CDS, em recente discurso aconselhou simplesmente os jovens a migrarem, abandonando Portugal. Talvez tenha sido o único chefe de governo do mundo que, em vez de criar empregos, mandou seus concidadãos embora do país!
De qualquer forma, o risco da fórmula de Passos Coelho é que na próxima eleição não haja mais quem governar em Portugal. A demografia do país é um desastre. A média de idade da população está acima de 43 anos e apenas 16% tem menos de 15 anos. A maioria da população, e daqueles que ficam, envelhece. Aldeias inteiras, formadas de velhos, dependem do sistema da previdência para sobreviver. O crescimento demográfico do país é de apenas 0.2% ( Para efeito de comparação: a população com menos de 15 anos no Brasil é cerca de 27% do total de nossa população, enquanto a
média de idade é de 30 anos e o crescimento anual é de 1.4%). 
Não se trata como querem alguns economistas da chamada “troika” – que em verdade por trás da coligação PSD/CDS governa Portugal, formada pelo Banco Central Europeu/BCE, o FMI e a direção da União Europeía – de preguiça ou de falta de iniciativa do povo português. Se trata, a bem da verdade, da ausência de empregos.
Aqui cabe também ressaltar a responsabilidade de anos de governo do Partido Socialista/PS, que aceitou as imposições do núcleo financeiro da União Européia e não buscou, quando ainda era possível – em 2009/10 – meios eficazes de defesa do país em face da crise financeira nascida nos EUA.
Portugal, alvo da especulação financeira
Logo após o desastre do sistema financeiro americano, com a explosão escandalosa do sistema imobiliário – o subprime – os governos Bush (em seu amargo final) e o governo Obama (em ações decepcionantes)resolveram salvar os bancos americanos em nome da saúde do conjunto da economia. Emprestaram centenas e centenas de milhões de dólares para bancos, seguradoras e algumas montadoras de automóveis em ambas as margens do Atlântico. Havia medo de uma paralisia total da economia, posto que os bancos – após anos de especulação desenfreada no “livre mercado” – estavam incapazes de fazer frente as suas garantias.
Já sabemos hoje o que se passou: os bancos saíram da crise, não melhoraram suas carteiras e nem se preocuparam em fazer investimentos produtivos, que gerassem empregos e renda. Garantiram apenas os empregos e bônus de seus executivos, tudo com o dinheiro público.
Viciados em especulação, abandonaram o deprimido mercado imobiliário, deixando um rastro de infelicidades, desde famílias que perderam seus lares até o desemprego maciço na cadeia produtiva voltada para a construção civil. Buscaram como alternativa os empréstimos diretos a países, abrindo uma nova frente de crise, chamada de crise das dívidas soberanas. Os países periféricos do sistema do euro – Irlanda, Portugal, Grécia – foram seus alvos principais. Após grandes empréstimos, voltados para a manutenção dos próprios orçamentos nacionais, passaram a pressionar os títulos, visando a elevar exageradamente o prêmio/preço a ser pago pelos empréstimos. 
As agências ditas “de riscos” – que não souberam prever as crises de seus próprios bancos associados – participaram, intensamente, criando um circuito de boatos e de análises catastróficas, que elevavam os juros dos países, sangrando ainda mais a sociedade. Assim, um a um, caíram as peças do dominó: Irlanda, Grécia, Portugal até chegar a Itália e Espanha, que por seu peso e pela capacidade de arrastar na crise os próprios bancos mereceram mais favores que os pequenos países.
Empobrecer em Portugal
O governo do PS não viu, ou não soube prever o impacto dos ataques especulativas contra o país. Derrotado nas urnas, por um eleitorado decepcionado e assustado, foram substituídos pela coligação de direita PSD/CDS, com Passos Coelho à frente. As medidas tomadas, desde julho, são duras e divididas de forma injusta pela sociedade. As greves eclodem
quase diariamente, setor por setor, sem, qualquer capacidade de emocionar o governo. Os cortes sobre salários são brutais, com a perda do abono de férias e de Natal. Restrições imensas recaem sobre as pensões de velhos e viúvas, com uma porção gigantesca de recursos da população sendo arrancada pelo governo e entregues a “troika” para pagamento aos bancos. 
Lembra-nos em muito a liberdade e a desfaçatez dos executivos do FMI no Brasil nos anos de 1980. Tal qual no Brasil, as exigências do FMI e do BCE são as mesmas: austeridade e sacrifícios (por parte da população). Ora, trata-se de exigir sacrifícios de uma população pobre, frugal e que sempre trabalhou duro. Assim, as pensões entre 247 até 600 euros mensais não terão qualquer aumento em 2012, embora o corte dos subsídios e o aumento dos impostos tenham elevado o custo de vida do país. 
A mais irritante de todas as medidas do governo – para além de cortar os abonos, congelar salários, impor atendimento médico pago mesmo para os que contribuem para previdência – foi uma medida que surgiu aos olhos dos portugueses como um deboche: no próximo ano todos os empresários poderão exigir de seus trabalhadores meia hora diária de trabalho não pago.
O povo português não comemorou este Natal. Não houve fogos ou decoração natalina no Rossio ou no Comércio. Não havia muito a comemorar, talvez apenas a certeza, dita por todos, que o ano de 2012 será bem pior. Os partidos não apresentam respostas ou alternativas. O PS está em silêncio. O PCP – menos de 8% na última eleição conclama à revolta, sem dizer o que fazer. Restam talvez os “indignados”, que grafitam as paredes do Bairro Alto, com a clareza lusitana: “sacrifícios é o caralho”!
(*) Professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Cubana mostra as dificuldades que enfrenta para sobreviver Gladys se queixa de que há dez anos espera tratamento no dentista e que não se sente à vontade para dar uma risada.

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Esta semana o Jornal Nacional apresenta uma série de reportagens especiais sobre a vida dos cubanos e como as mudanças na economia estão atingindo a ilha comunista. Nesta segunda-feira (26), os enviados especiais Giuliana Morrone e Alberto Fernandez mostram como é a vida no interior e quais as principais carências da população.
Aeroporto Internacional de Miami. Os passageiros com destino a Cuba chamam a atenção por causa da bagagem: comida, roupa.
As malas gigantescas são um jeitinho encontrado pelos cubanos para quebrar o embargo econômico. A proibição dos Estados Unidos de que empresas americanas vendam produtos em Cuba vai completar 50 anos em janeiro. O plástico de proteção é uma tentativa de evitar que objetos sejam roubados das malas na chegada a Havana. Os passageiros têm medo até de falar sobre a viagem.
“Não dou entrevista”, diz uma mulher.
Alguns despacham mais de 200 quilos, além da cota de duas malas autorizada pela companhia aérea.
Gladys é cubana, mas também tem cidadania europeia porque os avós eram espanhóis. Por isso, conseguiu autorização do governo cubano para sair do país por 90 dias. Foi para os Estados Unidos, trabalhou como empregada doméstica, juntou dinheiro, pagou o equivalente a R$ 800 pela passagem, mais R$ 800 por excesso de peso.
O Jornal Nacional acompanhou a viagem de volta para casa: 45 minutos de vôo que separam os dois mundos de Gladys.
O avião sobrevoa o território cubano. O país de 11 milhões de habitantes está há 52 anos sob um regime comunista – uma ditadura que passou pelo comando de Fidel Castro e agora está com o irmão, Raul Castro.
No ano passado, segundo o governo cubano, a taxa de desemprego foi de 2,5% - 80% trabalham para o estado. De acordo com um estudo da Universidade de Miami, o número de desempregados chega a 25% e a dívida do país é equivalente a 125% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de tudo que é produzido pelo país.
No Aeroporto de Havana, ela é recebida pela família. Gladys diz que as roupas que comprou para os filhos foram confiscadas. As malas mal cabem no carro, uma relíquia da indústria automotiva.
No caminho, uma raridade: vacas pastando. A carne bovina é escassa no país. O Código Penal prevê até dez anos de prisão para quem matar o animal sem autorização do estado, que controla tudo na ilha.
São quatro horas de viagem até o encontro de Gladys com parentes e vizinhos. Ela mostra como é a vida no interior de Cuba, onde mora com o marido e cinco filhos.
“Não tenho gás para cozinhar, nunca tive”, conta. Ela tem um fogareiro elétrico, mas falta dinheiro para pagar a conta de luz. “Gás apenas na capital”, completa.
Na capital, Havana, os moradores também se queixam.
"A situação está crítica", diz uma mulher.
Na pequena cidade do interior de Cuba, Gladys sente saudade dos tempos em que a antiga União Soviética financiava o regime de Fidel Castro. “Nos anos da União Soviética, vivíamos muito bem”, lembra.
Os filhos e vizinhos ajudam a abrir as malas e encontram comida. Gladys levou também remédios e um agrado: um pacote de café para o dentista dela.
Em um país em que o governo diz que o sistema de saúde é motivo de orgulho, com atendimento gratuito para todos, Gladys afirma: "Aqui, se você adoece, tem que levar um presente para o hospital. Caso contrário, não consegue atendimento".
Gladys se queixa de que há dez anos espera tratamento no dentista e que não se sente à vontade para dar uma risada. "Não sou tão velha. Se tivesse os dentes, estaria um pouquinho melhor", diz.

Polícia resgata cinco cachorros que seriam queimados vivos no Paraná Cinco cães estavam em um buraco e tinham marcas de queimaduras. Cães foram encaminhados ao órgão responsável de Guaratuba.


Cachorros (Foto: Divulgação/Polícia Militar PR)Cachorros foram levados ao órgão responsável e passam bem (Foto: Divulgação/Polícia Militar PR)

A Polícia Militar resgatou, no sábado (24), cinco cachorros que estavam presos em um buraco coberto com entulhos e mato na área central de Guaratuba, no litoral do Paraná. Segundo a polícia, os animais foram vítimas de maus tratos e seriam queimados vivos. Ninguém foi preso.
Uma testemunha que entrou em contato com a polícia disse que viu moradores ajudando um dos cachorros. Quando os policiais chegaram para atender a ocorrência, ouviram sons de mais cães saindo do buraco.
Após o resgate, os animais foram encaminhados ao órgão responsável na cidade. Apesar dos ferimentos, eles passam bem.
 

Irão: Sakineh vai morrer na forca ou lapidação - chefe Justiça.




A iraniana Sakineh Ashtiani, condenada à morte sob a acusação de adultério, será executada por apedrejamento ou por enforcamento, segundo Malek Ajdar Sharifi, chefe do Departamento de Justiça da província onde a mulher está detida. 


Sakineh recebeu a pena de morte por lapidação, mas sua sentença tinha sido suspensa depois de uma mobilização global de reprovação à Justiça iraniana por parte de uma série de governos. 

Citado hoje pela agência semioficial de notícias Isna, Sharifi afirmou que as autoridades da Justiça do Irão ainda estão a discutir se vão executar Sakineh por apedrejamento ou enforcamento. 

A mulher foi condenada por adultério em 2006 e sentenciada a morrer por lapidação, sentença que causou grande comoção internacional. Pouco tempo depois, foi considerada culpada também por ter ajudado no assassínio do marido. 

Além da pena por adultério, Sakineh foi punida com 99 chicotadas pelas «relações ilícitas com estranhos», pena que lhe foi aplicada diante do filho, ainda em 2006. 

Críticos afirmam que o julgamento que a condenou não ouviu o número mínimo de testemunhas exigidas pela lei iraniana para confirmar a prática do adultério e que júris foram feitos no idioma farsi, quando Sakineh fala somente azeri. 


Oriente Médio

Sakineh será executada quarta-feira no Irã, diz ONG

Ela segue presa em Tabriz, acusada de ser cúmplice na morte do marido

A condenação da iraniana Sakineh motivou protestos em todo o mundo
A condenação da iraniana Sakineh motivou protestos em todo o mundo (Etienne Laurent/AFP)
O Irã já prepara a execução de Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento sob acusação de adultério e participação na morte do marido. Segundo o Comitê Internacional contra Apedrejamento, a mulher cuja sentença motivou protestos ao redor do mundo deve ser morta na quarta-feira.
As autoridades iranianas, de acordo com um comunicado divulgado no site da ONG, ordenaram executá-la na prisão de Tabriz, onde está detida. O mesmo comitê havia anunciado no mês passado a prisão do advogado e de um dos filhos da iraniana, além de dois jornalistas alemães.
Para aumentar a mobilização em favor de Sakineh, a organização convocou um protesto em Paris para esta terça-feira, às 14 horas locais (11 horas em Brasília) diante da embaixada iraniana, além de uma passeata em frente à sede do Parlamento Europeu, em Bruxelas.
O drama - Sakineh, de 43 anos e mãe de dois filhos, foi condenada à morte por apedrejamento em 2006 por ter mantido relações sexuais com dois homens após a morte de seu marido. Mais tarde, também foi acusada de ser cúmplice no assassinato dele e, desde então, permanece presa. A sentença de morte por apedrejamento havia sido alterada para enforcamento, depois que a acusação de adultério havia sido retirada. A ONG, porém, não precisou de que maneira ela deve ser executada na quarta-feira.
(Com agência EFE)


Gabriel O Pensador -Nunca Serão (Dirigido por José Padilha e Oscar Rodri...








Videoclipe montado por Renato Martins e dirigido por José Padilha e Oscar Rodrigues Alves com cenas dos filmes "Tropa de Elite" e "Tropa de Elite 2: O inimigo agora é outro". A música "Nunca serão", é de autoria de Gabriel O Pensador, e narra um encontro entre o cantor e o Capitão Nascimento.

Letra

Eu caminhava no meu Rio de Janeiro
Quando alguém me parou e falou:
Aí parceiro
Me dá tua mão que eu quero ver se tá com cheiro
Por que eu sou um cara honesto e detesto maconheiro
Eu tinha acabado de sair do banheiro
Dei a mão pra ele cheirar, mas foi uma cena bisonha
Ele cheirou minha mão por um tempo
Eu disse: "Espera, tu não é o Capitão Nascimento? Que vergonha meu capitão!"
"Procurando maconha no calçadão"
"Qual é tua missão?"
"Eu vi teu filme, mas não me leva mal".
"Não me tortura assim não, que eu sou um cara legal"
"Em certas coisas, eu concordo contigo"
"Mas não é assim que você vai achar os grandes bandidos: esse país tá fodido"
ele falou "eu sei disso
quando eu entrei na PM, eu assumi um compromisso, eu luto pela justiça"
eu também
sem justiça não tem paz, e sem paz eu sou refém
a injustiça é cega e a justiça enxerga bem
mas só quando convém
a lei é do mais forte, no BOPE ou na FEBEM
na boca ou no Supremo
que justiça a gente tem, que justiça nós queremos?

Os corruptos cassados?
Nunca serão!
Cidadãos bem informados?
Nunca serão!
Hospitais bem equipados
Nunca serão! Nunca serão!

Os impostos bem usados?
Nunca serão!
os menores educados?
Nunca serão!
Todos alfabetizados?
Nunca serão! Nunca serão!!

Capitão, não sei se você soube dessa história
que rolou num povoado peruano se não me falha a memória
um político foi morto pelo povo
um corrupto linchado por um povo que cansou de desrespeito
e resolveu fazer justiça desse jeito
foi um linchamento, foi um mau exemplo
foi um mau exemplo, mas não deixa de ser um exemplo
eu sou contra a violência mas aqui a gente peca por excesso de paciência
com o "rouba, mas faz" dos verdadeiros marginais
chamados de "doutor" e "vossa excelência"
cujos nomes não preciso dizer
a imprensa publica, mas tudo indica que a justiça não lê
Diz que é cega, mas o lado dos colegas ela sempre vê
Capitão, isso é um serviço pra você

Deputado! pede pra sair!
Pede pra sair, deputado!
Você é moleque!
Senador, pede pra sair!
Vagabundo, cadê o dinheiro que você desviou dessa obra aqui?
Fala, V. Excelência, é melhor falar!
Cadê a verba da merenda que sumiu?
02, o corrupto não quer falar não! Pode pegar o cabo de vassoura!
(Tá bom, eu vou falar, eu vou falar!)
Os corruptos cassados?
Nunca serão!
Cidadãos bem informados?
Nunca serão!
Hospitais bem equipados
Nunca serão! Nunca serão!

Os impostos bem usados?
Nunca serão!
os menores educados?
Nunca serão!
Todos alfabetizados?
Nunca serão! Nunca serão!!

Conversei com o Nascimento que não pensa como eu penso mas pensando, nós chegamos num consenso
nós somos vítimas da violência estúpida que afeta todo mundo, menos esses vagabundos lá da cúpula corrupta hipócrita e nojenta
que alimenta a desigualdade e da desigualdade se alimenta
mantendo essa política perversa
que joga preto contra branco, pobre contra rico e vice-versa
pra eles isso é jogo, esse é o jogo
se morre mais um assaltante ou mais um assaltado, tanto faz
pra eles não importa, gente viva ou gente morta
é tudo a mesma merda
os velhos nas portas dos hospitais, as crianças mendigando nos sinais
pra eles nós somos todos iguais
operários, empresários e presidiários e policiais
nós somos os otários ideais
enquanto a gente sua e morre
só os bandidos de gravata seguem faturando e descansando em paz
enquanto esses covardes continuam livres, nós só temos grades
liberdade já não temos mais.
Nunca serão! Nunca serão!!
Nunca serão! Nunca serão!!
Nunca serão! Nunca serão!!
Nunca serão! Nunca serão!!
Nunca serão! Nunca serão!!
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=vYDzvxnqESQ#!


José Padilha fala sobre mais detalhes do novo RocoCop.







José Padilha, cineasta incisivo e coerente em suas declarações críticas, cedeu mais comentários sobre o seu RoboCop. Disse ele, ao Telegraph, que a sátira social também fará parte do longa. Leia abaixo:
"O elemento de sátira de RoboCop é, acredito eu, necessário hoje... aquele tipo de sátira social agressiva que eu não tenho visto sendo bem feita nos filmes ultimamente. É como se a violência e a política no mundo estivessem pedindo por isso.", comentou Padilha.

Quando perguntado sobre as interpretações que seus filmes sofrem quando chegam ao público, o diretor foi direto: "Eu não penso muito nisso. Se as pessoas querem entender errado, o problema é delas. Isso é algo que acontece com filmes ao longo da história. Taxi Driver é famoso por levar a interpretações bem errôneas. Como cineasta, não me vejo represando a expressão artística para antever o que o público vai pensar. Preciso ser claro comigo mesmo e consciente do que estou tentando dizer. As más interpretações são inevitáveis."

Recentemente, Padilha entregou, à produção do novo RoboCop, uma nova versão do roteiro escrito por ele junto a Josh Zetumer.
O brasileiro permanece em Los Angeles, onde, atualmente, participa da seleção de elenco.
Não há previsão de lançamento nos cinemas (2013 é um ano provável), mas a ideia é iniciar as filmagens a partir de fevereiro ou março de 2012.

Prezada Julieta: milhares de cartas enviadas à personagem Funcionários de um clube em Verona respondem cartas enviadas do mundo todo para a Julieta de Shakespeare.



John Hooper, The Guardian

Cena do filme 'Letters to Julia' - Divulgação
Divulgação
Cena do filme 'Letters to Julia'
Para encontrar o local mais romântico na cidade natal de Romeu e Julieta, Verona, é preciso tomar uma rua de pista dupla que sai do centro pitoresco e depois descer uma ladeira até uma decrépita propriedade industrial. Depois do cemitério, perto de um desvio ferroviário, está um escritório cujo negócio são os segredos mais apaixonadamente guardados das pessoas, suas mais profundas esperanças e temores. A sede do Club di Giulietta (Clube de Julieta) é também a inspiração para um filme a ser lançado em breve.
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Letters To Juliet (Cartas a Julieta) conta a história ficcional de uma jovem jornalista americana que se une a este notável grupo de voluntários, respondendo a mensagens - enviadas de todo o globo para a heroína de Shakespeare - por amantes procurando conselho, ou como um pretexto para se aliviarem. Sentadas em torno de uma mesa forrada de cartas manuscritas, três dos "secretários" reais de Julieta, Giovanna Tamassia, Elena Marchi e Gioia Ambrosi, contam-me histórias que são alternadamente tocantes e curiosas, e até provocadoras e dilacerantes,
"É uma grande responsabilidade", diz Tamassia, cujo pai, Giulio, é o presidente do clube. Ambrosi, uma estudante de 25 anos e a mais parecida com a heroína de Letters To Juliet (interpretada por Amanda Seyfried), descreve a correspondência como "um blog sobre a humanidade". O filme coloca os secretários de Julieta num escritório que dá para uma varanda da casa onde se alega que a heroína de Shakespeare viveu. Embora o clube tenha um posto avançado ali, o trabalho mesmo é feito por 15 voluntários não remunerados neste pequeno escritório de tijolo vermelho perto dos trilhos da ferrovia.
Até onde se sabe, a primeira carta, endereçada simplesmente a "Julieta, Verona", chegou nos anos 1930, provavelmente em decorrência da versão da tragédia de Shakespeare no filme de George Cukor. A carta acabou chegando ao "túmulo de Julieta", outro local de duvidosa autenticidade, na cripta de um mosteiro encostado nos muros da cidade. O funcionário do local, um veterano que aprendera um pouco de inglês na Primeira Guerra Mundial, decidiu responder. E continuou respondendo à medida que novas cartas chegavam.
Após a 2ª Guerra, um poeta local assumiu secretamente o papel de secretário de Julieta, mas desistiu, aparentemente por embaraço, quando sua identidade foi descoberta. Por fim, nos anos 1980, o prefeito de Verona decidiu entregar a tarefa ao Club di Giulietta, um grupo formado para promover iniciativas associando sua cidade à peça de Shakespeare.
"Recebemos mais de 5 mil cartas por ano", diz Tamassia. "E há ainda os milhares de bilhetes deixados na casa e no túmulo de Julieta." Ela admite que cerca de três quartos das mensagens são de mulheres, e que o maior grupo isolado é formado por adolescentes americanos. Na parede da arcada que leva à casa de Julieta no centro medieval de Verona, porém, há bilhetes em todos os idiomas: cartas completas e juras de amor imorredouro de Hamid a Zineb, de Xona a Katrina, em chinês e em sérvio-croata. Algumas são genuinamente poéticas ("Por esperança e amor; por aquele que eu mais amei, meu amado, meu coração", em francês), outras nem tanto ("Fiquei com dor de estômago no coração", queixa-se uma italiana bem pouco romântica).
No começo de maio, então, forma-se um engarrafamento constante de pessoas embaixo da arcada, com visitantes entrando e saindo da suposta casa de uma personagem de ficção. Um informe diz aos visitantes que desde o século 12 a casa pertenceu a uma família chamada Capello, acrescentando, para não haver dúvidas, que "daí deriva o nome Capuleti, a casa nobre de Julieta". A casa de Julieta possui também uma caixa postal onde as cartas podem ser deixadas, e quatro terminais de computador montados em gabinetes metálicos que imitam antiguidades, nos quais os visitantes podem digitar uma mensagem para a garota que pendia "da maçã do rosto da noite como uma rica joia numa orelha de etíope". Surpreendentemente, talvez, os e-mails são menos de 10% das mensagens que chegam aos escritório dos secretários.
Das cartas, a imensa maioria é manuscrita com caneta e tinta. E é assim que elas são sempre respondidas. "O que as pessoas com frequência escrevem é: ´Você é a única que pode me compreender`", diz Giovanni Carabetta, o arquivista do clube.
Franklin Ohenhn, de origem nigeriana, que substituiu sua irmã como um dos secretários de Julieta, diz que por vezes se vê arrastado para mundos muito distantes da gentil e pitoresca Verona. "Uma garota da nona série me contou que estava chorando quando escreveu sua carta, sobre um namorado seu que havia sido morto numa briga de gangues nos Estados Unidos". A carta mais difícil que ele teve de lidar foi de outra adolescente americana que queria saber se devia conservar o bebê de um rapaz que ela sabia que a estava traindo. "Eu lhe disse para seguir o seu coração", diz Ohehnh, dando de ombros.
Os secretários podem recorrer aos serviços de um psicólogo, e às vezes precisam deles. "Acho que o caso mais estranho que temos nos arquivos é o de um rapaz de Verona", diz Carabetta. "Quando ele tinha 24 anos, estava no cemitério e viu a fotografia de uma jovem num túmulo. Ela morrera havia muitas décadas, e o túmulo estava abandonado. Ele começou a cuidar dele e aos poucos criou um relacionamento com ela. Ele vivia a coisa como se fosse amor."
"No fim, nada parece estranho para nós", acrescenta Tamassia. Ela só consegue se lembrar de um caso em que o clube decidiu não responder a uma carta. Houve um período em que alguns presos americanos escreviam a Julieta, e um deles mantinha uma extensa correspondência.
"Ele tinha grandes problemas na sua vida, e me contava tudo sobre eles: seu amor pela namorada que havia perdido após ser preso; sua relação com o pai que o surrava. Mas aí ele foi ficando cada vez mais insistente e, em certo ponto, eu fiquei assustada. Ele estava pedindo nosso endereço. Eu resolvi parar de responder", diz ela.
O aspecto mais extraordinário, talvez, desse empenho todo é que os secretários fazem isso de graça. "Bem, o conselho nos dá o dinheiro para os selos", explica Giulio Tamassia. "Mas ele nem é suficiente (para cobrir a postagem). Agora mesmo, estou tendo uma disputa com o conselho. O que nós fazemos traz toda sorte de vantagens para Verona, e acho que já é hora de eles pararem de nos tratar assim. Estamos trabalhando por nada." Carabetta sorri. "Não por nada, Giulio... Pelo prazer de ler essas cartas maravilhosas."
E, quem sabe, em alguns casos, por outras razões mais pessoais. "Isso me ajudou a acreditar novamente nos sentimentos", diz Marchi. "Se um caso de amor é feliz, ele é feliz, Mas o que conta é ter um coração que esteja vivo, não é? Estar em contato com os próprios sentimentos, do jeito que forem as coisas. Não há nenhuma garantia no futuro." Um sentimento com o qual a Julieta verdadeira - ou melhor, ficcional - teria fervorosamente concordado. (Tradução de Celso M. Paciornik)

Não existe um mundo sem muros Verona ... 
O céu é aqui, onde Julieta vive. Shakespeare


O clube Juliet é uma associação voluntária. Ele tem sido ativa por muitos anos, promovendo a lenda de Romeu e Julieta e à imagem de Verona, tratamento da correspondência de Julieta e organizando alguns eventos culturais.
Secretários de Julieta responder a milhares de cartas derramando dentro de todos os lugares. Eles oferecem aconselhamento e apoio ou apenas ouvir todos aqueles que sentem a necessidade de falar sobre o amor. Orientação poderosa Juliet é uma ponte sobre todas as distâncias geográficas e culturais. Escreva a carta .

O "DEAR JULIET" PRÊMIO

O Club di Giulietta, a nossa organização baseada em Verona, que atende a milhares de cartas dirigidas a cada ano para a heroína mais romântica de Shakespeare, atribui o "Cara Giulietta" ("Dear Juliet") prêmio no Dia dos Namorados para as letras mais atraente recebidos durante o ano anterior.O "Dear Juliet" prêmio reconhece a espontaneidade dos escritores que se voltam para Juliet para expressar seus sentimentos, pedir conselhos ou simplesmente sentir mais perto deste símbolo universal do amor eterno.Tornou-se agora um evento famoso que trouxe aos artistas Verona e estrelas como Andrea Bocelli, de Franco Zeffirelli, Giulietta Masina, Carla Fracci, Whiting Leonard.



ANIVERSÁRIO DE JULIET

A cidade de Verona celebra todos os anos, em 16 de setembro, o aniversário de sua heroína famosos. A data é baseada na "novela" por Luigi Da Porto (1531), o primeiro escritor que contou a história de Romeu e Julieta. Ele era um capitão a serviço da República de Veneza e ele afirmou que um de seus arqueiros, chamado Pellegrino da Verona, contou a história verídica de dois jovens amantes infelizes que viveu no início do século 14 e pertenceu a dois rival famílias, os Capuletos e os Montecchios.Sua novela inspirou um monte de outros escritores europeus, até chegar ao pico de expressão artística na peça de Shakespeare "Romeu e Julieta" (1596).



O "WRITING FOR LOVE" PRÊMIO

O "Writing for Love" Prêmio Literário é um prêmio internacional concedido a um livro sobre o tema do amor. O vencedor é escolhido por um júri de especialistas entre uma seleção de romances sobre o amor, publicados durante o ano anterior. A cerimônia de premiação, acontece em junho na Accademia di Scienze Agricoltura e Lettere, Via Leoncino 6, Verona



Cartas para Julieta

Cartas para Julieta: Celebrando o grande heroína de Shakespeare, a cidade mágica de Verona, eo Poder do Amor por Lise Friedman e Friedman CeilStewart, Tabori & Chang, New York, 2006 Juliet - ela é metade da literatura mais famoso casal, cuja duradoura lenda atrai milhões de visitantes para Verona a cada ano. Mas isso é apenas parte da história. Desde 1930, Juliet tem recebido inúmeras cartas de escritores em todo o mundo, e surpreendentemente, todos eles receberam uma resposta. Em Cartas para Julieta autores Lise Friedman e Friedman Ceil explorar as histórias por trás dessas letras e os voluntários que foram respondê-las por mais de 70 anos. As cartas chegam aos milhares, em quase todas as línguas, e de escritores de todas as idades. Mais falar de amor - o amor encontrado e amor perdido, o amor eo amor procurado lembrado. Eles podem ter sido escritos por adolescentes no meio de uma primeira paixão ou por adultos celebrando um amor tão duramente conquistada. As emoções e desejos que eles expressam são atemporais, e algumas refletem como um determinado problema ou movimento social em forma de sentimentos do escritor e perspectiva. Completo com cartas selecionadas, Letters to Juliet explora a lenda de Romeu e Julieta, a história dos monumentos em Verona, ea história dos vários secretários que foram respondendo e-mail de Julieta por décadas. Uma visão do século 21 da cidade de uma perspectiva privilegiada, completa este livro encantador e mágico, que inclui um envelope que os leitores podem usar para enviar suas próprias cartas para Juliet. Em sua totalidade, Letters to Juliet oferece um olhar encantador de uma das figuras mais romântica da literatura, eo fenômeno de sua lenda. LISE FRIEDMAN é o autor de "Lições Primeira Ballet", "Break a Leg! O Guia para Crianças agir e Stagecraft "e" Alvin Ailey passos de dança! " Um ex-membro da Companhia de Dança Merce Cunningham, ela mora em New York City, onde ela escreve freqüentemente sobre artes cênicas. CEIL FRIEDMAN é um historiador de arte e tradutor que escreve sobre contemporânea arte e cultura italiana. Ela mora em Verona, onde colabora com os Museus da Cidade Verona e outras instituições na Itália.