- Publicado em Quarta, 10 Setembro 2014 14:51
- Escrito por Luis Dafaur
A força aérea japonesa obrigou dois bombardeiros estratégicos russos Tupolev Tu-95 a se afastarem do espaço aéreo nipônico, do qual tinham se aproximado imprudentemente, informou o Ministério de Defesa de Tóquio, citado pela agência “RIA-NOVOSTI” de Moscou.
Após se aproximarem da ilha de Okinawa, sede da maior base americana no Oriente, os bombardeiros russos foram bordejando o arquipélago japonês.
Após se aproximarem da ilha de Okinawa, sede da maior base americana no Oriente, os bombardeiros russos foram bordejando o arquipélago japonês.
O Ministério de Defesa do Sol Nascente ficou preocupado pelas intenções que esse voo revelou. Desde julho até setembro de 2013, o Japão teve de acionar seus caças 105 vezes, por causa da excessiva aproximação de aviões russos estratégicos de ataque.
Neste ano, o Japão enviou um protesto a Moscou, apontando que os aviões russos violaram seu espaço aéreo, acrescentou a “ITAR-TASS”.
Neste ano, o Japão enviou um protesto a Moscou, apontando que os aviões russos violaram seu espaço aéreo, acrescentou a “ITAR-TASS”.
Por sua vez, a mesma agência moscovita informou sobre mais uma ocorrência entre bombardeiros nucleares russos TU-95 e caças F-16, da Real Força Aérea da Holanda. No operativo participaram também dois F-16 da Força Aérea da Dinamarca e aviões da Grã-Bretanha.
O Ministério da Defesa da Holanda mencionou que, após os bombardeiros suspeitos se afastarem de seu território e os caças holandeses retornarem às suas bases, os mesmos bombardeiros deram uma volta de 180º e vieram por cima da Holanda.
Mais um jato holandês foi acionado, até os bombardeiros suspeitos ingressarem na área de responsabilidade britânica. Ocorrência análoga foi registrada no mês de abril.
Também a Finlândia está preocupada por esse tipo de voos russos, que não revelam intenções simpáticas.
Em apenas 10 dias do mês de agosto, bombardeiros estratégicos russos protagonizaram pelo menos 16 incursões em zonas defensivas de identificação ao noroeste dos EUA, numa abrupta escalada de incidentes, segundo oficiais da defesa americana mencionados pelo site “The Washington Free Beacon”.
Os Tu-95 ‘Bear H’ geraram a reação dos jatos americanos em momentos que a tensão entre os EUA e a Rússia vinha crescendo de intensidade pela guerra na Ucrânia.
Numa incursão russa perto do Alaska um avião de inteligência russo ia entre os bombardeiros, e numa outra os russos invadiram o espaço aéreo do Canadá.
O major Beth Smith, porta-voz do U.S. Northern Command and the North American Aerospace Defense Command (NORAD), disse que os incidentes com russos estão num “pico de atividade”, mas achou que esses voos correspondem a missões e exercícios.
Oficiais americanos comentaram que as incomuns incursões fizeram voltar à Guerra Fria, tempo em que eram frequentes essas sondagens das defesas inimigas por parte da aviação soviética em preparação para um conflito nuclear.
Vladimir Putin ordenou um reequipamento das forças nucleares russas, que incluem testes de novos mísseis de diversos alcances, novos submarinos estratégicos e bombardeiros com grande raio de ação.
Em junho de 2014, mais dois bombardeiros nucleares Bear se aproximaram até 50 milhas da costa da Califórnia, a menor distância jamais atingida após a Guerra Fria, antes de serem interceptados por caças F-15.
Para um outro oficial de defesa que discrepou da opinião do NORAD, os russos “estão tentando testar nossas reações na defesa aérea, do nosso comando e dos nossos sistemas de controle. Não se trata apenas de missões de treinamento”.
Ele explicou o comunicado do NORAD como efeito da política conciliatória de Obama com Moscou.
Mas a retórica militar está ficando mais tensa após a anexação da Criméia pela Rússia. Em julho, o Departamento de Estado acusou Moscou de violar o tratado de limitação de foguetes nucleares, assinado em 1987, desenvolvendo um novo míssil de cruzeiro.
Como de costume, Moscou declarou que as acusações eram falsas.
Em Washington, o almirante Cecil Haney, chefe do Comando Estratégico americano, manifestou em 18 de junho sua preocupação com o aumento das atividades nucleares russas.
O almirante sublinhou a coincidência dessas ações com o recrudescimento das tensões na Ucrânia e mencionou o lançamento de seis mísseis de cruzeiro russos como uma “demonstração de força”.
Segundo o Ministério de Defesa russo, um bombardeiro Tu-95 “é capaz de destruir, com esses mísseis, instalações fixas do inimigo de dia ou de noite, em quaisquer condições climáticas e em qualquer parte do globo”.
O almirante Haney apontou que “simultaneamente estamos vendo significativas operações de aviões estratégicos russos em países como Japão, Coreia e até na nossa costa oeste”.
Também na Europa aviões americanos tiveram atritos com caças russos.
Notadamente com um RC-135, avião de inteligência que foi forçado a se pôr de resguardo no espaço aéreo sueco após ser hostilizado por um jato russo no dia 18 de julho.
O incidente aconteceu no dia seguinte à derrubada do voo MH17 da Malaysian Airlines sobre o leste ucraniano.
Luis Dufaur edita o blog Flagelo Russo.
Via: Mídia Sem Máscara.
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