"O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. O Direito não é uma simples idéia, é força viva. Por isso a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada, por meio da qual se defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça bradir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança."

-- Rudolf Von Ihering

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sábado, 16 de maio de 2009

VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DE VIGÁRIO GERAL E JARDIM AMÉRICA?


"Em 1966 o Conjunto Habitacional Padre José de Anchieta financiado pelo extinto BNH, foi inaugurado com a presença do então Presidente da República Gen. Castelo Branco. Posteriormente já na década de 70 foi inaugurado o Conjunto Habitacional Vigário Geral. Por essa época, o bairro eminentemente residencial teve várias industrias instaladas, tais como a Paskin Cia LTDA e Freitas Leitão Ind e Com. as quais por iniciativa de suas associações de moradores foram por fim fechadas devido a poluição que causavam."

OBS: Primeiro conjunto habitacional do Brasil,
Deveria ser tombado pelo patrimônio público.

Curiosidade: "O primeiro loteamento ocorreu no final da década de 30 através da Companhia Territorial do Rio de Janeiro. Em 1950 uma parte da antiga Fazenda Botafogo adjacente ao bairro foi loteada criando um "sub-bairro" dentro de Vigário Geral chamado Jardim América."

HISTÓRIA


 

VOCÊ CONHECE VIGÁRIO GERAL ?


No período da colonização do Brasil, quando o Rio de Janeiro, era um grande celeiro econômico, devido a produção agrícola e pecuária, em suas diversas regiões. As terras estavam divididas em distritos, denominados Freguesias, sendo três destas Freguesias, de propriedade da Igreja Católica e duas de leigos (propriedade privada) onde existiam diversas fazendas e engenhos. As três freguesias Católicas eram: a primeira, a de São Sebastião, do Rio de Janeiro; a segunda, da Candelária e a terceira, a do Irajá. A Freguesia do Irajá mantinha a administração religiosa em toda a região de seu domínio, que além das áreas locais, próximas à Igreja da Nossa Senhora da Apresentação, originada com o Padre Antônio Martins Loureiro em 1644 (sede da Freguesia, onde se encontrava o vigário geral, categoria do clero, desta Freguesia) que se estendia até a Zona Oeste do Rio de Janeiro. Em 1866, a rede ferroviária inaugurou o fluxo de trem, para servir a Família Imperial no eixo Rio-Petrópolis, passando por diversas fazendas da regiões. Nas terras consideradas relengas, pantanosas, existia uma grande fazenda, a Nossa Senhora das Graças, onde havia o Engenho do Vigário Geral, também conhecido por “Engenho Velho”, próximo ao Rio Meriti. Com a extinção do engenho, a fazenda passou a ser propriedade de deputado e médico Dr. Bulhões Marcial. Em 1910, o Dr. Bulhões Marcial, decidiu lotear suas terras, com interesse de aumentar a população na região. Nesse mesmo momento, dia 05 de outubro de 1910, a rede ferroviária montou um barracão como parada do trem, para atender a nova população inaugurando assim a estação, que recebeu o nome do Velho Engenho, ali extinto, mas que deveria ficar na memória, perpetuando o seu nome “Vigário Geral”.

Esse bairro, ocupa uma grande extensão geográfica, desde a Rua Bulhões Marcial (antiga Rio-Petrópolis) paralela à rede ferroviária, até a Rodovia Presidente Dutra, onde situa um sub-bairro, que fora denominado Jardim América, loteado em 1956. Muitos moradores da região, ignoram o antigo bairro, dizendo morar no Jardim América, só esquecendo que as ruas onde eles residem são mais antigas que o Jardim América.

Vigário Geral fez parte da capital do Brasil, quando aqui era Distrito Federal; foi o primeiro limite do Estado da Guanabara com o antigo Estado do Rio de Janeiro. É um bairro que sempre sofreu o problema da discriminação. Por quem não conhece, na década de cinqüenta, com a influência do deputado Tenório Cavalcante, que era o homem forte de Duque de Caxias, onde os grandes conflitos políticos traziam para aquela cidade um clima de temor, tornando-a o símbolo da violência. E por sermos vizinhos, muita gente imaginava que Vigário Geral pertencia a Baixada Fluminense, sendo que até hoje, ainda tem quem pense assim.

Em 1993, Vigário Geral, passou por uma grande tragédia que abalou o mundo inteiro, quando ocorreu a grande chacina, onde inocentes perderam suas vidas. Esse foi um marco muito forte para a nossa comunidade. Tanto para a população do Parque Proletário de Vigário Geral como para o Bairro Vigário Geral, há quem pensem que Vigário Geral é um local de alta periculosidade e de alto índice de violência. Mas quem conhece sabe que não é nada disso, pois existem lugares mais sofisticados e que são piores que Vigário Geral. Muitas empresas de certo porte; onde as pessoas não conhecem o bairro e não aceitam trabalhadores de Vigário Geral, pois fazem preconceito e discriminação.

O bairro Vigário Geral contém cinco escolas de ensino Fundamental: a Escola Municipal República do Líbano, a Escola Municipal Jorge Gouveia, a Escola Municipal Eneida, a Escola Municipal Heitor Beltrão e a Escola Municipal Alfredo Valadão; um pequeno comércio, três clubes sociais: o União Cívica e Progresso de Vigário Geral, o Vila Nova Esporte Club e o Club Alto dos Motas; cinco praças: a Praça Catolé do Rocha (Nesta praça os 4 PM's foram assassinados pelo traficante Flavio Negão, um dia antes da Chacina), que mantém um dos poucos coretos tombados pelo Patrimônio Histórico, a Praça Irineu Machado, a Praça Elba, Praça Córsega (Praça 2, "HOJE UM GRANDE PÓLO COMERCIAL"), e a Praça Rodrigues Alves, onde está localizada a Escola Eneida na Rua Furquim Mendes; três Associações de moradores: a Associação de Moradores e Amigos de Vigário Geral, a Associação de Moradores da Rua Furquim Mendes e a Associação de Moradores da Vila esperança; uma associação beneficente: a Sociedade Beneficente e Recreativa Floriano Peixoto; e a Região Administrativa, cuja abrangência é desconhecida pela comunidade e temos também uma grande usina de tratamento sanitário “Usina de Tratamento da Bacia do Rio Pavuna” que faz parte do projeto de despoluição da Baía da Guanabara.

O Parque proletário de Vigário Geral, está localizado no lado direito da rede ferroviária no sentido de Duque de Caxias e tem ligação com áreas de Marinha, pois, lá existem vários projetos sociais voltados para o desenvolvimento cultural. ("FAVELA" DE VIGÁRIO GERAL).

Atualmente, o bairro Vigário Geral contém, aproximadamente, 35.000 habitantes, centenas de empresas e é considerado o segundo pólo industrial e de serviços do município do Rio de Janeiro, podemos até citar algumas das empresas instaladas em Vigário Geral como: a DuLoren Internacional, a Metalúrgica Moldenox, a “Silimed”- a maior empresa produtora de silicone no Brasil, a Indústria de Cosméticos Never e a tradicional Tintura Márcia, a Marcial Incêndio, algumas empresas transportadoras e de ônibus como: a Breda Turismo, a Autodiesel e outras. Essas empresas empregam milhares de trabalhadores, do Rio e Grande Rio. Através dessa matéria, pode-se perceber que Vigário Geral, não é uma grande favela como as pessoas imaginam. Pois, é composto de um grande bairro residencial e industrial, do Parque Proletário que está no projeto Favela/Bairro da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, e também do Jardim América.


CIDADANIA

PROJETO DE LEI Nº1270/2007




INSTITUI A SEMANA DO BAIRRO DE VIGÁRIO

GERAL NA FORMA QUE MENCIONA.


Autora: Vereadora Pastora Márcia Teixeira

 

 

 

A CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO


DECRETA:

Art. 1º  Fica instituída na forma desta Lei a “Semana do Bairro de Vigário Geral”.

Art. 2º  A “Semana do Bairro de Vigário Geral”. integrará o Calendário Oficial de eventos de interesse histórico e turístico da Cidade, devendo ser comemorada anualmente no período compreendido entre os dias 04 e 12 de outubro, data dedicada aos festejos alusivos ao aniversário do Bairro de Vigário Geral.

Art. 3° Dentre outras atividades a “Semana do Bairro de Vigário Geral” constará de programas de valorização do bairro, eventos culturais e artísticos, bem como atividades dedicadas ao resgate de sua história, garantida a participação da população local.

Art. 4º A Prefeitura promoverá a preservação da memória histórica e cultural do bairro de Vigário Geral, implementando:
I    inventários;
II   tombamentos;
III  divulgação de eventos;
IV  projetos de preservação do ambiente histórico e cultural; e
V   recuperação, melhoria e preservação de logradouros e edificações que façam parte da história do bairro.

Art. 5º As despesas decorrentes do disposto nesta Lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias do Município, conforme devida previsão na Lei Orçamentária Anual.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.



Plenário Teotônio Villela, 06 de agosto de 2007




PASTORA MÁRCIA TEIXEIRA

VEREADORA


OFERTADO AO BLOG POR SÉRGIO CERQUEIRA BORGES.