"O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. O Direito não é uma simples idéia, é força viva. Por isso a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada, por meio da qual se defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça bradir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança."

-- Rudolf Von Ihering

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IDIOMA DESEJADO.

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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Para prestigiar a cultura yoruba, o antropólogo Darcy Ribeiro ( 1922-1997), ex-vice governador, mudou a imagem étnica de Zumbi dos Palmares.


A imagem de Oni, de Ilé-Ifé, a cidade sagrada dos iorubás, na Nigéria, que o antropólogo viu, no Museu Britânico, em Londres, acabou se tornando no símbolo que emoldura o primeiro monumento em homenagem a Zumbi, na Av. Presidente Vargas, construído em 1986. 

Ali, sejamos claros, não se trata de herói decapitado, é a reprodução da imagem de um guerreiro iorubá, da Nigéria. 

O que se pode comentar a respeito do monumento da Praça Onze é que ele não representa etnicamente quem foi Zumbi, que era brasileiro e não africano. 

Ele era descendente dos jagas, etnia angolana, que predominou, inicialmente no Quilombo de Palmares. Como a cultura iorubá se tornou uma referência nos estudos africanistas brasileiros, Ribeiro, um dos articuladores do monumento, empresta ela a Zumbi. 

Assim, a iconografia imponente de Oni, um título honorifico, parece ter encontrado seu lugar ideal. Além de grandes guerreiros, os iorubás conseguiram impor no Brasil sua religiosidade expressa no candomblé. 

Então, o que existe, na Praça Onze, é uma mudança de pele, de jaga para iorubá. E, nada mesmo, de decapitação.