"O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. O Direito não é uma simples idéia, é força viva. Por isso a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada, por meio da qual se defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça bradir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança."

-- Rudolf Von Ihering

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terça-feira, 2 de junho de 2009

HISTÓRICO AFROREGGAE ANTES DA CHACINA DE VIGÁRIO GERAL 1993.






vítima da chacina confirma que foi as custas
do sofrimento deles que o Afro Reggae decolou,
assista no documentário abaixo.



HISTÓRICO AFROREGGAE/ VIGÁRIO GERAL.
1992 Concebendo...
Em 1992, enquanto os estudantes, em várias capitais brasileiras, pintavam a cara e saíam às ruas, manifestando-se em favor do Impeachment do então presidente da república Fernando Collor de Mello, começou-se a escrever a história do GrupoCultural Afro Reggae. 

Tudo teve início com a realização de uma festa de reggae, que aconteceu na seqüência de uma série de festas de funk que José Júnior, atual Coordenador Executivo do GCAR, vinha  organizando desde 1992. Como, nesse mesmo ano, o funk tinha se tornado um ritmo proibido nas festas e bailes do Rio devido ao controverso arrastão da Praia do Arpoador houve a exigência de uma mudança. Essa mudança deu certo, não apenas porque a festa foi um sucesso, mas também porque levou à politização do grupo e motivou a realização de uma segunda festa: a Iª Rasta Reggae Dancing, que reuniu pessoas dos locais mais distintos como Baixada Fluminense, Zona da Leopoldina, Zona Sul e Zona Oeste.
1993-1994: O Começo na primeira reunião de reflexão sobre a Iª Rasta Reggae Dancing, foram convidadas pessoas que participaram da sua produção. Um dos participantes sugeriu a criação de um veículo de comunicação sobre a cultura negra. Foi assim que surgiu, em janeiro de 1993, a primeira edição do Jornal Afro Reggae Notícias (nº 0). A cada edição, o grupo, autodenominado “organizadores”, amadurecia e se transformava. Assim, em julho de 1993, decidimos criar uma ONG, nascendo assim o Grupo Cultural Afro Reggae (GCAR). A necessidade de se tornar uma entidade organizada baseou-se nas observações e experiências individuais dos componentes, uma vez que através unicamente do jornal não era possível interferir positiva e diretamente em determinados problemas sociais. No entanto, o jornal continuou existindo, e ainda é hoje é publicado, mas no formato on-line. Foi então que decidimos criar um programa de ação sociocultural voltado para os jovens que residiam em favelas e que, concretamente, viesse a modificar de alguma forma a vida dessas pessoas. 
Foi então, ocorreu um dos fatos mais vergonhosos do Brasil: A chacina de Vigário Geral. No dia 29 de agosto de 1993, vinte e uma pessoas foram covardemente assassinadas pela Polícia Militar, em vingança pela morte, no dia anterior ao da chacina, de quatro policiais por traficantes da favela. No entanto, nenhuma das vítimas tinha qualquer envolvimento com a criminalidade. Nessa época Vigário vinha de uma guerra de dez anos com a favela vizinha Lucas -, numa disputa cruel pelo comando dos pontos de venda de droga. A chacina, entretanto, acabou selando a paz e gerando dezenas de manifestações a favor dos parentes das vítimas e de Vigário Geral. O GCAR chegou um mês após o massacre, em setembro, participando de várias reuniões e atividades pelo MOCOVIGE - Movimento Comunitário de Vigário Geral.

Em 1994, o GCAR obteve do SAAP/FASE o seu primeiro apoio financeiro (para a produção de 4 edições do Jornal Afro Reggae Notícias) e o Núcleo de Vigário Geral teve início (oficinas de reciclagem de lixo, dança afro e percussão). Este também foi um período problemático no Rio de Janeiro, pois o governo federal interveio em algumas favelas com a Operação Rio. Por inúmeras vezes nossas atividades foram interrompidas pela ameaça de intensos tiroteios e pela violência policial. As oficinas de dança, percussão e capoeira haviam-se tornado uma banda e já estavam se apresentado pela cidade. Foi numa dessas oportunidades, no Hotel Marina (Leblon), que conhecemos Regina Casé, que nos apresentou a Caetano Veloso, e daí para agendarmos um evento de batizado da banda, em que os dois fossem os padrinhos, foi um pulo. No dia 09 de Junho de 1995, realizamos o Batizado da Banda AfroReggae, na favela de Vigário Geral, com os padrinhos ilustres Regina Casé e Caetano Veloso. Pela primeira vez, a favela de Vigário Geral recebia a presença de artistas consagrados, e o evento contou ainda com a presença do poeta Waly Salomão (atual diretor social do GCAR), intelectuais, representantes de ONG´s e da mídia. Ainda nesse ano, graças a um empréstimo do Centro de Assessoria a Movimentos Populares CAMPO, conseguimos comprar uma casa para o Grupo, o que deu novo fôlego ao desenvolvimento do trabalho. No ano seguinte (96), implantamos o segundo Núcleo Comunitário de Cultura, no Morro do Cantagalo. Este Núcleo surgiu no Complexo Escolar Municipal Presidente João Goulart (popularmente conhecido como CIEP Ipanema). Aqui utilizamos a linguagem do Circo e o objetivo é a formação de uma trupe profissional. Uma outra novidade foi o lançamento de um programa em uma rádio comunitária, que o GCAR lançou em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. No inicio desse ano, a Ação da Cidadania/IBASE e o Movimento Viva Rio criaram o projeto GerAção, englobando jovens de classe média que desejassem participar de ações sociais nas favelas. Em Vigário, esse projeto proporcionou, então, a possibilidade de uma troca positiva de experiências entre pessoas que viviam realidades absolutamente distintas, indo ao encontro da política de integração social defendida pelo Grupo. Ainda em 96, foi lançada a Campanha do Metro, visando vender os 90 metros quadrados do terreno/casa de Vigário. Cada metro custava na época R$ 60,00 (Sessenta Reais). A campanha foi um sucesso e em 6 meses conseguimos os recursos e pagamos o débito junto ao CAMPO. 11999955--11999966: A: Ammplpialinadnod aos a pse presprsepceticvtaisvas 

1997-1998: Avanços e conquistas. O grande acontecimento de 1997 foi a inauguração, em 29 de julho, do Centro Cultural Afro Reggae Vigário Legal, com recursos das embaixadas britânica e canadense. A data foi marcada por um grande evento, com a participação d'O Rappa e do Cidade Negra. O Centro Cultural, ou melhor dizendo, o trabalho do GCAR na comunidade de Vigário Geral, passou então a ser coordenado por dois jovens moradores da comunidade (Anderson Sá e Luiz Gustavo, hoje vocalistas da Banda AfroReggae). O investimento realizado pelo grupo começou a mostrar resultados. Além dos coordenadores mencionados, surgiu um time de jovens, entre 14 e 18 anos, desempenhando os papéis de monitores, instrutores juniores, instrutores/educadores e agentes administrativos. Os jovens-líderes do GCAR, de início, encontraram várias barreiras devido à pouca idade e à inexperiência. Afinal, nossa área carece de cursos de formação, uma vez que fazemos um misto de cultura, movimento social e educação, utilizando uma linguagem que incorpora expressões populares e muita vivência pessoal. A Banda AfroReggae passou a ser a principal referência da instituição e um exemplo de projeto com êxito no trabalho em favelas. Passamos a encará-lo, então, como um veículo que capaz de romper as fronteiras da comunidade. Iniciamos assim um investimento contínuo nos jovens, visando a que se tornassem artistas profissionais. Resolvemos criar um espetáculo que fundisse música, dança, teatro, luta e circo: o Espetáculo Nova Cara. O ano de 1997 também marcou o retorno do GCAR para o Cantagalo. A partir das conexões feitas com grupos do Canadá em 96, fomos convidados a participar de uma grande parceria entre as ONGs Se Essa Rua Fosse Minha, SAAP/FASE e Teatro de Anônimo e duas organizações canadenses: Cirque du Soleil e a Jeneusse du Monde. Dessa forma surgiu o projeto Levantando a Lona. Em 1998, a Banda AfroReggae realiza sua primeira turnê pela Europa. Com o espetáculo Nova Cara pronto, a Banda se apresentou na França durante a Copa do Mundo de Futebol , na Holanda, na Inglaterra e na Itália. Foram as primeiras apresentações oficiais do Espetáculo. No Brasil, a primeira apresentação aconteceu em novembro do mesmo ano, na Lapa, Rio de Janeiro, gratuitamente e com um público de mais de três mil pessoas. Nesse ano, a Instituição começava a perceber que um investimento maior e melhor na questão da educação se tornava e necessária. Se quanto ao aspecto de promoção da autoo-estima e da cidadania e também quanto ao desenvolvimento artístico o Afro Reggae ia muito bem, no que diz respeito à educação era evidente que algumas lacunas não estavam sendo preenchidas um número considerável de jovens não freqüentava a escola, um outro tanto já chegava à maioridade sem ter concluído o segundo e em alguns casos nem o primeiro grau e, além disso, reinava o desinteresse por qualquer assunto que não tivesse a ver diretamente com a prática artística.

1999-2000: Consolidando as bases
Então, em 1999, o GCAR começava a pensar com mais profundidade em como elaborar uma prática educativa que atraísse o interesse dos jovens e, ao mesmo tempo, tivesse a cara do Afro Reggae, preservando o aspecto lúdico e prazeroso do processo. Sem dúvida, ainda há muito chão a trilhar nesse aspecto. Por outro lado, em março desse ano demos um importante passo no sentido do aperfeiçoamento das tecnologias de comunicação do Grupo: inauguramos a página na Internet “www.afroreggae.org”. Por outro lado, demoramos a nos organizar quanto à manutenção do mesmo, e o sítio apresentava precariedade no tocante à atualização (problema que só se resolverá no final de 2001). Ainda em 99 aconteceu a segunda turnê da banda pela Europa. Os países foram: Itália, França e Holanda. Mesmo passando por apenas 3 países, o período de permanência no velho mundo foi significativo: 74 dias. Nessas viagens, nós participamos de festivais de música e cultura, eventos em casas noturnas, teatros, etc. Também mantivemos uma vasta agenda social de intercâmbios com grupos locais, palestras e workshops. Em 2000 a Banda AfroReggae assina contrato com a Universal Music, tornando-se dessa maneira o primeiro grupo, no Brasil, surgido em uma favela e a partir de um projeto social a lançar seu disco de estréia por uma multinacional da área fonográfica. A ARPA se converte numa produtora de eventos com pessoa jurídica própria (mais informações no Histórico da ARPA) e passa a cuidar dos interesses comerciais da Banda, além de continuar promovendo eventos diversos. É criado o Prêmio Orilaxé. Em janeiro de 2000, por ocasião do sétimo aniversário do Grupo Cultural Afro Reggae, resolveu-se instituir uma premiação que valorizasse personalidades, das mais diversas áreas de atuação, que tivessem dado uma importante contribuição para o campo sociocultural. O prêmio representou a consolidação de uma tradição que vem dos primeiros anos de atividade do GCAR, consolidada agora em eventos de maior ressonância. Em março foi interrompida a publicação do Afro Reggae Notícias, acontecimento lamentado por todos uma vez que esta foi a primeira realização do Grupo Cultural
Afro Reggae. No entanto, essa interrupção serviu para que repensássemos todo o setor de comunicação do GCAR, visando ao incremento de todas as atividades relativas à comunicação. Ao longo desse ano o processo de investimento na educação, mencionado acima, começou a se consolidar, de modo que, no final desse mesmo período, já se podia perceber uma baixa significativa na quantidade de jovens participantes do projeto fora da escola, reduzida praticamente a zero. Naturalmente, muito ainda há para ser feito, sobretudo no que diz respeito à qualidade da educação oferecida pelo grupo em relação com os parâmetros da educação formal. Isso já é há muito tempo uma preocupação do Grupo e vem sendo incorporada aos novos projetos, já pensados para o novo século.

2001-2002: O futuro é agora
Em janeiro de 2001 a Banda AfroReggae lançou o CD Nova Cara, pela gravadora Universal Music, conforme anunciado no ano anterior. O lançamento extra-oficial foi durante o Rock´n Rio III, na Barra da Tijuca. A banda se apresentou na abertura do evento, ao lado da Orquestra Sinfônica Brasileira, interpretando Assim falou Zaratustra, de Jocham Strauss Jr., e na programação normal, na Tenda Brasil. Além disso, outros projetos do GCAR participaram do Rock in Rio a Trupe da Saúde e a Trupe do Levantando a Lona fizeram apresentações na Tenda Mundo Melhor, onde houve também debates com a participação do Grupo. O lançamento do CD da Banda AfroReggae (oficialmente em março, na sede da Universal, na Barra da Tijuca-RJ) coroou os anos de investimento visando a um objetivo que muitos julgavam inviável: o desvio de jovens moradores do caminho do narcotráfico e do subemprego. No final deste ano o Afro Reggae firmou o convênio com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social-BNDES para a construção de um novo centro cultural em Vigário. No ano seguinte, precisamente em setembro de 2002, o Centro Cultural Afro Reggae Vigário Legal foi demolido, dando lugar ao canteiro de obras que em breve será conhecido como Centro Cultural Waly Salomão, em homenagem ao poeta que teve uma presença importantíssima na história do grupo e, infelizmente, nos deixou em maio de 2003. A idéia é que esse novo centro cultural se torne uma referência não só para a comunidade, mas para a cidade como um todo, objetivando o investimento na potência criativa e inovadora das culturas produzidas na periferia e buscando interferir na vida coletiva do país. Com a demolição do antigo centro cultural, a prioridade do Afro Reggae em Vigário passou a ser o investimento nos trabalhos já consolidados, como o projeto Criança Legal e os SubGrupos que já estavam em atividade até o final de 2001. Surpreendentemente, nesse momento, em que esperávamos um certo refluxo no processo de crescimento do grupo nessa comunidade, aconteceu o contrário. Em 2002, quatro novos SubGrupos foram criados em VG Tribo Negra, Afro Mangue, Kitôto e um grupo de dança (cujo nome ainda não foi definido) e um quinto começou a se desenhar: um grupo de afoxé só de meninas. Foi nesse ano também que alguns desses grupos repensaram totalmente o seu trabalho, caso do Afro Samba e da Trupe da Saúde. Ainda em 2001, no mês de outubro, o Afro Reggae inaugurou, em Parada de Lucas, um projeto de extrema importância para nossos objetivos: o Rompendo Fronteiras. Inicialmente formado a partir de uma parceria com o CDI e a associação de moradores local, esse projeto é voltado para a área de informática e representou de ato o rompimento de uma fronteira bastante hostil. Afinal, desde 1983 as relações entre essa comunidade e a vizinha Vigário Geral eram marcadas pelos conflitos entre narcotraficantes, o que não raro impedia ações, relacionamentos ou desenvolvimento de projetos comuns às duas comunidades. Agora, com a presença do Afro Reggae consolidada em Lucas, estamos desenvolvendo a idéia de criação de um Centro Multimídia na favela, que disponha de computadores de primeira geração, curos diversos, programação visual, edição de vídeos, conexão rápida à Internet e muito mais.

Já em 2002, foi dado um novo passo. Em fevereiro, foi iniciada, no complexo Cantagalo-Pavão-Pavãozinho, uma oficina de vídeo, cujo objetivo é capacitar jovens da comunidade e adjacências para produzir documentários ou peças de ficção numa linha de comunicação popular. A idéia é que a partir deste curso o GCAR forme um núcleo de audiovisual que possa absorver os próprios alunos em torno de uma equipe de produção profissional.
2003-2004: Da favela para o mundo
O ano de 2003 começa com um marco importante: o dia 21 de janeiro desse ano marcou a comemoração dos 10 Anos do Grupo Cultural Afro Reggae. Dessa vez o evento de aniversário e a cerimônia de entrega do Prêmio Orilaxé durou quatro dias. O primeiro, no teatro João Caetano, foi dedicado ao prêmio. Os dois seguintes aconteceram no SESC Tijuca, com debates e apresentações dos SubGrupos do Afro Reggae. O quarto e último dia de comemoração foi na Lapa, com um grande show da Banda AfroReggae, Makala e grandes artistas como Lenine, Jorge Mautner e Nelson Jacobina, Nando Reis, Frejat... O dia foi assinalado ainda por um dos maiores temporais que já caíram sobre a cidade, o que fez acabar a luz em toda a região menos no palco montado em frente aos Arcos, iluminado pelo gerador e impediu Caetano Veloso de chegar para sua apresentação, mas não impediu o público de festejar até o final, debaixo de chuva, junto com o Afro Reggae os 10 anos de sua história. Como esta era uma data marcante, todo o ano foi dedicado à comemoração dos 10 anos, cujo clímax aconteceu em 9 de setembro, com o lançamento do livro Da favela para o mundo, no Sesc-Flamengo. Escrito por José Junior, o livro narra a história do Grupo Cultural Afro Reggae desde os primeiros movimentos para organizar as festas que aglutinaram o grupo, passando pela edição do Afro Reggae Notícias e a consolidação do grupo, os acertos (e também os erros), os avanços e os planos de futuro. Naturalmente, essa é apenas parte da história e ainda há muito a construir. O ano de 2004 deve trazer muitas novidades: há a perspectiva do novo Centro Cultural, em vigário Geral; o novo CD da Banda AfroReggae; a inauguração do centro multimídia em Parada de Lucas e muito mais. De qualquer forma, esse ano começou bem, com a festa de 11 anos do grupo realizada no Canecão. Pela primeira vez, a comemoração aconteceu em fevereiro e num bairro da zona sul. Essa festa, entre outros argumentos, mostrou a evolução dos grupos artísticos formados pelo trabalho do Afro Reggae no caso presente, a trupe Levantando a Lona, o Kitoto, Afro Samba, Makala, e naturalmente a já experiente Banda AfroReggae e também a capacidade do grupo de juntar os diferentes pontos e as diversas esferas da cidade em um mesmo espaço, mostrando que as diferenças podem ser superadas e que alguns dos maiores problemas sociais, políticos e até econômicos de nosso podem encontrar uma solução nessa experiência de solidariedade e reconhecimento.

http://www.afroreggae.org.br/upload/projetos_2/gcar_historico.pdf


























NOS DIAS DE HOJE

Chacina de Vigário Geral, no Rio, completa 22 anos

A ONG iniciou sua atividades em 1992 para promover fetas de reggae: ...
Tudo teve início com a realização de uma festa de reggae, que aconteceu na seqüência de uma série de festas de funk que José Júnior, atual Coordenador Executivo do GCAR, vinha  organizando desde 1992. Como, nesse mesmo ano, o funk tinha se tornado um ritmo proibido nas festas e bailes do Rio devido ao controverso arrastão da Praia do Arpoador houve a exigência de uma mudança. Essa mudança deu certo, não apenas porque a festa foi um sucesso, mas também porque levou à politização do grupo e motivou a realização de uma segunda festa: a Iª Rasta Reggae Dancing, que reuniu pessoas dos locais mais distintos como Baixada Fluminense, Zona da Leopoldina, Zona Sul e Zona Oeste..."

Mas repita mil vezes esta história do vídeo abaixo e surge uma versão incontestável de uma "verdade" em que a própria mídia passa a crer. 





Reprodução do Extra online



O coordenador do AfroReggae, José Júnior precisa mais do que nunca se explicar. Primeiro pelo padrão de vida que leva. Segundo a revista Alfa publicou, José Júnior só viaja de avião na classe executiva, não na econômica, e circula a bordo de um carrão, um Land Rover Freelander 2, avaliado em R$ 140 mil. Além disso afirma que por ser amigo de políticos tem acesso a muitas grifes caras como Reserva, Osklen, Adidas e Evoke. Como assim? 

Mas o que mais chama a atenção é a sua defesa do traficante Elias Maluco. Vejam a reprodução abaixo. 




Reprodução do Extra online


Quer dizer que Elias Maluco agora é inocente? Me poupe José Júnior. Ele diz que é “amigo pra c....” do bandido. Só assim para justificar essa absurda defesa. Na verdade José Júnior se for investigado a fundo tem muito que se explicar, a começar pela fuga dos bandidos do Alemão. Ele foi enviado por Cabral para – segundo ele - dar prazo aos traficantes se renderem, mas todos sabem que o que aconteceu foi a fuga em massa logo depois do “acerto” com o coordenador do AfroReggae. 

Mas agora pasmem, o AfroReggae só no ano passado recebeu através de convênios, a maioria com os governos Cabral e Paes, R$ 20 milhões. O MP deveria fazer uma auditoria nessas contas, mas uma coisa é certa, José Júnior está levando vida de rei. 



José Júnior, de camisa preta do AfroReggae e mais atrás de camiseta preta com a mão na cabeça, o irmão de Marcinho VP, que não queria aparecer, no dia da ocupação do Complexo do Alemão




http://resistenciacristaj.blogspot.com.br/2013/05/acusador-do-pr-marco-pereira-jose.html#comment-form


Escola com Criança Esperança e AfroReggae é a pior do Rio. É óbvio: criança precisa aprender matemática; ela já sabe bater lata

Escola boa ministra português, matemática, ciências etc, num ambiente de disciplina, de ordem, em que o professor ensina, e o aluno aprende. Trata-se de uma obviedade, de uma tautologia. Mas esse conteúdo tem de ser repetido dia após dia porque poucas áreas estão tão sujeitas à feitiçaria entre modernosa e esquerdopata como a educação. As crianças são pilotos de prova de ONGs que nem sequer são especializadas na área. A reportagem abaixo é um tanto chocante, especialmente porque toca numa das vacas sagradas dos descolados do morro e do asfalto: a tal AfroReggae. Estamos diante de um daqueles casos em que se pode até chutar o traseiro de Jesus Cristo, mas não ouse questionar o “intelectual” e “pensador” José Jr, o chefão da ONG. Ele opinou até sobre os assassinatos no Pará…
Sabem por que a escola em que funcionam o Criança Esperança e o AfroReggae é a pior do Rio? Eu explico: criança precisa aprender português, matemática e ciências. Ela não precisa aprender a bater lata e a dançar. Isso ela faz sozinha, sem a ajuda do professor. Experiências como a que há lá só servem à exibição turística e contentam a tese de alguns descolados. Escola não pode ser campo de concentração, mas também não é clube de recreação. A inversão de valores é tal no Morro do  Cantagalo, como vocês verão, que há alunos por lá que acham tudo uma maravilha; só a escola é que atrapalha um pouco…
Por Raphael Gomide:
O Complexo Rubem Braga, no Morro do Cantagalo, em Ipanema, abriga o Espaço Criança Esperança, da Rede Globo, o AffroReggae, o projeto Dançando para não Dançar e o Ciep Presidente João Goulart, da Secretaria Municipal de Educação. Já visitaram o local, inúmeras vezes, o prefeito Eduardo Paes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidenta Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral. A primeira-dama da França, Carla Bruni já esteve no complexo, que recebe visitas diárias de turistas estrangeiros. O conjunto de favelas Cantagalo/Pavão-Pavãozinho recebeu R$ 71 milhões em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), um elevador panorâmico que virou ponto turístico e uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), instalada em 2009.
Paradoxalmente, apesar da permanente atividade cultural, da estrutura, da projeção e da atenção política, a escola municipal de Ipanema foi a que teve pior desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) entre as 970 avaliadas da rede municipal do Rio, 1,8 nos anos finais do Ensino Fundamental. No ano anterior, a nota havia sido 3,7. Na Prova Rio, feita em 2010, o resultado também foi ruim: 3,6, deixando a João Goulart em 683º, ainda no pior terço das escolas municipais. Nos anos iniciais do Ideb, resultado também decepcionante: é a segunda pior nota, 3,1, entre os colégios do município; no Ide-Rio (Índice de Desenvolvimento de Educação Rio), teve a 960ª posição, com 3,4.
“Os professores não passam muito as coisas. Não me surpreende em nada essa nota. É ruim. Os alunos não prestam atenção, por isso não sabemos nada. Os professores saem da sala quando os alunos estão fazendo bagunça. Só às vezes tem dever de casa. A aula é boa, mas os alunos bagunçam. Depois da refeição, todo mundo joga tangerina, fruta, um no outro, jogam comida debaixo da mesa, pegam a colher e a fazem de catapulta para jogar arroz…”, conta Joice Santos.
A entrada da João Goulart é uma porta de vidro, ladeada por uma bandeira do Brasil em um mastro. Dali, vêem-se uma escada com corrimão e, à direita, andaimes, carrinhos de transporte de material de obra, uma escada desmontável e tapumes – provavelmente restos de uma obra recente. A cinco metros da porta da escola está o projeto Criança Esperança, da Rede Globo; a outros 10 metros, o projeto Dançando para não Dançar; no andar de baixo, o grupo cultural Affroreaggae. Na sexta-feira (29), um grupo de cerca de 30 estrangeiros estava no local, rotina quase diária desde a instalação do elevador.
Caroline Corrêa, 14 anos, estudou na escola João Goulart até a 3ª série, mas saiu porque “não estava aprendendo nada”. Foi para a Escola Municipal Roma, uma das mais bem colocadas no município, com Ideb de 5,4 nos anos finais, o triplo da nota do ex-colégio. “É muita diferença”, disse Caroline.
“É curioso, mas nem tão surpreendente. Há muito preconceito no Brasil, muita desigualdade. O governo não está nem aí para a educação. Se a economia está bem, então está tudo ótimo. Mas educação é chave para um país. Parecem estar fazendo o mesmo que a Austrália: evitam educar os aborígenes para não perderem poder”, disse Ruth Hienna, de origem afro-aborígene.
A secretária de Educação, Cláudia Costin, afirmou ao iG que o mau resultado da João Goulart, divulgado em julho de 2010, também deixou todos no órgão “chocados”, por conta do “ambiente cultural rico” que cerca a escola. A secretaria mudou a direção e a coordenação pedagógica da escola este ano e instituiu uma série de programas de reforço e estendeu o horário de funcionamento para sete horas diárias.


Por Reinaldo Azevedo





http://ondeoventofazacurvalagoinha.blogspot.com/2010/07/o-comandante-geral-da-pmerj-fala-sobre.html

http://ondeoventofazacurvalagoinha.blogspot.com/2011/03/injustice-that-must-be-corrected.html

12 comentários:

Anônimo disse...

eu fui no show de inauguração, viajei no agora ! simone

Anônimo disse...

Mas disseram que o grupo foi criado por ter acontecido a chacina, então tô vendo que se aproveitaram para divulgar; muita gente deve se promovido com a desgraça dos outros.

Anônimo disse...

Cetano Veloso, José Junior e muita gente nunca foram de Vigário, mais tão se dando bem, mas agora Vigário já tá no esquecimento, a moda do momento agora é o complexo, vê se estas peças já não se bandearam para lá, mais nós aqui ficamos na mesma, quero dizer, pobres continuam pobres, o tráfico continua traficando e o meia duzia do grupo viraram artista, mais a comunidade, nada mudou. Não vou dizer meu nome, nem é preciso dizer porque.

Anônimo disse...

RIO - Policiais militares do 16º BPM (Olaria) apreenderam cinco granadas de fabricação caseira, um fuzil AK-47 e seis munições de fuzil 7.62 durante operação na Comunidade de Vigário Geral, na Zona Norte do Rio, na madrugada desta terça-feira. O caso foi registrado na 22ª DP (Penha).

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/06/21/cinco-granadas-um-fuzil-sao-apreendidos-em-vigario-geral-924734682.asp#ixzz1QQkGrsKQ
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Anônimo disse...

Os urubus vive de que?

Anônimo disse...

LI no site do coronel laranjeira uma reportagem do caso e que o José JR. recusou fazer doação de dinheiro para o documentário da chacina e não quis participar das gravações; jurava que o Afro tinha sido criado por causa do crime mas agora vejo que sempre tem gente se dando bem nas costas das outras pessoas, pegaram carona no caso , este grupo que inegavelmente faz um trabalho bom para eles mesmos e para a comunidade, mas usando eles como vitrina, os artistas, os políticos (ô corja) e muitos outros...

Anônimo disse...

Sérgio Cabral, Eduardo Paz, José Junior, CV, tudo farinha do mesmo saco.

Anônimo disse...

Das Brasilien ist ein sehr korruptes Land.

Anônimo disse...

nation embarrassing to its citizens.

Anônimo disse...

This is undoubtedly an institution to raise money for the few at the expense of the misery of their own people.

Anônimo disse...

整合性のない人々。

Anônimo disse...

Assisti uma reportagem acho que foi no Vagner Montes que este José Junior era traficante e apareceu até o Delegado da polícia civil, o Ronaldo Carioca que era encarregado de prender ele. Agora vejo que ele promovia bailes em favelas e sou policial das antigas e sei que estes bailes eram pra venda de drogas, agora tá na globo e colado com as autoridades e se diz porta voz da vagabundagem. CARAMBA!