PATRIMÔNIO MUNDIAL DA HUMANIDADE
POR CARLOS NOBRE
Nossa proposta, era documentar os diversos eventos do Dia Nacional da Consciência Negra que iriam para acontecer no Rio de Janeiro, nas Zonas Sul, Centro e Norte, em 20 de novembro passado.
Por volta das 11 horas, ontem, saímos dos eventos da base do Monumento de Zumbi dos Palmares, na Praça Onze, onde, ali, desde seis horas da manhã, assistimos a lavagem do monumento pelas mães-de-santo, apresentações de grupos artísticos, discursos de autoridades sobre ações afirmativas e outras milongas mais.
Estava bom, mas saímos dali, e pegamos a direção da Zona Sul, e Botafogo, pegamos o historiador Milton Mendonça Teixeira, um renomado expert em história da cidade do Rio de Janeiro.
- Onde a gente vai?- perguntou ele dentro do carro.
- Para o Valongo e Pedra do Sal, professor.
- Então, é comigo- respondeu ele preciso.
Chegamos ao Valongo.
Estranhamos.
Pensamos que íamos encontrar o local meio esvaziado, sem gente...deserto...as atividades negras geralmente não costumam a ser realizadas ali no Dia Nacional da Consciência Negra...essas coisas.
Qual o quê.
Havia gente ali...eram funcionários e negros selecionados pela empresa Porto Novo.
Esta empresa detém os maiores contratos de obras do Projeto Porto Maravilha da prefeitura do Rio de Janeiro, e vem se entrosando com as comunidades da Pequena África, ou seja, praticando a tal da “responsabilidade social”.
Qual era o projeto que a Porto Novo estava envolvida naquele momento?
A transformação do porto escravista do Valongo, na Saúde, como Patrimônio Mundial da Humanidade com a apoio do Comitê Científico do Projeto Rota dos Escravos da Unesco.
Mas era uma coisa muito grande...e porque não havia militantes de entidades negras presentes no ato?
Parece que nenhum grupo afro das redondezas foi chamado para isso.
Mas, ali, nós, vimos, as coisas acontecerem na nossa frente, no porto escravista do Valongo...vimos os funcionários da Porto Novo cobrir as placas sobre o evento com dois panos azuis.
Em seguida, a gente vê um grupo de negros/brancos, entrando dentro no que restou do porto.
Vimos um negão que nos chamou atenção.
Era ALI MOUSSA-IYE, chefe do Projeto Rota dos Escravos da Unesco.
Esse cara já tinha vindo ao Brasil algumas vezes, mas ali, no porto do Valongo, que acolheu cerca de 1 milhão de escravos, segundo o historiador Carlos Eugênio Líbano Soares, em sua trajetória, ele parecia muito feliz...olhava para as pedras que restaram do cais...
De repente, a cerimônia se realizou, a placa foi descoberta e houve palmas e discursos em louvor ao local se transformar em Patrimônio Mundial da Humanidade.
No entanto, espremidos, num canto, percebi a presença de amigos negros, no cerimonial de transformação do Valongo como Patrimônio Mundial da Humanidade.
Eram Damião Braga, líder dos quilombos urbanos da Pedra do Sal; Dulce Vasconcelos, presidente do Comdedine ( Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro), e Marcelo Dias, Superintendente da Supir ( Superintendência Estadual de Promoção da Igualdade Racial).
Fizemos entrevista com eles.
Disseram, então, que não sabiam deste evento onde a Unesco fixou a uma placa colocando o Valongo como candidato potencial de Patrimônio Mundial da Humanidade.
Segundo consta, era o primeiro país do mundo onde a Rota dos Escravos da Unesco fixava uma placa reconhecendo o Valongo como roteiro genuíno da história africana da Diáspora.
Damião confessou que ficou sabendo por fora, e resolveu comparecer ao evento.
Sem mesmo ter sido convidado pela organização do encontro.
O mesmo disseram Dulce Vasconcelos, presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos Negros (Comdedine), e Marcelo Dias, (Superintendente de Políticas Estaduais de Promoção da Igualdade Racial)
Ou seja, eles, embora fora oficialmente do evento, não deixaram de marcar presença numa festa afro, embora a intenção não fosse convidar a militância negra tradicional.
Depois, do almoço, resolvemos acompanhar a reinauguração, no Centro Cultural José Bonifácio, na Rua Pedro Ernesto, ou Rua do Cemitério dos Escravos, como chamavam os antigos, na Saúde, ali, próximo do Valongo.
Naquele local, brilhava um prédio de três andares, estilo neoclássico, belo, com diversas salas para eventos, houve a apresentação de uma congada de Minas Gerais. Logo, ingressamos, outra vez, no campo político, com a inauguração da placa relativa a reforma do belo prédio.
Neste caso, encontramos, ali, o prefeito Eduardo Paes, o secretario municipal de Cultura Sergio Sá Leitão, o secretario estadual de Assistência Social e Direitos Humanos Zaqueu Teixeira, o presidente da Companhia do Porto Maravilha Alberto Silva, a ministra da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial Luiza Bairros, e novamente Dulce Vasconcelos e Damião Braga.
Detalhe: falou todo o mundo, mas o apresentador da festa, por sinal, negro, não chamou Dulce e Damião para falar ao microfone apesar de ser um evento afro...falou todo o mundo, menos eles.
Ah, também, estava no local, a maior autoridade dentre eles, o Chefe do Projeto Rota dos Escravos, Ali Moussa-Ile, que também não foi chamado para falar...
Dulce, então, pediu o microfone, e ali mesmo, sem que tivesse sido convidada, se dirigiu ao prefeito, pedindo que fossem abertas negociações entre o Comdedine e o município, pois, a instituição queria participar das políticas publicas municipais em relação ao negro.
Houve pequenos aplausos e Paes, malando, abraçou Dulce, talvez até querendo sufocar uma certa rebeldia negra que ameaçava se instalar ali.
https://www.facebook.com/carlosnobre.nobre
Para criar inimigos não é necessário declarar guerra, basta dizer o que pensa – Martin Luther King
"O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. O Direito não é uma simples idéia, é força viva. Por isso a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada, por meio da qual se defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça bradir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança."
-- Rudolf Von IheringFrases, poemas e mensagens no
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quinta-feira, 21 de novembro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Arquivo mostra elo entre comércio de escravos e riqueza de ingleses
Pesquisa disponibiliza documentos inéditos com valores e nomes de donos de escravos que foram beneficiados com indenizações públicas após a abolição
Por Maurício Hashizume
Além do retorno financeiro obtido pelo próprio negócio da escravidão transatlântica (que funcionava de modo bastante similar ao de uma bolsa de valores dos dias de hoje), “investidores” privados da venda de pessoas ainda foram recompensados com grandiosas indenizações do governo inglês quando da abolição legal.
Dados tornados públicos a partir desta quarta-feira (27/02) em um arquivo na internetdisponível para consulta revelam que quantias equivalentes a bilhões de libras esterlinas foram transferidas dos cofres públicos para “empreendedores” escravagistas, ou seja, muitas das fortunas de hoje estão diretamente ligadas à abolição da escravidão.
Pelos cálculos dos responsáveis pela pesquisa – centralizada na University College, de Londres –, nada menos que um quinto da riqueza dos britânicos da Era Vitoriana guardava relação com a escravidão. Entre os beneficiados, encontram-se, por exemplo, parentes do atual primeiro-ministro inglês, David Cameron, do Partido Conservador, assim como familiares do escritor George Orwell.
“Ao focalizar os proprietários de escravos, o nosso objetivo não é ‘nomear para envergonhar’ ['naming and shaming', na expressão em inglês]. Buscamos desfazer o esquecimento: a ‘re-relembrar’, como diz Toni Morrison, reconhecer as formas pelas quais os frutos da escravidão fazem parte da nossa história coletiva – incorporado em nosso país, nas casas de nossas cidades, nas instituições filantrópicas, nas coleções de arte , nos bancos comerciais e nas pessoas jurídicas, nas estradas de ferro, e nas formas que continuamos a pensar sobre raça”, explica Catherine Hall, pesquisadora-chefe da iniciativa, em artigo publicado no diário inglês The Guardian. “Proprietários de escravos se envolveram ativamente na reconfiguração decorrida após a escravidão, popularizando novas legitimações para a desigualdade que permanecem até hoje como parte do legado do passado colonial da Grã-Bretanha”, emenda.
O arquivo reúne 46 mil pedidos de “indenização” encaminhados por ex-donos de escravos ao governo britânico. São registros detalhados que, conforme descreve Catherine, “foram mantidos longe de todos aqueles que reivindicavam compensações” e que nunca tinham sido sistematicamente estudados antes. De acordo com ela, os documentos consistem em uma “nova luz” para se entender “como o negócio da escravidão contribuiu de forma significativa para a Grã-Bretanha tornar-se a primeira nação industrial”. O esforço de pesquisa vai de encontro, segundo a historiadora, ao desejo de homens e mulheres que almejavam que suas identidades como proprietários de escravos fossem esquecidas.
A exposição das entranhas políticas, econômicas e culturais da escravidão antiga se dá no mesmo contexto em que se fortalece um movimento nos países do Caribe (com Barbados à frente) que reivindica, junto aos governos das nações colonizadoras, formas de compensação pelos profundos danos causados pela exploração do comércio transatlântico de vidas humanas ao conjunto de ex-colonizados. Para a responsável pela pesquisa, o trabalho, que dá contornos mais palpáveis à dívida da “moderna” Grã-Bretanha com a escravidão “antiga”, tem o objetivo de contribuir “para uma compreensão mais rica e mais honesta das histórias conectadas do império”.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
O PREFEITO DE NOVA IGUAÇU E O GOVERNADOR DO ESTADO PROMETEU A INSTALAÇÃO DE UM BATALHÃO DA PM, MAS FICOU SÓ NA PROMESSA, DE FATO SÃO TRAFICANTES QUE ASSUMIRAM O LOCAL RESERVADO AO QUARTEL.
http://www.revistavipbrasil.com/2013/09/quadrilha-impoe-toque-de-recolher-as.html#.UkdaJm_WX74.facebook
Quadrilha impõe toque de recolher às 21h em bairros perto da antiga Estrada de Madureira
Written By Prentice vip on sábado, 28 de setembro de 2013 | sábado, setembro 28, 2013
Bandidos armados de fuzil e circulando de motocicletas estão intimidando moradores de bairros que ficam às margens da Avenida Abílio Augusto Távora (antiga Estrada de Madureira), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Há alguns meses, conforme a Vip Brasil mostrou, eles proibiam até a entrada de entregadores de pizza, mas, agora, a nova ordem deles é obrigar pedestres a não falar ao celular próximo de pontos de bocas de fumo. O toque
Barricada foi colocada na Rua Virginio Tinoco, no Jardim Nova Era
Barricadas de concreto, trilhos de trem e troncos de árvores foram colocados em ruas dos bairros Jardim Nova Era, Jardim Pernambuco, Grão Pará, Danon, Jardim Paraíso, Parque das Palmeiras e Dom Bosco. Na Nova Era, moradores se sentem acuados com um grupo de traficantes que se intitula ‘Bonde dos Cria’. Segundo eles, a quadrilha é composta por criminosos nascidos e criados na região.
“Se der uma volta pelas ruas do bairro, é possível ver boa parte delas com barricadas de concreto. Os traficantes fecham as vias e, como algumas são escuras, quem não conhece o local pode bater com o carro. Esse grupo ‘toca’ o terror”, disse morador, que pediu anonimato.
Taxistas evitam transportar passageiros para a área. Eles explicam que entrar nessas localidades com o vidro fechado e com o farol alto é muito perigoso, já que os bandidos querem ter o controle de quem entra e sai da comunidade. “Moradores ficam revoltados quando negamos viagem para esses bairros, mas não podemos arriscar”, conta o taxista Leo Aguiar.
O comandante do 20º BPM (Nova Iguaçu), tenente-coronel Almyr Cabral, vai mandar retirar as barricadas. “É preciso um planejamento cuidadoso para não pôr em risco os moradores”, informou o oficial.
terça-feira, 25 de junho de 2013
quinta-feira, 13 de junho de 2013
BAIRRO LAGOINHA NOVA IGUAÇU; SAÚDE E EDUCAÇÃO: A CARGO DA VIZINHA CIDADE DE SEROPÉDICA
"uma nova escola cuja está sendo construída na principal via do bairro seria uma ótima opção de instalação de um posto de saúde"
Este é o único socorro disponível ou acessível aos moradores do bairro Lagoinha
Nova Iguaçu RJ:
Sobrecarga na Educação e na Saúde em Seropédica
Escolas e postos médicos do município recebem moradores de bairros de Nova Iguaçu situados no limite das cidades
RAPHAEL BITTENCOURT
Rio - Cidade vizinha de Nova Iguaçu, Seropédica está sendo ‘invadida’ por iguaçuanos. A constatação é feita pelos secretários municipais de Saúde e de Educação. Eles revelam que milhares de moradores de bairros de Nova Iguaçu que fazem limite com Seropédica buscam atendimento médico e matrícula escolar na cidade.
Um quilômetro separa o Posto de Saúde Silvio José Cristino, na Estrada Rio-São Paulo, bairro Campo Lindo, em Seropédica, do Km 39, que pertence a Nova Iguaçu. É deste e de outros bairros da cidade vizinha que vêm mais de 3 mil dos quase 12 mil pacientes atendidos mensalmente na unidade.
“Os dados oficiais mostram que 30% dos pacientes são de Nova Iguaçu. Mas creio que este número ultrapasse os 50%”, diz o secretário de Saúde de Seropédica, Marcus Baroni.
Segundo ele, muitos pacientes apresentam comprovante de residência de Seropédica, obtidos com amigos e parentes, para poderem realizar consultas com especialistas e exames de média e alta complexidade.
Grávida de oito meses, a operadora de caixa de supermercado Diva Beatriz Alves de Souza, 20 anos, é moradora de Prados Verdes, em Nova Iguaçu, mas vai ao posto da cidade vizinha em busca de atendimento. Segundo ela, a única unidade que havia em seu bairro foi fechada em 2010 pela então prefeita Sheila Gama e reaberta este ano pelo prefeito Nelson Bornier. No entanto, ela garante que não consegue atendimento.
“Abriu, mas não tem médico. Dependemos deste posto. O atendimento é demorado, pois há muitos pacientes para poucos médicos”, lamenta.
Baroni lamenta a situação e pede para que os gestores de Nova Iguaçu tomem providências. “Temos uma unidade para atender a um quantitativo populacional que aumenta, em função de um outro município não estar prestando o serviço adequadamente”, critica o secretário.
Alunos questionam qualidade no ensino em Nova Iguaçu
Na Educação, o problema se repete. Seis escolas municipais de Seropédica recebem 1.639 alunos de Nova Iguaçu. A mais prejudicada é a Panaro Figueira. “Dos 2.100 alunos, mil são iguaçuanos”, revela a secretária de Educação de Seropédica Lúcia Baroni.
Segundo as amigas Tayná Lohane e Daniele Sanches, ambas com 14 anos, o problema não está apenas na falta de vagas nas escolas municipais de Nova Iguaçu, mas também na qualidade do ensino. Elas escolheram estudar em Seropédica. “Não me matriculei lá porque dizem que os professores faltam com frequência. Isso não acontece aqui. A qualidade do ensino é boa”, elogiou Daniele, moradora do Km 37.
Lúcia Baroni diz que 30% do orçamento destinado à Educação é gasto com os alunos de Nova Iguaçu, o que prejudica os investimentos em projetos educacionais.
“A verba poderia ser usada para melhorias na Educação. Mas todos os anos nós precisamos fazer obras de ampliação na Panaro Figueira. A escola já ganhou um terceiro andar e um anexo”, conta a secretária.
Secretários apontam soluções
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu informou que o Posto de Saúde Santa Clara do Guandu, que abrange o bairro Prados Verdes, onde mora Diva Beatriz, conta com três equipes diariamente. Cada uma tem um médico, um enfermeiro, um técnico em enfermagem e cinco agentes comunitários de saúde. O secretário Luiz Antônio Teixeira Junior, o Luzinho, informou que vai apurar as denúncias de falta de médicos no posto.
A Secretaria também informou que ainda este ano vai ampliar os postos de saúde da família nos bairros de Nova Iguaçu e que considera de extrema importância a reestruturação das unidades básicas.
Maria Aparecida Rosestolato, secretária de Educação de Nova Iguaçu, afirmou que as primeiras providências já foram tomadas, com a criação de três escolas nos bairros próximos a Seropédica que já atendem a 2.184 alunos. Ela também revela que a Prefeitura retomou as obras de uma nova escola que está sendo construída em Lagoinha e que, segundo ela, foram interrompidas durante a gestão anterior.
Em Cabuçu, outra obra parada deve ser retomada após o processo licitatório que deve ser concluído em 30 dias. Segundo a secretária, cada uma dessas duas novas escolas deve comportar dez salas e 1.600 estudantes. “Tenho esperança de que no início de 2014 estejamos entregando as escolas às comunidades”, diz Maria Aparecida.
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quinta-feira, junho 13, 2013
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saúde e educação em Nova Iguaçu
segunda-feira, 10 de junho de 2013
o lapa azul documentario
Brasil – 2007 – Colorido
Duração: 60 min.
Direção: Durval Jr.
Equipe de Produção: Mauro Pianta; Adriana Rezende; Juliane Nazareth; Alessandro Ribeiro; Fernando Barreto;
Sinopse: A memória da Força Expedicionária Brasileira – FEB, na Segunda Guerra Mundial, é praticamente desconhecida por nossos jovens e até mesmo pelos mais velhos. Afirmar que há 63 anos, soldados brasileiros combateram na Europa contra o nazi-fascismo, na maior guerra da história da humanidade, gera estranheza às novas gerações.
Observando os livros escolares sobre a História do Brasil é fácil compreender esse desconhecimento. Na grande maioria desses livros a participação da FEB resume-se a uma linha. Em outros casos ela é ignorada, como se jamais houvesse sangue brasileiro derramado nas montanhas geladas da Itália.
Quando pensamos em bibliografia militar especializada, esta prioriza os aspectos táticos, estratégicos e as implicações políticas da guerra, em particular, a ação dos líderes militares e civis, não dando nenhuma atenção ao soldado que deveras foi a peça chave do êxito da FEB.
O documentário O Lapa Azul visa preencher este hiato histórico, dando cores ao conflito sob a ótica daquele que carregou o mais pesado fardo na Segunda Guerra Mundial – e o faz em todas as guerras – o soldado de infantaria.
A obra nos proporciona a reviver a memória dos integrantes do III Batalhão do 11º Regimento de Infantaria, conhecido como o “Lapa Azul”, constituído, em sua maioria, por jovens vindos das classes humildes do interior mineiro.
Os integrantes do “Lapa Azul” romperam diversas barreiras consideradas insuperáveis para um exército sul-americano. Transpuseram obstáculos que iam desde os de ordem estrutural até o ceticismo dos seus compatriotas. Por fim, aprenderam a guerrear. Intimidaram e venceram as experientes forças nazi-fascistas em meio à lama e à neve, nas montanhas dos Apeninos italianos.
Os campos de batalha onde o “Lapa Azul” eternizou o seu nome na História foi todo recriado através de avançadas técnicas de modelagem do terreno com imagens de satélite cedidas pela NASA.
A reprodução desses cenários, juntamente com a exibição de filmes, vídeos e fotografias raras, vindas de bibliotecas e acervos pessoais no Brasil, na Itália e nos EUA, reforçam a base das aventuras, dos dramas e dos conflitos pessoais dos veteranos entrevistados.
O documentário foi inspirado na luta e na coragem dos nossos “pracinhas”, destacando aquele que foi o momento mais importante do Brasil, no cenário internacional, durante o século XX.
Muito mais que um exercício de memória, O “Lapa Azul” dá cores ao verdadeiro espírito do brasileiro: humilde, generoso e pacífico por natureza, mas com uma capacidade incrível de se transformar em guerreiro quando necessário.
Um Documentário de Durval Jr.
WebSite Oficial: www.lapaazul.com
quarta-feira, 29 de maio de 2013
SOBRAL, o homem que não tinha preço - TRAILER OFICIAL
No Brasil, não raro, surge falsos profetas, surge falsos heróis; mas raramente valoram verdadeiros HERÓIS NACIONAIS; em breve: SOBRAL, o homem que não tinha preço - TRAILER OFICIAL
terça-feira, 14 de maio de 2013
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Uma noite em 67 Completo
Filme: Uma Noite em 67 - Reel Brazil Film Festival, Nova Zelândia
Era 21 de outubro de 1967. No Teatro Paramount, centro de São Paulo, acontecia a final do III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record. Diante de uma plateia fervorosa - disposta a aplaudir ou vaiar com igual intensidade -, alguns dos artistas hoje considerados de importância fundamental para a MPB se revezavam no palco para competir entre si. As canções se tornariam emblemáticas, mas até aquele momento permaneciam inéditas. Entre os 12 finalistas, Chico Buarque e o MPB 4 vinham com "Roda Viva"; Caetano Veloso, com "Alegria, Alegria"'; Gilberto Gil e os Mutantes, com "Domingo no Parque"; Edu Lobo, com "Ponteio"; Roberto Carlos, com o samba "Maria, Carnaval e Cinzas"; e Sérgio Ricardo, com "Beto Bom de Bola". A briga tinha tudo para ser boa. E foi. Entrou para a história dos festivais, da música popular e da cultura do País.
"É naquele momento que o Tropicalismo explode, a MPB racha, Caetano e Gil se tornam ídolos instantâneos, e se confrontam as diversas correntes musicais e políticas da época", resume o produtor musical, escritor e compositor Nelson Motta. O Festival de 1967 teve o seu ápice naquela noite. Uma noite que se notabilizou não só pelas revoluções artísticas, mas também por alguns dramas bem peculiares, em um período de grandes tensões e expectativas. Foi naquele dia, por exemplo, que Sérgio Ricardo selou seu destino artístico ao quebrar o violão e atirá-lo à plateia depois de ser duramente vaiado pela canção "Beto Bom de Bola".
O documentário Uma Noite em 67, dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, mostra os elementos que transformaram aquela final de festival no clímax da produção musical dos anos 60 no Brasil. Para tanto, o filme resgata imagens históricas e traz depoimentos inéditos dos principais personagens: Chico, Caetano, Roberto, Gil, Edu e Sérgio Ricardo. Além deles, algumas testemunhas privilegiadas da festa/batalha, como o jornalista Sérgio Cabral (um dos jurados) e o produtor Solano Ribeiro, partilham suas memórias de uma noite inesquecível.
http://www.youtube.com/watch?v=FOsXaaW4Pkk
BRASILEIROS?
MPB: A história que o Brasil não conhece
- SERÁ COINCIDÊNCIA OS ATAQUES AO CANTORES
BRASILEIROS?
- SE ERA ROCK, ENTÃO PORQUE CONVIDA-LOS?
Baseado em um livro polêmico, a partir dos anos 40, a música brasileira começou a impressionar o mundo pelo seu potencial. Os sucessos de Ari Barroso, Carmem Miranda e Tom Jobim deixaram as corporações artísticas espantadas e com medo do Brasil dominar o mundo. A partir daí, foi criada uma corporação secreta com um único objetivo: destruir a música brasileira.
Diretor: André Moraes
Roteiro: André Moraes, Luciano Santanna
Produção: André Moraes
Argumento: André Moraes e Rafael Greyck
AINDA CONTINUAM SEGUINDO A MUSICA; MAS QUAL?
MPB 2013
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Vinte anos depois, chacina ainda marca Vigário Geral
Dos 52 PMs denunciados pelo massacre, sete foram condenados e estão presos
POR LUCIO NATALICIO
Na primeira parte do julgamento, 19 policiais foram absolvidos, cinco foram mortos, um foi impronunciado (saiu do processo pois não havia provas contra ele) e um ficou foragido. Na segunda parte, nenhum foi condenado, nove foram absolvidos, mais um morreu e nove foram impronunciados.
Nenhuma das 21 vítimas assassinadas a sangue frio por policiais militares tinha antecedentes criminais | Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia
Com o decorrer do tempo, o caso saiu dos holofotes da mídia. Procurado pelo DIA, o juiz Carlos Augusto Borges, da Vara de Execuções Penais, não quis dar mais detalhes sobre o caso, alegando segredo de Justiça.
A chacina de 29 de agosto de 1993 foi praticamente anunciada. Pessoas que estavam na Praça Catolé do Rocha, na madrugada anterior, suspeitavam que os PMs promoveriam um banho de sangue para vingar a morte de quatro policiais no interior de uma patrulha do 9º Batalhão (Rocha Miranda).
Só quem não acreditou em represálias pela execução dos quatro PMs foi o tenente-coronel Cesar Pinto, que não colocou policiamento preventivo de madrugada na entrada da favela. Comentou-se à época, que o PM Leandro Marques da Costa, o Bebezão, que está foragido, teria anunciado para ele que a invasão ocorreria.
segunda-feira, 15 de abril de 2013
A CIA NO BRASIL (Central Intelligence Agency) USA
Imperialismo e Terror de Estado
Série de fatores anunciam o risco de intensificação do terror de Estado no Brasil e no mundo
Matéria publicada pelo Jornal do Brasil do dia 7 de outubro divulgou a participação de um agente norte-americano da CIA – o engenheiro químico Robert Hayes – nas ações de espionagem e repressão contra militantes de esquerda durante o regime militar instaurado no Brasil de 1964 a 1985.
A notícia não chega a ser uma surpresa. De fato, todos já sabiam que o serviço secreto dos EUA atuou diretamente na instalação e sustentação das ditaduras militares vigentes na América Latina durante as décadas de 60, 70 e 80. E, como afirma também na própria matéria a cientista política norte-americana e especialista nas relações entre a CIA e os governos latino-americanos, Marta Huggins, outros agentes do serviço de espionagem vieram ao Brasil com a mesma finalidade que Robert Hayes.
Entretanto, apesar de não ser uma surpresa, a notícia nesse momento em especial tem um importante significado. Serve para trazer à tona uma série de reflexões sobre alguns fatores aparentemente isolados do período atual, mas que, na realidade, estão relacionados entre si.
Torturadores ainda no comando
O primeiro desse fatores é a manutenção, nos aparelhos de repressão do país, da mesma mentalidade autoritária, dos mesmos métodos brutais e mesmo de muitos oficiais que fizeram parte do terror de Estado durante o regime militar. O Grupo Tortura Nunca Mais vem denunciando esses casos de torturadores que ocupam cargos de direção dos órgãos de segurança pública.
Um desses casos é o do o atual Secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, coronel Josias Quintal, ex-analista de informações do DOI-CODI/RJ. Outro exemplo é o do tenente-coronel da PM, Paulo César Amêndola, também torturador durante a ditadura militar, e que foi nomeado para o comando da unidade anti-terrorismo. Nos dois casos, apesar das denúncias, os militares permanecem em seus postos.
A mentalidade do Exército também parece não ter se alterado muito. Os recentes documentos secretos descobertos em Marabá, sul do Pará, demonstram isso, ao apontarem que o Exército ainda hoje monitora os membros da população local envolvidos de alguma forma na operação que aniquilou a Guerrilha do Araguaia nos anos 70, e que os militares consideram, atualmente, o Movimento dos Sem Terra um inimigo interno a ser vigiado e combatido.
Escritório da CIA no Brasil
Um outro fator a ser apontado é a notícia da instalação de um escritório oficial da CIA no país. É a globalização da política de segurança norte-americana, que quer se fortalecer como a “Polícia do mundo”. E os atentados a Nova York e Washington em 11 de setembro acabaram se transformando em um grande pretexto para o avanço dessa política imperialista norte-americana.
E note-se que isso tudo acontece justamente no período em que começavam a se levantar com força as mobilizações contra a globalização proposta pelo capital. Em resposta a Gênova, Seatle, Porto Alegre e tantos outros momentos, o imperialismo norte-americano acena com a ameaça de intensificação do terror de Estado em todas as partes do mundo.
É sobre esses temas que nos fala, na entrevista a seguir, a presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, Elizabeth Silveira e Silva.
Entrevista com Elizabeth Silveira, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais
"Os EUA usam essa desculpa de combate ao terrorismo para fazer o terrorismo de Estado"
RNB — Como você vê essa dita "descoberta" – na verdade todos já sabiam – de que a CIA operava no Brasil na época da ditadura, dando suporte técnico e participando diretamente da repressão? Como era esse trabalho da CIA?
Elizabeth Silveira: Era um trabalho todo clandestino, que não aparecia. Mas a gente tinha conhecimento através de depoimentos de presos, que foram torturados e denunciaram a presença de estrangeiros na tortura. E tudo indicava que eram agentes da CIA. E a abertura de todos esses arquivos – como o da Operação Condor – comprova a atuação desses agentes em toda a América Latina. Então, a presença da CIA no país, através desse escritório que querem abrir agora em São Paulo, não é nenhuma novidade.
RNB — E em que momento da ditadura a CIA vem para o Brasil?
Elizabeth Silveira: Pelo que sabemos, ela vem antes da instalação da ditadura. Vem justamente para preparar e fomentar essa ditadura. Eles articularam os golpes e mantiveram essas ditaduras na América Latina, fazendo um terrorismo de Estado absurdo, na medida em que acabaram as liberdades, caçaram-se os direitos políticos, foi instaurada a censura e ocorreram as prisões arbitrárias e clandestinas, as torturas e os assassinatos de militantes da esquerda.
RNB — E a CIA operava tanto na área da inteligência quanto da repressão direta e da tortura?
Elizabeth Silveira: Justamente. Pelos depoimentos que a gente tem e por alguns arquivos que foram abertos, nós temos o conhecimento de que eles estavam aqui fazendo treinamento de torturador. Eles tinham uma participação ativa nessa tortura, na medida em que trabalhavam na formação desses torturadores. E patrocinaram uma ditadura violentíssima. Fala-se de uma suposta "suavidade" da ditadura instaurada no país, em comparação com aquelas ocorridas nos demais países da América Latina, por causa do menor número de mortes ocorridas aqui. Acontece que, em primeiro lugar, não se pode querer relativizar a violência de uma ditadura. Ela é sempre violenta, na medida em que censura, acaba com a liberdade, prende arbitrariamente, tortura e mata. Depois, deve ser lembrado que há no país um número gigantesco de desaparecidos, que não entram na conta dos mortos oficiais. Isso é um grande drama deixado pela ditadura. Imagine o que é para uma família ter alguém desaparecido, sem saber até hoje o paradeiro daquela pessoa.
RNB — E quais os reflexos da ditadura que sofremos ainda hoje em nossa sociedade?
Elizabeth Silveira: Isso a gente viu bem recentemente, quando abriram aqueles arquivos que tinham documentos do exército lá de Marabá. Foi descoberto que ainda hoje o Exército monitora aquela região. E as pessoas ainda têm muito medo de falar sobre a Guerrilha do Araguaia. Elas não se dispõe ainda a dar depoimentos, porque ainda se sentem inteiramente ameaçadas. E o exército faz esse monitoramento, dizendo que presta serviço à população carente. É a desculpa que ele dá para manter o controle da região e das pessoas, principalmente aquelas que serviram de guia para as tropas, ou colaboraram de alguma forma com a repressão.
RNB — Pode-se dizer que a mentalidade dos órgãos de informação e repressão no país tenha mudado muito dos tempos da ditadura para hoje?
Elizabeth Silveira: Não mudou. Primeiro porque a Abin, que antes era o SNI, mudou apenas de nome, mas manteve nos seus quadros as mesmas pessoas que atuaram na repressão durante a época da ditadura. Não houve mudança qualitativa nesse sentido. Há inclusive a denúncia de que há torturadores entre esses quadros, e o governo nunca liberou a lista da Abin para a gente poder averiguar essas denúncias. Então, essa estrutura continua atuando da mesma forma com que atuava na época da ditadura. E isso a gente pode ver nos documentos que foram liberados pelo exército e apreendidos pela Advocacia Geral da União. Está lá escrito quem, para eles, são as atuais forças adversas, que perigo elas oferecem... e que por isso seria válido desrespeitar os direitos humanos. Nas delegacias, continua se torturando da mesma forma que se torturava anteriormente. Agora mesmo, saiu no Jornal do Brasil a reportagem com a presença ainda do inspetor de polícia José Maria de Paula na delegacia de furtos e roubos de Belo Horizonte. Ele é um torturador, cujo nome é denunciado no projeto "Brasil Nunca Mais". E ele nunca saiu de lá. Ele está lá o tempo inteiro e continua fazendo as mesmas atrocidades que fazia no passado, apesar de todas as denúncias. Então, se você mantém as mesmas pessoas nos órgãos de repressão... Essas pessoas, minimamente, teriam que estar fora do serviço público. É inadmissível que a gente contribua financeiramente para pagar o salário dessas pessoas. Aqui no Rio de Janeiro, nós temos um secretário de segurança, o coronel Josias Quintal, que confessou aos meios de comunicação que fazia parte dos órgãos de repressão como analista de informação do DOI-CODI. E ele está aí, mantido no cargo, apesar de todas as denúncias já feitas. Agora, nessa unidade anti-terrorismo que foi criada com o pretexto dos atentados nos Estados Unidos, foi nomeado como comandante o tenente coronel Paulo César Amêndola, que também é denunciado como torturador no projeto Brasil Nunca Mais.
RNB — Como a nova conjuntura internacional agrava esse quadro, já que a mentalidade dos órgãos de inteligência e repressão não mudaram desde a época da ditadura?
Elizabeth Silveira: Isso tudo está dentro desse contexto. Primeiro, com essa política belicista e imperialista dos Estados Unidos. Essa vontade imensa que eles têm de se intrometer e de dominar. Então, eles usam essa desculpa de combate ao terrorismo para fazer o terrorismo de Estado. Eles são quem melhor tem esse tipo de atuação. Eles se acham no direito de se intrometer nas questões internas dos países, determinando que políticas de segurança eles vão adotar. Isso, na verdade, é uma política de segurança globalizada. E o que nós tememos é que eles passem a utilizar essa política de segurança para combater os movimentos sociais organizados, como sempre fizeram. Por que, no fundo, quem eles de fato identificam como inimigos? São aqueles que estão se organizando para criar uma nova ordem político-social, mais justa e anti-imperialista. E esse movimento anti-globalização vem crescendo muito no último período, já que a globalização imposta pelo capital não atendeu às necessidades da população mundial. E os Estados Unidos querem poder controlar esse movimento que surge. E a nova política globalizada de segurança que eles querem impor com o pretexto de responder aos terrorismo vem muito nesse sentido. A militarização aqui na América Latina, simbolizada principalmente pelo Plano Colômbia, tende a ser agravada.
RNB — Nesse contexto, qual o papel de grupos como o Tortura Nunca Mais, tanto no que diz respeito ao resgate histórico dos crimes cometidos, quanto no que tange o alerta para os riscos que se colocam com a nova conjuntura?
Elizabeth Silveira: A gente, quando continua denunciando os crimes do passado, é na visão de que, como esses crimes não foram esclarecidos, e como as estruturas do autoritarismo permanecem, as práticas de atrocidade se perpetuam. Então, o papel de um grupo como o Tortura Nunca Mais é denunciar as violações dos direitos humanos hoje, mas não esquecer que elas são frutos de toda uma política da impunidade que vem desde a época da ditadura. Nenhum torturador foi julgado pelos seus crimes. Foram todos anistiados, sem que se saiba nem quem são, nem que crimes eles cometeram. E estão aí até hoje, nas delegacias, nos órgãos de segurança, ocupando cargos de direção. Então, temos que continuar denunciando. E agora, mais do que nunca, dentro dessa nova ordem internacional que tenta legitimar as arbitrariedades e as violações de direitos humanos em nome de um suposto combate ao terror, e em que os Estados Unidos tentam reestruturar seu domínio mundial combatendo os movimentos que se organizam e começam a crescer no combate à ordem vigente, temos que estar atentos.
Apelo urgente
Acompanhando a perversa e perigosa conjuntura que vem sendo produzida a nível internacional, o atual Secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, coronel Josias Quintal, ex-analista de informações do DOI-CODI/RJ, apressou-se em criar uma unidade anti-terrorismo em nosso Estado. Importante esclarecer que sob sua gestão, a segurança pública vem sendo gradativamente militarizada. Esta unidade anti-terrorismo ficará sob o comando do também ex-membro do aparato de repressão da ditadura militar, o tenente-coronel da PM, Paulo César Amêndola, cujo nome consta no Projeto Brasil Nunca Mais, coordenado pela Arquidiocese de São Paulo. Este senhor foi o coordenador da Guarda Municipal da cidade do Rio de Janeiro, militarizando-a e colocando-a para desempenhar funções que fugiam aos seus preceitos legais. Ou seja, sob seu comando a Guarda Municipal foi colocada para reprimir trabalhadores e movimentos sociais em nossa cidade.
A unidade anti-terrorismo, que funcionará na Secretaria de Segurança Pública, agregada à Coordenação Geral de Controle de Contingências, foi criada com a intenção de identificar grupos, conhecer sua composição, sua ideologia, modo de agir e sua área de atuação.
Recentemente, com a descoberta de documentos sigilosos do Serviço de Informações do Exército, tivemos a oportunidade de descobrir a quem os serviços de informações no Brasil consideram como “forças adversas”: os movimentos populares e as organizações sociais, em especial o MST.
Certamente, essa unidade anti-terrorismo, chefiada por dois membros do aparato de repressão da ditadura militar de 1964, comunga dessas mesmas idéias.
O Grupo Tortura Nunca Mais/RJ repudia a unidade anti-terrorismo criada, com toda a certeza, para reprimir os movimentos sociais organizados, como a presença desses elementos do aparato repressivo ocupando cargos públicos, pagos com o dinheiro do contribuinte.
Entendemos que tais pessoas deveriam, no mínimo, ser afastados de suas funções públicas e não continuar atuando como se estivessem em pleno terrorismo de Estado.
Grupo Tortura Nunca Mais
Fonte: ADIA – Portal Popular
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