"O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. O Direito não é uma simples idéia, é força viva. Por isso a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada, por meio da qual se defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça bradir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança."

-- Rudolf Von Ihering

Frases, poemas e mensagens no
http://pensador.uol.com.br


IDIOMA DESEJADO.

English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

terça-feira, 14 de junho de 2011

MANIFESTAÇÃO BMERJ 2011 - RESENHA EDITADA..wmv

domingo, 12 de junho de 2011

Passeata de bombeiros em Copacabana supera expectativa e reúne milhares de manifestantes, diz PM.




Bombeiros durante o protesto em Copacabana. Foto: Marcelo Piu / O Globo
Ana Cláudia Costa e Vinicius Lisboa
Tamanho do textoA A A
Bombeiros fazem protesto na Praia de Copacabana
RIO - A passeata convocada por bombeiros neste domingo, na orla de Copacabana, superou as expectativas e reuniu milhares de pessoas na orla da Zona Sul. Segundo a comandante do 19º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Louvaim, 27 mil pessoas participaram do evento, que terminou por volta de 14h30, depois de três horas de duração. Mais cedo, a comandante tinha estimado em 15 mil o número de manifestantes.
Policiais militares e professores da rede pública também engrossaram o protesto, que ultrapassou a expectativa inicial dos líderes de 8 mil manifestantes.
Os organizadores tentam exigir a anistia penal dos grevistas presos por invadir o quartel central da corporação na semana passada. Eles já foram soltos da prisão, mas respondem a processos criminais e administrativos.
Depois do apelo que bombeiros fizeram no carro de som durante a passeata na Avenida Atlântica na manhã deste domingo, moradores colocaram panos vermelhos nas janelas em sinal de apoio ao movimento da corporação. Vários carros também passam com fitas vermelhas na antena.
As duas pistas da Avenida Atlântica tiveram de ser fechadas para trânsito de veículos, às 12h deste domingo, entre o Copacabana Palace e o posto 6, para a passeata dos bombeiros. Os manifestantes ocuparam as duas pistas, o que impossibilitou a passagem de veículos. Pela pista sentido Copacabana (em frente aos prédios), só passam carros de moradores.
Negociação com governoBombeiros seguram bandeira do Brasil durante passeata /Gustavo Pellizzon Agência O GloboLíderes dos bombeiros disseram acreditar na habilidade do governo e que o momento agora vai ser de conciliação e negociação por melhores salários. Para ele, agora a população pretende dar crédito ao governo depois da promessa de negociar.
Na concentração da passeata, bombeiros e familiares dos militares que foram presos por invadir o quartel central da corporação soltaram mais de 400 balões vermelhos com cruzes brancas em frente ao Copacabana Palace, antes do início da passeata por melhores salários. A marcha também é uma forma de agradecimento à população pelo apoio ao movimento dos grevistas, segundo os líderes do movimento.
Policiais militares se juntam aos bombeiros
Até policiais militares do 13º BPM (Praça Tiradentes) vieram à passeata dos bombeiros na Praia de Copacabana. Estavam vestidos com uma camisa azul em que havia escrito "PM no local". Por outro lado, bombeiros e simpatizantes vestem vermelho.
A cantora Alcione, madrinha do Corpo dos Bombeiros, se juntou aos manifestantes, vestida com uma camisa da corporação. Ela disse que a invasão do quartel na semana passada foi um momento onde todos estavam com a cabeça quente.E acrescentou que apoia a causa dos bombeiros por melhores salários e que está lutando pela anistia penal dos 439 detidos por participar da invasão.
Alcione disse ainda que o governador Sergio Cabral é um homem sensível e vai rever a situação dos militares, dando um aumento salarial justo.
A passeata vai sair do Copacabana Palace e deve ser encerrar no posto 6, onde funciona o 1º Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros. Os bombeiros estão distribuindo camisetas aos simpatizantes e algumas delas foram doadas por policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

quinta-feira, 9 de junho de 2011

PM ENTRA NA BRIGA .

PM entra na briga

Movimento dos bombeiros ganha a adesão dos policiais militares e entidades criam Frente Unificada, para exigir piso de R$ 2.900



RIO - A onda vermelha desencadeada pelos bombeiros após a invasão do Quartel Central, na sexta-feira passada, ganhou um novo tom: o azul da Polícia Militar, que aderiu ao movimento na quarta-feira. Representantes de entidades de classe da segurança pública do Rio se reuniram com o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, e apresentaram, além da unificação da pauta de reivindicações das duas corporações, a proposta de elevar o piso salarial para R$ 2.900 . A quantia é R$ 900 acima do reivindicado anteriormente pelos bombeiros. Antes mesmo de a adesão dos PMs ser oficializada, mais de cem policiais participaram de uma carreata com bombeiros em Cabo Frio.
À noite, a juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, da Auditoria da Justiça Militar, negou o relaxamento da prisão de 431 bombeiros que estão presos . O pedido tinha sido feito pela Defensoria Pública. Na decisão, a juíza escreveu que a liberdade dos militares poderia pôr em risco a ordem pública e provocar transtornos aos cidadãos, por causa das manifestações, além de aumentar a certeza da impunidade. Há 439 bombeiros presos, mas apenas 431 são atendidos pela Defensoria Pública.
Após a reunião com o comandante, representantes da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, da Associação dos Oficiais Bombeiros, do Clube de Cabos e Soldados da PM e da Associação de Cabos e Soldados Bombeiros anunciaram a criação da Frente Unificada das Entidades de Classe da Segurança Pública. O Sindicato dos Policiais Civis do Estado apoiará o grupo.
Somos militares como os PMs. Os soldos são os mesmos. Não pode haver diferença. Estamos unidos com um mesmo propósito
O encontro, no Quartel Central, durou cerca de duas horas. Nilo Guerreiro, presidente da Associação de Cabos e Soldados Bombeiros, explicou que a comissão chegou ao mínimo de R$ 2.900 com base na média nacional de pisos da PM e do Corpo de Bombeiros. Hoje, o piso dos bombeiros é R$ 1.198; o dos PMs está em torno de R$ 1.100.
- Somos militares como os PMs. Os soldos são os mesmos. Não pode haver diferença. Estamos unidos com um mesmo propósito - disse Guerreiro.
O coronel Sérgio Simões disse esperar uma proposta oficial e que haja consenso entre os representantes dos manifestantes, já que existem discrepâncias, segundo ele, entre as reivindicações apresentadas por três bombeiros numa reunião anteontem e as feitas ontem.
Entidades sindicais apoiam militares
A escadaria da Alerj, onde manifestantes estão acampados desde domingo, serviu de palco na quarta-feira para o movimento sindical . Apesar de os bombeiros não terem direito a se organizar em sindicatos, representantes da CUT, do Sindicato dos Bancários e da Força Sindical discursaram para os manifestantes. A Força Sindical doou cem colchonetes para eles continuarem acampados. Um ônibus alugado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Asseio, Conservação e Limpeza Urbana levou cerca de 50 estudantes de escolas estaduais de Niterói ao local, que recebeu a visita de outros alunos de colégios públicos e privados. Houve também uma passeata pelas ruas da cidade a favor dos bombeiros, com cerca de 500 pessoas .
Manifestantes com a cabeça raspada e o número 439 escrito na nuca, numa referência ao total de amotinados presos, protestam atrás de grades em frente à Assembleia Legislativa (Foto: Carlos Ivan / Agência O Globo)
Militares e alguns civis rasparam o cabelo em plena calçada, escrevendo o número 439 na nuca, numa referência ao total de bombeiros detidos após a invasão do Quartel Central. Um grupo de bombeiros pendurou numa grade um cartaz que pedia "anistia aos 439".
Enquanto os protestos aconteciam fora da Alerj, dentro da Assembleia um grupo de cerca de 50 parentes de bombeiros presos se reunia com defensores públicos, para saber da situação jurídica dos detidos. À tarde, os defensores visitaram o quartel de Charitas, onde estão os presos.
Representante do movimento, o paramédico Paulo Nascimento disse na quarta-feira que a prioridade agora é anistia dos 439 bombeiros.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, recebeu na quarta um apelo de deputados federais de diferentes estados para intermediar um contato com o governo do estado, para minimizar a crise. Os parlamentares teriam discutido a possibilidade de o movimento se espalhar pelo país. Mais tarde, o Ministério da Justiça informou que Cardozo não prometeu fazer qualquer intermediação.
Os manifestantes levaram o protesto para além das escadarias da Alerj. Uma faixa de SOS foi pendurada por bombeiros no morro em que fica a Igreja Nossa Senhora da Penna.





Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/06/08/movimento-dos-bombeiros-ganha-adesao-dos-policiais-militares-entidades-criam-frente-unificada-para-exigir-piso-de-2-900-924645974.asp#ixzz1OkQu4X8b 
© 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. 


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/06/08/movimento-dos-bombeiros-ganha-adesao-dos-policiais-militares-entidades-criam-frente-unificada-para-exigir-piso-de-2-900-924645974.asp#ixzz1OkQeV2jz 
© 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

FALANDO A VERDADE COM SEGADAS VIANNA.

Nossa ‘bombeirada’ está a ‘mil graus’. E não podíamos deixar de emitir nossa opinião pessoal sobre isso.
Primeira coisa: por que cidadãos decentes, trabalhadores, militares, resolvem romper os limites da lei e partirem para protestos e greves? A resposta é fácil: puro desespero. Tente, vove leitor, viver por um mes, sustentando sua família, com um salártio base de cerca de R$900,00. Tente viver, fazendo de suas folgas um dia de trabalho, os ‘bicos’, para ajudar a sutentar sua família e por isso fica sempre longe dela.
Segunda coisa: por que logo no início das manifestações o ex Comandante Geral dos Bombeiros Cel. Pedro Marcos não os recebeu e tentou um diálogo? O mesmo pode se dizer do Secretário de Saúde e Defesa Civil, Sergio Cortes, que também ‘ se fez de surdo’ , ignorando a situação, chegando a cúmulo de viajar ao exterior em um momento destes e empurrando o ‘abacaxi’ para o Governador.
Terceira questão: Houve erro da parte dos Bombeiros? Apenas um, na minha opinião, a invasão do Quartel Central e a depredação de algumas viaturas, além de possivelmente haver um Bombeiro portando arma de fogo naquela situação. Com esse ato eles configuraram um crime militar o que exigia uma ação por parte do governo.
Quarta questão: Houve erro por parte da PM? Sim. Apesar da PM estar ali cumprindo ordens do Governador, naquele momento era a PM que comandava as ações do governo e poderia ter levado, como é feito nos casos de sequestros ou roubos com reféns, a negociação até o esgotamento dos Bombeiros e conseguir durante esta negociação coisas como a retirada das mulheres e crianças até que se chegasse ao esvaziamento do Quartel Central. Outra pergunta: por que usar o BOPE para entrar no QC? Bastava lotar o QC com tropas regulares, armadas apenas com cassetetes, tasers, armas com balas de borracha e spray de pimenta, além de bombas de gás, para o caso da situação desandar em conflito. Jamais uma situação destas poderia ter seu início com a deflagração de bombas de efeito moral durante a madrugada(!!!). Muito menos tiros de fuzil. Como o Comando deixou algum Policial Militar entrar portando fuzil dentro de uma área de conflito? Não morreu ninguém exclusivamente pela graça de Deus.
E o Governo do Estado? Demonstrou uma imensa inabilidade política, surpreendentemente até, pois o Governador é um político hábil e de boa formação política, inclusive pautada nos mais sólidos princípios democráticos. Na verdade, o Governador precisava ser aconselhado pelo então Comandante Geral dos Bombeiros, que só Deus sabe onde estava escondido…, e do Secretário da pasta a qual os Bombeiros estão subordinados ( erradamente na minha opinião, pois se é uma corporação militar ela deveria estar subordinada à área da segurança pública e não à da saúde) que estava ausente do país. O Governador se destemperou, chamou os Bombeiros de ‘vândalos’, coisa que não deveria ter feito, ainda que tivessem ocorridos casos isolados de vandalismo, pois não se deve generalizar uma ofensa a toda uma categoria ( ou será que a parte da população menos informada tem razão quando generaliza e chama os políticos de ‘ladrão’?). Uma pena, pois havendo discordâncias e críticas aqui e ali de minha parte sempre apoiei publicamente o governo em sua atual gestão e agora não posso de forma alguma, por uma questão de consciência, falar contra os Bombeiros.
Há solução? Há sim, desde que o governo dê um passo no sentido de ver que apesar de terem sido cometidos crimes militares, o que houve e há é uma questão agora não mais salarial e sim política.
 É preciso que o Governo dê o primeiro passo para resgatar essa situação do caos atual e deixar de lado o orgulho, a ‘autoridade constituída’ e partir para demonstrar à população que é um governo democrático.É preciso que os presos sejam libertados imediatamente, que seja lhes aplicada uma punição branda, de prisão administrativa por 30 dias no máximo e que se encerre esta questão aí. É preciso que o governo abra uma linha de negociação enviando representantes que realmente saibam e entendam do assunto de negociação política, como o Deputado Paulo Melo, presidente da ALERJ, acompanhado dos deputados Wagner Montes, Flávio Bolsonaro , Paulo Ramos e outros ligados à área. O Governador Sergio Cabral precisa e deveria ter a coragem de fazer isso. Sairia bem melhor do que está a sua imagem e a do governo junto à população e à mídia em geral. 
E para terminar: por que parte da mídia critica a presença dos filhos e mulheres dos Bombeiros nas manifestações? Será que os filhos e esposas destes jornalistas e apresentadores que criticam já passaram fome? Já tiveram dificuldades para comprar remédios? Tiveram que ficar em suas folgas e férias longe das famílias para poderem complementar o salário? Algum jornalista destes ganha cerca de 900 reais para prover seu sustento? Não embarquem, coleguinhas, na crítica fácil. Ela caracteriza a arrogância de quem quer falar em nome dos menos assistidos sem nunca ter vivenciado nada semelhante.
Torço de verdade para que o Governador, que é o chefe maior de todas as instituições e corporações do estado, resolva rever sua posição e reencaminhar esta questão de forma que de um final rápido, razoável e , dentro do possível, feliz para todos. As mágoas da situação, caso isso ocorra, passam, como tudo passa na vida.
Ou então, em outro momento poderemos ver a mesma PM que hoje reprime os Bombeiros atuando da mesma forma para conseguir sua dignificação profissional.
Como diz o falecido Ibrahim Sued: Cuidado, que cavalo não desce escada….

Segadas Vianna

OAB constata irregularidades no tratamento a bombeiros no Rio.



Agentes do Batalhão de Choque da Polícia Militar também participaram da operação para acabar com a manifestação. Foto: Luiz Gomes/Futura Press
Agentes do Batalhão de Choque da Polícia Militar também participaram da operação para acabar com a manifestaçãoFoto: Luiz Gomes/Futura Press

CHRISTINA NASCIMENTO
Integrantes da comissão de direitos humanos da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ) constataram pelo menos uma irregularidade no tratamento dado aos 439 bombeiros presos na Corregedoria da Polícia Militar em São Gonçalo. Segundo os advogados que acompanham a prisão dos grevistas, o almoço só chegou por volta das 17h10 deste sábado. Os presos até então eram alimentados com ração fria: fruta, biscoito e pão. Apenas alguns familiares conseguiram entregar alimentos.
De acordo com um dos advogados da comissão, Aderson Bussinger, a OAB irá permanecer no local até conseguir entrar. Também exigem saber para onde serão levados os manifestantes e por quais crimes irão responder. "Estamos acompanhando a questão de perto e não vamos sair enquanto não tivermos acesso ao grupo preso. O comandante Mário Sérgio disse que nos daria acesso, mas ainda não conseguimos", disse Bussinger. Os manifestantes foram levados para São Gonçalo após o fim da invasão ao Comando-Geral dos Bombeiros, na Praça da República.
No local, também está preso um terceiro sargento do Exército, lotado no Batalhão de Santa Cruz. A corregedoria do Exército se desloca para o para o local para pedir que o militar seja levado para Santa Cruz. Dentre os presos, nove são oficiais - entre eles uma mulher, que é Segundo Tenente Enfermeira.
A cúpula da segurança pública do Rio cogitou a hipótese de levar as lideranças do movimento para uma unidade prisional dos bombeiros na Quinta da Boa Vista, na Zona Norte. O restante seria levado para uma unidade-escola da corporação em Jurujuba, em Niterói.
Líder dos bombeiros cita direitos humanos
Em entrevista ao Terra por telefone, um dos líderes do movimento de protesto do Corpo de Bombeiros, o cabo Benevenuto Daciolo, reclamou das condições das instalações onde os oficiais estavam. "Sem água, salas frias, sem ventilação, ninguém recebeu alimento, cadê os direitos humanos", disse ele, com a voz rouca.
Daciolo disse ainda que muitos ficaram deitados no "chão frio" e que não houve diálogo por parte do governo. No início da tarde desde sábado, Cabral fez um pronunciamento sobre a invasão dos manifestantes ao quartel central dos bombeiros. Ele afirmou que a invasão foi um ato abominável e intolerável. "Não há negociação com vândalos, não negocio com vândalos", disse o governador. Para Daciolo, Cabral, "é omisso, tem muitos adjetivos, mas não poderia ser governador". Segundo o bombeiro, a corporação vive "um problema ditatorial em pleno século XXI".
A respeito da troca no comando no Corpo de Bombeiros anunciada por Cabral - o comandante da Defesa Civil da capital, coronel Sérgio Simões, para o cargo do coronel Pedro Machado -, Daciolo afirmou que nãos sabia da troca. No entanto, disse que "qualquer outro é melhor do que o coronel Pedro".
Manifestação e invasão de quartel
Parte dos cerca de dois mil manifestantes que invadiram o quartel dos Bombeiros na sexta-feira fizeram um escudo humano com as mulheres que participaram do protesto para impedir a entrada da cavalaria da PM no local. Um carro que estava estacionado no pátio do quartel foi manobrado para bloquear a entrada.
Na noite de sexta-feira, o comandante do Batalhão de Choque, coronel Waldir Soares Filho, foi foi ferido na perna. "Agora a briga é com a PM", avisou o comandante-geral, Mário Sérgio Duarte, ao saber da agressão. Ele foi ao pátio da corporação com colete a prova de balas e bloqueou com carro a saída do QG. Por volta das 22h, alertou que todos seriam presos se não deixassem o quartel. Mário Sérgio prendeu o ex-corregedor da PM coronel Paulo Ricardo Paul, que apoiava o protesto. O secretário de Saúde e Defesa Civil do estado, Sérgio Côrtes, decidiu antecipar a volta dos EUA ao Rio.
Os bombeiros espalharam faixas, a maioria pedindo "socorro" para a categoria. Relações públicas da corporação, o coronel Evandro Bezerra afirmou que caberia à Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil decidir o que seria feito. A manifestação teve início por volta das 14h, na escadaria da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Mais de 4 mil pessoas participaram do protesto, que seguiu pela área central de vias como a rua Primeiro de Março e a avenida Presidente Vargas. Os manifestantes soltaram fogos de artifício e foram acompanhados por policiais militares, mas o protesto seguiu de forma pacífica. De acordo com estimativas dos líderes da manifestação, mais de 5 mil pessoas participaram da passeata.
Os protestos de guarda-vidas começaram no mês passado, com greve que durou 17 dias e levou cinco militares à prisão. A paralisação acabou sendo revogada pela Justiça. Eles voltaram às ruas com apitaço e fogos de artifício. À tarde, pelo menos três mil protestaram na escadaria da Assembleia Legislativa (Alerj). Um dos líderes do movimento, cabo Benevenuto Daciolo, explicou que eles voltaram às ruas porque até agora não teriam recebido contraproposta do estado sobre a reivindicação de aumento do piso mínimo para R$ 2 mil. Segundo ele, os guarda-vidas recebem cerca de R$ 950.