"O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. O Direito não é uma simples idéia, é força viva. Por isso a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada, por meio da qual se defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça bradir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança."

-- Rudolf Von Ihering

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

COR PADRÃO: Do livro Escravos Sociais e os Capitães do Mato - CHACINA DE VIGÁRIO GERAL

DISCRIMINAÇÃO RACIAL ...


(...)



“De que valem leis, onde falta nos homens o sentimento da justiça?” (Rio de Janeiro, DF – 
Obras Completas de Rui Barbosa. – V. 16, t. 5, 1889. p. 225 – Observações: Trecho do artigo “Faculdades do Recife”. Não há original no Arquivo da FCRB). (RUI BARBOSA)




Na PMERJ dos anos 80, a discriminação era tão latente como já dito; e curiosamente pela percepção do PM cujo incursionavam nas favelas; bom ser dito, saltava aos olhos o grande número de pessoas de cor negras e nordestinas, era a realidade em que se vivia; o policial militar em serviço de patrulhamento diverso passou absurdamente a referir-se aos suspeitos de delitos cometidos cujos eram negros como de “cor padrão”, mais ou menos a comunicação era assim:



RP – “-MARÉ ZERO, 560 chamando”,
CENTRO DE COMUNICAÇÃO – “-prossiga 560”,
RP – “positivo maré, o meliante segundo a solicitante
é de “cor padrão”...”.



Esta forma indigna de se referir as pessoas de cor negra era tanto usada pelos que operavam o rádio da viatura policial, quantos pelos operadores do centro de comunicação; e só parou este tratamento quando o então coronel PM Cerqueira, passou a punir quem insistia nesta prática; o comandante da PMERJ era negro, mas também defensor ferrenho dos Direitos Humanos; mas era muito estranho quando vez ou outra em conversas internas com colegas policiais negros se brincava dizendo a eles, que eles também eram de “cor padrão”, estes diziam que: “– sou gente! E não sou bandido”; aquilo era dito por eles de forma tão natural, que o conceito era no sentido que “cor padrão” servia para designar marginais ou suspeitos de cor negra moradores de favelas, entretanto não se dava este tratamento a todos os cidadãos negros, mas pior, se fosse pobre e de cor negra, mas não fosse bandido, era chamado de “PAPA INDIA”, cujo na linguagem cotejada, significava “pé inchado”, designação dada a pessoas pobres e alcoólatras, pois neste caso pouco importava se negro ou de pele branca..." (pág 177 a 180 - Escravos Sociais e os Capitães do Mato Chacina de Vigário Geral / Chiado Editora - www.chiadoeditora.com)


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