O coronel Erir Ribeiro, o prefeito Nelson Bornier e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, discutem o projeto que prevê a implantação de um novo batalhão da PM em Nova Iguaçu Foto: Cléber Júnior / Agência O Globo
Marcos Nunes
O primeiro passo para a Baixada Fluminense ganhar mais um batalhão da Polícia Militar — a região já conta com seis unidades — foi dado ontem em Nova Iguaçu. O prefeito Nelson Bornier apresentou ao secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, e ao comandante da PM, coronel Erir Ribeiro, um projeto para construção de uma nova unidade militar, que deverá atender exclusivamente aos 800 mil habitantes do município da Baixada Fluminense.
Atualmente, Nova Iguaçu, que não tem um batalhão sediado no município, é atendida pelo 20 BPM, que fica em Mesquita. O terreno escolhido para a construção da nova unidade tem 20 mil metros quadrados — o equivalente ao tamanho de dois campos de futebol —, foi doado à prefeitura, que o repassou ao estado. A área fica localizada às margens da Avenida Abílio Augusto Távora (Estrada de Madureira), no bairro Marapicu, próximo aos conjuntos Grão-Pará e Dom Bosco.
Os dois conjuntos habitacionais ainda sofrem forte influência do tráfico de drogas. No primeiro, durante a eleição municipal no ano passado, um caveirão da PM precisou ser posicionado em frente a um Ciep, para dar segurança aos eleitores.
Já no Dom Bosco, em setembro, uma equipe que participava da campanha de Bornier chegou a ser agredida por traficantes.
O encontro entre Beltrame, Erir e Bornier aconteceu na prefeitura. O secretário gostou do que viu.
— É uma área excelente. Vamos reunir esforços para viabilizar o início da obra. A construção do batalhão de Nova Iguaçu é um compromisso assumido pelo governador Sérgio Cabral — disse o secretário de Segurança.
Por causa dos trâmites necessários para realização da licitação da obra, a estimativa é a de que, dentro de um ano, a construção da unidade comece a sair do papel.
Responsável pela segurança de Nova Iguaçu, o 20 BPM não teve bom desempenho nas estatísticas criminais em 2012. Mesmo sendo uma das três unidades da Baixada que receberam o reforço total de 491 homens, o batalhão registrou aumento de casos de mortes violentas, entre julho e dezembro
Um comentário:
Lamento a violência, resultado, talvez, da falta do essencial para ter uma vida digna.
Está acontecendo um pouco por todo o lado. Como pôr cobro? Diminuir o fosso entre os pobres e os estupidamente ricos. (sonhar ainda é permitido, creio!)
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