As famílias dos desaparecidos no desabamento de três prédios no Centro do Rio de Janeiro contam na noite desta sexta-feira (27) com a ajuda de 30 voluntários da Cruz Vermelha. Psicólogos, médicos e técnicos de enfermagem orientam os parentes que estão na Câmara dos Vereadores, também no Centro, e no Instituto Médico Legal (IML), na Zona Portuária.
Além da assistência médica, os voluntários também distribuem luvas descartáveis, máscaras e alimentos. De acordo com Elligton Camilo, vice-presidente da Cruz Vermelha do Rio, o trabalho dos voluntários começou ainda na noite de quarta-feira (25), momentos após o desmoronamento, e não tem previsão para terminar.
"A nossa ajuda é essencial nessas horas. Oferecemos um pouco de conforto para as famílias e auxiliamos todos que estão envolvidos no trabalho de resgate. Nosso trabalho é de apoio à Defesa Civil. A gente tenta ajudar aferindo pressão, dando orientações e alimentação. Temos dois postos montados e só vamos sair daqui quando o trabalho for concluído", disse Elligton.
Cerca de 27 famílias, segundo a Secretaria municipal de Assistência Social já estiveram na Câmara Municipal buscando informações sobre parentes. Muitas acompanham de perto o trabalho das equipes de resgate e mantém a esperança de encontrar um sobrevivente.
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O bombeiro chileno Erick Delgado Valencia, de 23 anos, visitou as famílias de desaparecidos na noite desta sexta. Ele disse que aguarda a chegada ao Rio, neste sábado (28), de mais quatro colegas especialistas em resgate para a ajudar nas buscas no Centro do Rio. O grupo conhecido como "Toupeira", segundo Valencia, atuou no resgate de vítimas no Haiti.
Buscas continuam
Não foi divulgada uma lista oficial ou até mesmo o número exato de pessoas procuradas. O secretário municipal de Assistência Social, Rodrigo Bethlem, disse que representantes de 26 famílias procuraram notícias de desaparecidos. "Pode haver gente sendo procurada que não esteja aqui nos escombros", afirma.
Não foi divulgada uma lista oficial ou até mesmo o número exato de pessoas procuradas. O secretário municipal de Assistência Social, Rodrigo Bethlem, disse que representantes de 26 famílias procuraram notícias de desaparecidos. "Pode haver gente sendo procurada que não esteja aqui nos escombros", afirma.
O subcomandante geral do Corpo de Bombeiros, Ronaldo de Alcântara, chegou a afirmar na manhã desta sexta que as equipes trabalham com a possibilidade de haver 23 desaparecidos. Ele disse acreditar que os procurados possam estar concentrados em pontos próximos nos escombros.
Na madrugada desta sexta, o secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, informou que as buscas vão continuar por mais 48 horas. "Esse é um prazo que eu estou me impondo para encerrar as buscas", disse o coronel. Segundo ele, após esse prazo, o trabalho de retirada dos escombros será de competência da prefeitura.