"O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. O Direito não é uma simples idéia, é força viva. Por isso a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada, por meio da qual se defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça bradir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança."

-- Rudolf Von Ihering

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Irão: Sakineh vai morrer na forca ou lapidação - chefe Justiça.




A iraniana Sakineh Ashtiani, condenada à morte sob a acusação de adultério, será executada por apedrejamento ou por enforcamento, segundo Malek Ajdar Sharifi, chefe do Departamento de Justiça da província onde a mulher está detida. 


Sakineh recebeu a pena de morte por lapidação, mas sua sentença tinha sido suspensa depois de uma mobilização global de reprovação à Justiça iraniana por parte de uma série de governos. 

Citado hoje pela agência semioficial de notícias Isna, Sharifi afirmou que as autoridades da Justiça do Irão ainda estão a discutir se vão executar Sakineh por apedrejamento ou enforcamento. 

A mulher foi condenada por adultério em 2006 e sentenciada a morrer por lapidação, sentença que causou grande comoção internacional. Pouco tempo depois, foi considerada culpada também por ter ajudado no assassínio do marido. 

Além da pena por adultério, Sakineh foi punida com 99 chicotadas pelas «relações ilícitas com estranhos», pena que lhe foi aplicada diante do filho, ainda em 2006. 

Críticos afirmam que o julgamento que a condenou não ouviu o número mínimo de testemunhas exigidas pela lei iraniana para confirmar a prática do adultério e que júris foram feitos no idioma farsi, quando Sakineh fala somente azeri. 


Oriente Médio

Sakineh será executada quarta-feira no Irã, diz ONG

Ela segue presa em Tabriz, acusada de ser cúmplice na morte do marido

A condenação da iraniana Sakineh motivou protestos em todo o mundo
A condenação da iraniana Sakineh motivou protestos em todo o mundo (Etienne Laurent/AFP)
O Irã já prepara a execução de Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento sob acusação de adultério e participação na morte do marido. Segundo o Comitê Internacional contra Apedrejamento, a mulher cuja sentença motivou protestos ao redor do mundo deve ser morta na quarta-feira.
As autoridades iranianas, de acordo com um comunicado divulgado no site da ONG, ordenaram executá-la na prisão de Tabriz, onde está detida. O mesmo comitê havia anunciado no mês passado a prisão do advogado e de um dos filhos da iraniana, além de dois jornalistas alemães.
Para aumentar a mobilização em favor de Sakineh, a organização convocou um protesto em Paris para esta terça-feira, às 14 horas locais (11 horas em Brasília) diante da embaixada iraniana, além de uma passeata em frente à sede do Parlamento Europeu, em Bruxelas.
O drama - Sakineh, de 43 anos e mãe de dois filhos, foi condenada à morte por apedrejamento em 2006 por ter mantido relações sexuais com dois homens após a morte de seu marido. Mais tarde, também foi acusada de ser cúmplice no assassinato dele e, desde então, permanece presa. A sentença de morte por apedrejamento havia sido alterada para enforcamento, depois que a acusação de adultério havia sido retirada. A ONG, porém, não precisou de que maneira ela deve ser executada na quarta-feira.
(Com agência EFE)


Gabriel O Pensador -Nunca Serão (Dirigido por José Padilha e Oscar Rodri...








Videoclipe montado por Renato Martins e dirigido por José Padilha e Oscar Rodrigues Alves com cenas dos filmes "Tropa de Elite" e "Tropa de Elite 2: O inimigo agora é outro". A música "Nunca serão", é de autoria de Gabriel O Pensador, e narra um encontro entre o cantor e o Capitão Nascimento.

Letra

Eu caminhava no meu Rio de Janeiro
Quando alguém me parou e falou:
Aí parceiro
Me dá tua mão que eu quero ver se tá com cheiro
Por que eu sou um cara honesto e detesto maconheiro
Eu tinha acabado de sair do banheiro
Dei a mão pra ele cheirar, mas foi uma cena bisonha
Ele cheirou minha mão por um tempo
Eu disse: "Espera, tu não é o Capitão Nascimento? Que vergonha meu capitão!"
"Procurando maconha no calçadão"
"Qual é tua missão?"
"Eu vi teu filme, mas não me leva mal".
"Não me tortura assim não, que eu sou um cara legal"
"Em certas coisas, eu concordo contigo"
"Mas não é assim que você vai achar os grandes bandidos: esse país tá fodido"
ele falou "eu sei disso
quando eu entrei na PM, eu assumi um compromisso, eu luto pela justiça"
eu também
sem justiça não tem paz, e sem paz eu sou refém
a injustiça é cega e a justiça enxerga bem
mas só quando convém
a lei é do mais forte, no BOPE ou na FEBEM
na boca ou no Supremo
que justiça a gente tem, que justiça nós queremos?

Os corruptos cassados?
Nunca serão!
Cidadãos bem informados?
Nunca serão!
Hospitais bem equipados
Nunca serão! Nunca serão!

Os impostos bem usados?
Nunca serão!
os menores educados?
Nunca serão!
Todos alfabetizados?
Nunca serão! Nunca serão!!

Capitão, não sei se você soube dessa história
que rolou num povoado peruano se não me falha a memória
um político foi morto pelo povo
um corrupto linchado por um povo que cansou de desrespeito
e resolveu fazer justiça desse jeito
foi um linchamento, foi um mau exemplo
foi um mau exemplo, mas não deixa de ser um exemplo
eu sou contra a violência mas aqui a gente peca por excesso de paciência
com o "rouba, mas faz" dos verdadeiros marginais
chamados de "doutor" e "vossa excelência"
cujos nomes não preciso dizer
a imprensa publica, mas tudo indica que a justiça não lê
Diz que é cega, mas o lado dos colegas ela sempre vê
Capitão, isso é um serviço pra você

Deputado! pede pra sair!
Pede pra sair, deputado!
Você é moleque!
Senador, pede pra sair!
Vagabundo, cadê o dinheiro que você desviou dessa obra aqui?
Fala, V. Excelência, é melhor falar!
Cadê a verba da merenda que sumiu?
02, o corrupto não quer falar não! Pode pegar o cabo de vassoura!
(Tá bom, eu vou falar, eu vou falar!)
Os corruptos cassados?
Nunca serão!
Cidadãos bem informados?
Nunca serão!
Hospitais bem equipados
Nunca serão! Nunca serão!

Os impostos bem usados?
Nunca serão!
os menores educados?
Nunca serão!
Todos alfabetizados?
Nunca serão! Nunca serão!!

Conversei com o Nascimento que não pensa como eu penso mas pensando, nós chegamos num consenso
nós somos vítimas da violência estúpida que afeta todo mundo, menos esses vagabundos lá da cúpula corrupta hipócrita e nojenta
que alimenta a desigualdade e da desigualdade se alimenta
mantendo essa política perversa
que joga preto contra branco, pobre contra rico e vice-versa
pra eles isso é jogo, esse é o jogo
se morre mais um assaltante ou mais um assaltado, tanto faz
pra eles não importa, gente viva ou gente morta
é tudo a mesma merda
os velhos nas portas dos hospitais, as crianças mendigando nos sinais
pra eles nós somos todos iguais
operários, empresários e presidiários e policiais
nós somos os otários ideais
enquanto a gente sua e morre
só os bandidos de gravata seguem faturando e descansando em paz
enquanto esses covardes continuam livres, nós só temos grades
liberdade já não temos mais.
Nunca serão! Nunca serão!!
Nunca serão! Nunca serão!!
Nunca serão! Nunca serão!!
Nunca serão! Nunca serão!!
Nunca serão! Nunca serão!!
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=vYDzvxnqESQ#!


José Padilha fala sobre mais detalhes do novo RocoCop.







José Padilha, cineasta incisivo e coerente em suas declarações críticas, cedeu mais comentários sobre o seu RoboCop. Disse ele, ao Telegraph, que a sátira social também fará parte do longa. Leia abaixo:
"O elemento de sátira de RoboCop é, acredito eu, necessário hoje... aquele tipo de sátira social agressiva que eu não tenho visto sendo bem feita nos filmes ultimamente. É como se a violência e a política no mundo estivessem pedindo por isso.", comentou Padilha.

Quando perguntado sobre as interpretações que seus filmes sofrem quando chegam ao público, o diretor foi direto: "Eu não penso muito nisso. Se as pessoas querem entender errado, o problema é delas. Isso é algo que acontece com filmes ao longo da história. Taxi Driver é famoso por levar a interpretações bem errôneas. Como cineasta, não me vejo represando a expressão artística para antever o que o público vai pensar. Preciso ser claro comigo mesmo e consciente do que estou tentando dizer. As más interpretações são inevitáveis."

Recentemente, Padilha entregou, à produção do novo RoboCop, uma nova versão do roteiro escrito por ele junto a Josh Zetumer.
O brasileiro permanece em Los Angeles, onde, atualmente, participa da seleção de elenco.
Não há previsão de lançamento nos cinemas (2013 é um ano provável), mas a ideia é iniciar as filmagens a partir de fevereiro ou março de 2012.

sábado, 17 de dezembro de 2011


POR LUARLINDO ERNESTO
Rio - Um motorista de van foi morto a tiros na manhã desta quinta-feira, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O crime aconteceu na Avenida Abílio Augusto Távora, antiga Estrada de Madureira, e o criminoso se passou por passageiro.
Após o crime, o criminoso desembarcou e fugiu em um outro veículo que o aguardava. A PM ainda não identificou o motorista morto e ainda não há razões do crime. O caso poderá ser apurado por agentes da 56ª DP (Comendador Soares).



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DESCARTÁVEIS:

POLÍCIA MILITAR PEDE POR SEU FILHO.

Luta por dignidade: PM ferido depende de vaquinha para ter cadeira de rodas
O PM Fávaro quando ainda estava em atividade: elogios Foto: pablo jacob
Herculano Barreto Filho
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O soldado Alexsandro Fávaro, de 31 anos, era tido como policial exemplar. Um apaixonado no combate ao crime, como os colegas de farda costumam dizer. Há três meses, o combate mudou de terreno. Atingido no pescoço num tiroteio entre policiais da UPP Fallet/Fogueteiro e traficantes no Morro do Fogueteiro, no Rio Comprido, ele faz sessões de fisioterapia no Hospital da Polícia Militar (HPM) para recuperar os movimentos dos membros. E conta com a luta de outros policiais militares.

Como o major Hélio, que lançou uma campanha no site cfappmerj.org para pedir colaborações de R$ 1, que ajudem na aquisição de uma cadeira de rodas de R$ 2.500, específica para tetraplégicos. “A esposa continua assistindo e apoiando o marido e está impossibilitada de trabalhar, pois o caso dele ainda inspira cuidados”, diz um dos trechos do texto. Segundo o comunicado, a PM não possui a cadeira de rodas e a aquisição pode levar até seis meses. O problema é que o soldado Fávaro terá alta em breve.

O major Hélio não é o único que busca mobilização para ajudar no caso. De acordo com o capitão Felipe Magalhães, comandante da UPP Fallet/Fogueteiro, o grupo de policiais que se formou com Fávaro também faz contribuições para ajudá-lo. Amigo do soldado, o capitão foi instrutor no seu curso de formação. E comandante no período em que Fávaro atuou na UPP.

— Ele era um excelente policial. Adorado por todos, porque era um profissional que sabia a hora de combater, mas também sabia o momento certo para prestar serviço aos moradores.

Na corporação há apenas três anos, Fávaro colecionava prisões e apreensões num caderno recheado por recortes de ocorrências e reportagens policiais. Em março de 2009, quando trabalhava no 12 BPM, em Niterói, e ainda não estava habilitado para usar arma, recebeu um certificado de honra ao mérito por ter “se destacado no combate à criminalidade” por prender um suspeito só com o cassetete.

Outro drama

Em novembro do ano passado, o sargento Heliomar Ribeiro dos Santos Silva, de 36 anos, viu a morte de perto no cruzamento da Avenida dos Democráticos com a Dom Hélder Câmara, no Jacarezinho. Ele estava numa carro do 22 BPM (Maré) quando cruzou por um bonde de 20 homens, com fuzis em carros e motos. O veículo foi fuzilado e o soldado caiu no chão, baleado. Só saiu de lá com vida porque foi tirado do asfalto por um taxista, que o socorreu no momento em que um ônibus parou na sua frente, impedindo o acesso dos bandidos.

Um ano depois, Heliomar ainda luta para se recuperar das sequelas provocadas pelos tiros, que acertaram a sua nuca, de raspão, o braço e o pé esquerdos. Três vezes por semana, faz fisioterapia para recuperar os movimentos do braço. Perdeu o dedão e caminha com dificuldades, já que não encosta a sola do pé no chão, porque um nervo foi atingido.

A situação financeira da família também não é das melhores, já que Heliomar fazia “bicos” para completar a renda familiar quando estava na ativa. Como não pode dirigir, vendeu o carro, um Fiat Uno antigo.

Morador de Itaboraí, ele desistiu das sessões de fisioterapia mantidas pela PM, em Olaria, no Rio, porque não teria como pagar o deslocamento semanal. Optou pelo tratamento num hospital público, perto de casa. Apesar das dificuldades, ainda acredita que um dia poderá voltar a vestir a farda da Polícia Militar.

— Ele não se conforma, porque estava acostumado a estar na ativa — conta a mulher, a dona de casa Cristiane Santos Silva, de 37 anos.

Mas nada causa revolta em Cristiane. Porque o marido vai poder ver a filha, de 3 anos e 9 meses, crescer. E, de tempos em tempos, ela telefona para o taxista que salvou o seu marido.

— Ligo pra agradecer. Depois de Deus, ele é o meu anjo da guarda, porque salvou o meu marido. Vou agradecer pelo resto da minha vida.





Mulher de soldado ferido no Morro do Fogueteiro está ‘morando’ no CTI para cuidar do marido


Herculano Barreto Filho
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Há duas semanas, o CTI do Hospital Central da Polícia Militar (HCPM) virou a segunda casa da família do soldado Alexsandro Fávaro Rocha Coutinho, de 31 anos. Baleado no pescoço na tarde de 10 de setembro, no Morro do Fogueteiro, Rio Comprido, o policial da UPP pode ficar tetraplégico. Ele conta com o apoio da mulher e dos pais, que passam os dias no hospital.

Fávaro também foi atingido no peito, mas usava colete. O ferimento na traqueia ainda o impede de falar, mas o policial consegue se expressar pelo movimento dos lábios.

— Ele está lúcido e fica impaciente quando alguém não entende. Não está revoltado, porque estava fazendo o que gosta de fazer. Acredito na recuperação dele — comenta a mulher, uma técnica em enfermagem de 29 anos, que "mora" no hospital desde o acidente.

Além dos familiares, o soldado Fávaro conta com a solidariedade de colegas.

Na semana passada, a visita de um PM fardado, com 1,90 m, chamou a atenção no corredor do CTI. Com os olhos arregalados, retirou a boina, inclinou a cabeça e perguntou:

— Posso visitar o soldado Fávaro?

Com a autorização da família, o PM entrou no CTI. Saiu de lá desorientado. Depois, escorou a cabeça na parede e foi consolado por outro policial.

Na corporação há três anos, Fávaro era apaixonado pelo combate ao crime. Tinha polícia no sangue, como os colegas dizem. Em março de 2009, quando trabalhava no 12º BPM, em Niterói, e ainda não estava habilitado para usar arma, recebeu um certificado de honra ao mérito por ter "se destacado no combate à criminalidade" por prender um suspeito apenas com o cassetete.









24 de Maio de 2009









Há dois meses o terceiro sargento da PM Paulo Roberto Gomes de Oliveira, de 44 anos, tem nova residência fixa. É num pequeno pedaço de calçada na rua do mercado de peixe, em São Gonçalo, que ele, na companhia de outros três moradores de rua, dorme e amanhece. Seu companheiro hoje é um filhote de gato que ele batizou de "Meu amigo". Na nova vida como morador de rua, o PM, oficialmente lotado no 12º BPM (Niterói) se alimenta com restos de sopas, biscoitos e coisas doadas por igrejas e comerciantes.
As roupas que ele usa também são frutos de presentes.O drama do PM começou há três anos. Ao descobrir que era portador do vírus HIV, Paulo Roberto se internou no Hospital Central da Polícia militar (HCPM), onde acabou se licenciando. Com dívidas acumuladas em função de vários empréstimos que teve que fazer, o sargento acabou mergulhado no ostracismo, abandono e foi viver na rua.Desde que soube era soropositivo, o policial vem tentando sua reforma na corporação. Sem sucesso.

Em nota oficial o setor de Relações Públicas da PM diz que já foi oferecido alojamento para o sargento no batalhão onde é lotado, mas ele teria recusado. A nota diz ainda que, quanto à reforma, ele "Não foi reformado pois a soropositividade não acarreta reforma automática. É necessário que sejam preenchidos critérios que dependem da evolução ou não da doença".
Como você vê a situação desse sargento? Ele está certo ou errado? Qual a atitude que a Polícia Militar deveria adotar?Caso de Polícia







sexta-feira, 18 de novembro de 2011

LEMBRAR PARA QUE? ANISTIA INTERNACIONAL RELATARÁ CHACINA À ONU COMO FATO EMBLEMÁTICO.


    


ANISTIA INTERNACIONAL RELATARÁ CHACINA À ONU COMO FATO EMBLEMÁTICO "A chacina da Baixada Fluminense, ocorrida no último dia 31, será considerada 'fato emblemático', mundialmente reconhecido e repudiado, em um relatório que será enviado à ONU." Foi o que prometeu o representante da Anistia Internacional, Tim Cahill, em audiência pública organizada pela Comissão de Direitos Humanos da Alerj, nesta terça-feira (05/04). Na reunião, coordenada pela presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, deputada Iriny Lopes (PT-ES), também foram debatidos os dados sobre abusos cometidos por membros da Polícia Militar, principais suspeitos da matança, e foram feitas críticas severas à política de segurança pública, considerada "ofensiva" e potencializadora da violência. Participaram da audiência o presidente da comissão da Alerj, deputado Geraldo Moreira (PSB), os deputados federais Chico Alencar (PT-RJ), Pastor Reinaldo (PTB-RS), Luiz Couto (PT-PA), e os deputados estaduais Alessandro Molon (PT) e Paulo Ramos (PDT). Tim Cahill anunciou, ainda, um trabalho feito pela Anistia Internacional sobre policiamento em áreas de exclusão em todo o território brasileiro. A organização concluiu que, no Brasil, a segurança prioriza o combate e a invasão, em vez de agir no controle da violência - o que acaba restringindo os direitos humanos. Sobre a chacina, Cahill ressaltou a necessidade de se avaliar o contexto em que os assassinatos ocorreram. "É preciso focar na investigação do caso, nos rumos judiciais e na proteção das testemunhas, possivelmente fragilizadas com a tragédia e com a lentidão do sistema judiciário. A chacina na Baixada Fluminense é um registro contundente do abuso de poder e desrespeito a raça humana", afirmou o representante da Anistia. Cahill também lembrou o fracasso investigativo da chacina de Vigário Geral, ocorrida em 1993, temendo que a apuração das mortes em Queimados e Nova Iguaçu tenha o mesmo fim. O temor de que o caso caia no esquecimento também foi compartilhado por Chico Alencar, que classificou a chacina como genocídio. Para ele, a reunião na Alerj é importante para se evitar a impunidade e cobrar das autoridades agilidade, profissionalismo e eficiência na conclusão da investigação. "A versão que tenta explicar as causas da chacina como resposta às reformulações propostas pelo coronel Paulo César Ferreira Lopes, do 15° BPM (Caxias), não é suficiente para o entendimento do caso. O povo tem razão em ser descrente. Daí a urgência para que se faça justiça", explicou o deputado. Geraldo Moreira enfatizou a dificuldade que é, no Brasil e em particular no Estado do Rio de Janeiro, cuidar dos direitos mais essenciais de todo cidadão. Ele criticou duramente a iniciativa fracassada de criação da Força Tarefa, que seria formada por policiais federais, civis e militares. "Temos que lutar para evitar as imposições burocráticas, na criação de uma força única de segurança. Apenas com a unicidade de forças daremos passos mais largos na contenção da violência", disse. Geraldo Moreira ressaltou, ainda, que a participação da Câmara Federal é bem-vinda. Alessandro Molon elogiou o trabalho da Polícia Civil, segundo ele, isenta até o momento de qualquer tipo de corporativismo. Paulo Ramos, que já foi membro da PM, manifestou revolta e o desejo de resolução, mas acha que as autoridades se apressaram na escolha da linha de investigação. "Há que se apurar mais", ressaltou. Urgência de exame toxicológico nos policiais detidos foi o que propôs o deputado federal Geraldo Thadeu, que enfatizou a gravidade da situação, por ter origem na composição da corporação militar. "Eles deveriam ter o compromisso com a segurança, e não violá-la de forma tão bárbara". Já o deputado federal Luiz Couto expressou a sua certeza quanto ao envolvimento da polícia em grupos de extermínio, não apenas no Rio de Janeiro, mas também em todo o Brasil. "Esses grupos são o braço direito do crime organizado", definiu. Couto deverá solicitar uma CPI mista, da Câmara e do Senado, para estudar a formação e o envolvimento de autoridades nos grupos de extermínio. 









http://www.alerj.rj.gov.br/common/noticia_corpo.asp?num=11387


A expressão que dá título a esta postagem foi utilizada no século 19 pelo famoso escritor Émile Zola, num artigo escrito ao jornal L’Aurore.

Nele, Zola tratava da acusação que se fizera contra o Capitão do Exército francês Alfred Dreyfus, de traição contra a pátria em favor da Alemanha, motivando sua condenação e degredo na Ilha do Diabo.

Muito tempo se passou até que Dreyfus tenha sido finalmente inocentado.

O caso Dreyfus era escandaloso; seu tema favorecia as pulsões emotivas. Até que surgissem vozes em seu favor, apontando as incongruências das provas contra ele, Dreyfus amargara o ódio dos franceses por sua traição.

Então, eu inicio esta postagem lembrando Dreyfus e seu degredo na longínqua ilha próxima da Guiana Francesa, uma espécie de Bangu I misturada com Ilha Grande, da época.

Não faço isso apenas porque presumo a inocência do Tenente Coronel Claudio, mas porque Bangu I, neste momento, me faz pensar na Ilha do Diabo.

Minha opinião sobre um fato cujo juízo de verdade não deve se afastar das provas, e ontem tinha que ser colocada para inferência do meu questionador, naquele momento o advogado de defesa do Tenente Coronel Claudio, convinha ter uma estética de silogismo.

Ele pretendia que eu dissesse crer o Tenente Coronel Claudio inocente, mas eu não disse. Não claramente. Deixei que concluísse e, neste particular o assistente da acusação, Dr Técio Lins e Silva, foi percuciente e, ao perceber minhas intenções, buscou sutilmente me atirar para uma posição em que não me encontrava.

No passado tivemos nossos Dreyfus. O então Tenente Marcelo Cortes, por exemplo, permaneceu vários anos preso acusado da morte dos meninos da Candelária, até que o verdadeiro culpado, arrependido e convertido ao cristianismo, inocentou o oficial.

Outro Dreyfus foi o Cabo Sérgio Cerqueira Borges, que teve ele mesmo que gravar na cadeia onde se encontrava preso, as confissões dos verdadeiros culpados da chacina de Vigário Geral e assim provar sua inocência...."



http://marius-sergius.blogspot.com/2011/11/jaccuse.html