"O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. O Direito não é uma simples idéia, é força viva. Por isso a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada, por meio da qual se defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça bradir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança."

-- Rudolf Von Ihering

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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

USA X IRÃ = 21 DE DEZEMBRO DE 2012 ?





Venezuela e Irã fortalecem aliança que irrita os EUA

09 de janeiro de 2012 • 19h55 • atualizado às 20h27





Chávez e Ahmadinejad mostraram bom humor e entrosamento no encontro em Caracas
Foto: AP




Os presidentes do Irã e da Venezuela se comprometeram nesta segunda-feira a fortalecer sua relações e falaram, em tom de brincadeira, sobre terem armas apontadas para os Estados Unidos. O venezuelano Hugo Chávez recebeu em Caracas um descontraído Mahmoud Ahmadinejad, no primeiro dia de uma viagem do líder iraniano que incluirá também Nicarágua, Cuba e Equador.

A proximidade de Caracas com Teerã irrita os Estados Unidos e seus aliados, que buscam isolar a República Islâmica por causa da sua recusa em abrir mão de atividades nucleares estratégicas. O Irã anunciou nesta segunda-feira que começou a enriquecer urânio num espaço subterrâneo, contrariando a pressão internacional, e no mesmo dia o governo local anunciou a condenação à morte de um americano-iraniano acusado de espionar para a Agência Central de Inteligência (CIA), numa notícia que deve causar ainda mais tensões entre Washington e Teerã.

Os EUA e seus aliados acusam o Irã de tentar desenvolver armas nucleares, algo que a República Islâmica nega, insistindo que sua intenção é gerar energia para fins pacíficos. Sem citar diretamente os EUA ou qualquer outro país, Ahmadinejad disse no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, que "o sistema dominante está decadente, por isso eles assumiram um rosto mais agressivo".

"Apesar dos arrogantes que não querem que estejamos juntos, estaremos juntos para sempre", acrescentou Ahmadinejad, antes de unir suas mãos às de Chávez, principal voz antiamericana da atualidade na América Latina. Conhecido por suas declarações irônicas, o anfitrião disse que tem razão quem o acusa de ter bombas e canhões apontados para os EUA. "É para rirmos, mas para estarmos alertas também, nós certamente vamos trabalhar muito para umas bombas, para uns mísseis, para continuar fazendo uma guerra. A nossa guerra é contra a miséria, a pobreza ... essa é a nossa guerra", disse Chávez, dirigindo um olhar de camaradagem ao colega iraniano.

O presidente iraniano continuou a piada, afirmando que suas bombas estão cheias de amor pelos povos e pela liberdade. "Nós amamos todos os povos, inclusive o povo norte-americano, que sofre sob o domínio dos arrogantes", disse.








EUA responderão se Irã tentar bloquear estreito de Ormuz
08 de janeiro de 2012 • 13h06 • atualizado às 15h31

EUA responderão se Irã bloquear estreito de Ormuz, diz Pentágono




Os Estados Unidos responderão através da força caso o Irã tente bloquear o estreito de Ormuz, passagem estratégica para o tráfego marítimo de petróleo, afirmou neste domingo o chefe do Pentágono, Leon Panetta, evocando uma "linha vermelha" que não deve ser ultrapassada.

"Fomos muito claros sobre o fato de que os Estados Unidos não tolerarão o fechamento do estreito de Ormuz. Esta é uma linha vermelha para nós e vamos responder", advertiu o secretário americano de Defesa durante a transmissão do programa Face the Nation na rede de televisão CBS.

A tensão aumentou entre Teerã e Washington desde terça-feira, após a advertência iraniana sobre a presença da marinha americana no Golfo enquanto realizavam manobras militares, despertando temores sobre o eventual fechamento do estreito de Ormuz, por onde transita 35% do petróleo mundial transportado por via marítima.

Washington advertiu que manterá seus navios de guerra mobilizados no Golfo, enquanto a Casa Branca considerou que as advertências do Irã demonstravam sua "debilidade" e a eficácia das sanções aplicadas contra o país por impulsionar seu polêmico programa nuclear.

O oficial americano de maior patente militar, o general Martin Dempsey, que acompanhou Panetta em sua apresentação, disse que o Irã estaria em condições de bloquear o estreito, o que seria uma "ação intolerável", segundo ele.

"Eles investiram em meios que poderiam permitir o bloqueio por um tempo do estreito de Ormuz. De nossa parte, investimos em meios para garantir que, se este for o caso, possamos impedir" a ação, informou o militar no programa da CBS. "Atuaremos e reabriremos o estreito" caso ele seja fechado, acrescentou o general Dempsey.



Durante uma visita a Omã, no início de 2011, uma autoridade militar americana disse à AFP que os Estados Unidos estavam "preocupados com a capacidade iraniana de impedir o trânsito do petróleo através do Estreito de Ormuz". "Os iranianos podem, certamente, causar um impacto inicial, mas não podem fechar o canal por muito tempo", afirmou sob anonimato.

Neste domingo, o secretário da Defesa reafirmou um outro "sinal de alerta" para Washington: a intenção de Teerã desenvolver armas em seu controverso programa nuclear. "Desenvolveram uma arma nuclear? Não. Mas, sabemos que estão tentando desenvolver uma capacidade nuclear, que é preocupante para nós", disse.

O programa nuclear iraniano, de finalidade civil, segundo Teerã, pode ser o suficiente para a construção de armas nucleares, caso seja a vontade do Irã, uma decisão que ainda não foi tomada, de acordo com a inteligência americana.

Panetta e Dempsey afirmaram que as prioridades de Washington são ações diplomáticas e sanções econômicas contra o regime, contudo, sem excluir a ação militar.

O chefe do Estado-Maior explicou que seu papel é o de planejar uma eventual operação, avaliar os riscos e, "em certos casos, posicionar os meios" militares para conduzir tal operação". "Todas estas atividades estão em andamento", disse Dempsey.

Para aliviar as tensões entre os dois países, a marinha americana libertou na quinta-feira 13 marinheiros iranianos mantidos reféns por piratas somalis na costa de Omã, uma ação elogiada por Teerã como um "gesto humanitário positivo".








Paris: atividade nuclear iraniana é 'violação grave'
09 de janeiro de 2012 • 21h17 • atualizado às 21h49





A França condenou "com a maior firmeza" o início das operações de enriquecimento de urânio no complexo de Fordo, qualificado de "uma violação especialmente grave" do direito internacional, declarou nesta segunda-feira o ministério francês das Relações Exteriores.

"Esta nova provocação não nos deixa outra opção que reforçar as sanções internacionais e adotar, junto com nossos sócios europeus e todos os países voluntários, medidas de uma amplitude e de um rigor sem precedentes", disse o porta-voz da chancelaria Romain Nadal.

As autoridades iranianas anunciaram nesta segunda-feira o início de atividades de enriquecimento de urânio no complexo de Fordo, sob a supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), organismo que confirmou posteriormente a informação.

França integra o chamado grupo 5+1 - ao lado de Estados Unidos, China, Alemanha e Reino Unido - que negocia com Teerã sobre o polêmico programa nuclear iraniano, mas as conversações estão suspensas há meses.







09/01/2012 06h24 - Atualizado em 09/01/2012 10h51

Irã condena americano àmorte por espionagem



Amir Mirzai Hekmati, 28, nasceu nos EUA em família iraniana.
Governo americano apelou para que ele fosse libertado.



Da AFP



Um americano de origem iraniana, Amir Mirzai Hekmati, foi condenado à morte pelo tribunal revolucionário de Teerã por "colaboração com um país hostil e espionagem", anunciou a agência iraniana Fars.

"Amir Mirzai Hekmati, que foi considerado culpado de colaboração com um país hostil e de espionagem para a CIA, foi condenado à morte pelo tribunal revolucionário de Teerã", afirma uma nota oficial da agência.

Amir Mirzai Hekmati, 28 anos, ex-fuzileiro naval, nasceu nos Estados Unidos em uma família iraniana.

Hekmati foi considerado culpado ainda de "tentativa de acusar o Irã de envolvimento com terrorismo", completa a Fars.
Imagem da TV iraniana mostra homem identificado como Amir Mirzai Hekmati (Foto: Reuters)

O juiz do tribunal revolucionário de Teerã, Abdolghassem Salavati, o declarou "moharab (em guerra contra Deus) e corrupto na Terra".

Hekmati ainda pode apelar da sentença.

O governo dos Estados Unidos pediu a libertação de Amir Mirzai Hekmati e informou que diplomatas suíços, que representam os interesses americanos em Teerã, pediram para ver Hekmati, mas a solicitação foi rejeitada pelas autoridades iranianas.

A promotoria pediu a pena de morte para Hekmati sob a alegação de que a confissão do réu mostrava que ele cooperou com a CIA e atuou contra a segurança nacional iraniana.


http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/01/ira-condena-americano-a-morte-por-espionagem.html



Energia nuclear

Cientistas adiantam 'relógio do apocalipse'

Desastre em Fukushima e programa nuclear do Irã e Coreia do Norte tornam planeta mais vulnerável, alertam especialistas

Robert Socolow, professor da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, posa ao lado do Relógio do Apocalipse durante o simpósio do Boletim dos Cientistas Atômicos, em Washington. Quanto mais perto o relógio simbólico está da meia-noite, mais perto o mundo está de uma tragédia global
Robert Socolow, professor da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, posa ao lado do Relógio do Apocalipse durante o simpósio do Boletim dos Cientistas Atômicos, em Washington. Quanto mais perto o relógio simbólico está da meia-noite, maior a vulnerabilidade do planeta (Saul Leob / AFP)

Saiba mais

RELÓGIO DO APOCALIPSEO BAS foi fundado em 1945 por cientistas da Universidade de Chicago, os mesmos que ajudaram a desenvolver as primeiras bombas atômicas para o Projeto Manhattan, o programa nuclear americano da II Guerra Mundial. Em 1947 o boletim criou o Relógio do Apocalipse, representado pela meia-noite, e a possibilidade de uma explosão nuclear, representado pela contagem regressiva até zero, para medir as ameaças à humanidade e ao planeta. Participam do grupo 18 vencedores do Prêmio Nobel.
Após um ano de discussão, cientistas decidiram adiantar em um minuto o 'relógio do apocalipse', instrumento simbólico criado em 1947 para apontar o risco de uma catástrofe provocada por armas nucleares, mudanças climáticas ou tecnologias emergentes. A informação é do Boletim de Cientistas Atômicos (BAS, na sigla em inglês).
O fator que mais contribuiu para a decisão dos pesquisadores foi o desastre nuclear de Fukushima, no Japão. A tragédia foi causada por um terremoto seguido de um tsunami em março de 2011. Além de Fukushima, os cientistas também veem com preocupação crescente os programas nucleares do Irã e da Coreia do Norte
O relógio toma a meia-noite como a hora simbólica do apocalipse. Entre 2010 e 2011, o instrumento indicava seis minutos para a meia-noite. Com a percepção de que o mundo está hoje mais vulnerável, o relógio passou a apontar cinco minutos para o apocalipse, mesmo 'horário' cravado entre 2007 e 2010.
O momento mais crítico na história do relógio - dois minutos para meia-noite - foi apontado em 1953, auge da Guerra Fria, e o mais seguro - 17 minutos para a meia-noite -, em 1991, ano em que EUA e Rússia assinaram o tratado de redução de armamento.

GREVE NA PMERJ. SÓ O RUGIR DA “FERA” ASSUSTA, IMAGINE SE ELA “ATACAR”?


A greve dos policiais militares no Ceará inflamou a corporação fluminense. Os PMs do Rio de Janeiro recebem um dos piores salários do país (R$ 1.137) e se inspiram no sucesso dos colegas cearenses para fazer valer suas reivindicações. Cartazes indicando datas entre fevereiro e maio para uma suposta paralisação geral nos quartéis são amplamente divulgados nas redes sociais. Além de um reajuste salarial, os policiais também pedem a revisão da jornada de trabalho da categoria.

Cartaz indigesto

O crescimento do movimento grevista foi catalisado pela revolta da tropa com o novo cartaz espalhado pelos quartéis. A peça, que mostra um policial militar algemado como parte de uma campanha anti-corrupção da corporação, serviu apenas para desmoralizar os agentes.

Vitória

No Ceará, a greve dos policiais militares conseguiu um reajuste de 56% e a incorporação de uma gratificação de R$ 920 ao salário base da categoria com apenas cinco dias de paralisação.

Jornal do Brasilhttp://coturnocarioca.blogspot.com/2012/01/greve-dos-policiais-militares-no-ceara.html


O assunto mais comentado nas redes sociais e omitido pela imprensa é a possível greve na PMERJ, que com certeza reacenderá a “fogueira” mantida pelos Bombeiros Militares do Estado do Rio de Janeiro e junto os Policiais Civis.



Os Policiais Militares desde 2006 depositaram confiança nas promessas do governador Sergio Cabral, que não foram cumpridas. O clima de insatisfação sempre esteve presente na tropa PMERJ, forçando o governo a dividi-la com gratificações distribuídas a grupos “chaves”.

A tropa PMERJ “aturou” muito tempo. Mentiras, promessas, abusos, desrespeito, falta de equipamento e falta de instrução, tudo isso aliado a péssimos salários, que embora o Rio de Janeiro seja o 2º em arrecadação, paga o PIOR salário do Brasil.

O estopim para o movimento que emerge foi aceso pelo próprio Comandante Geral PMERJ, que junto com a ASSINAP, confeccionaram um cartaz deplorável para “inibir” os desvios de conduta. Cutucaram a fera com vara curta.


Segundo o Coronel PMERJ Emir Laranjeiras, "Um tiro pela culatra", as estatísticas de desvio de conduta na PMERJ não justificam a atitude adotada, pois estão numa média de 0,215% em 2010 e 0,3575% em 2011. O cartaz “inibidor” mostra um praça fardado e algemado, o que contraria o Informativo Jurisprudencial nº 09 – STJ: PENAL. USO DE ALGEMAS. AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE. A imposição do uso de algemas ao réu, por constituir afetação aos princípios de respeito à integridade física e moral do cidadão, deve ser aferida de modo cauteloso e diante de elementos concretos que demonstrem a periculosidade do acusado. Recurso provido. (STJ, Recurso em Habeas Corpus nº 5.663/SP (            96/0036209-2      ), rel. Min. Willian Paterson, DJ. 23.9.96).




No 8º BPM, em Campos do Goytacazes, policiais pararam as viaturas em protestos contra atitude de seu Comandante em apertar ainda mais a escala de serviço. “O QUE NOS MOTIVOU AQUI NO 8ºBPM, DE INICIO FOI O TEN RODRIGUES QUE COM AVAL DESSE PROBLEMÁTICO CEL BARACHO, PASSOU DOS LIMITES, CAUSANDO ESSA REVOLTA SEM VOLTA EM NOSSOS CORAÇÕES, CHEGANDO A UM PONTO INSUSTENTAVEL DE SE TRABALHAR TRANQUILAMENTE NO 8º BPM. APESAR DE TODOS OS PROBLEMAS QUE A PM TEM, PASSAMOS POR DOIS COMANDOS QUE RESPEITAVAM A TROPA, QUE FORAM OS COMANDOS DO CEL PAULO CEZAR E CEL GIMAR, COMO DISSE, E VOU REPETIR “APESAR DE TODOS OS PROBLEMAS” QUE A PM TEM, ESSES COMANDOS RESPEITAVAM OS PRAÇAS COMO HOMENS, CHEFES DE FAMÍLIA E NÓS, DA TROPA RESPONDIAMOS COM RESPEITO, ALCANÇANDO AS METAS E COM UM NUMERO DE OCORRÊNCIAS, QUE HOJE NÃO VEMOS MAIS AQUI, QUEM É DAQUI DA REGIÃO SABE DISSO!”

Ações estão sendo planejadas e, em tempo oportuno serão postas em prática, mostrando que os Policiais Militares se ofenderam com seu Comando, de quem devia partir só referências elogiosas e não mais humilhações. Quanto a ASSINAP, que teve páginas bonitas em sua biografia, se mostra agora em mais um elemento que denigre a honra do policial militar e trará descrédito para sua história.

Resta por fim agradecer ao Comandante Geral PMERJ que com sua iniciativa de autorizar o cartaz, deu o pontapé inicial para o movimento que surge na PMERJ.


POLICIAIS MILITARES E O MOVIMENTO GREVISTA É NOTÍCIA NO JB


A FANTÁSTICA FÁBRICA DE POLICIAIS MILITARES

Em um ano, PM quer formar mesmo número de policiais que nos 5 anteriores
A Polícia Militar do Rio de Janeiro pretende formar 7 mil soldados, no período de um ano, entre o segundo semestre de 2011 e os seis primeiros meses deste ano. O número é superior ao número alcançado entre 2006 e 2010, quando 6,4 mil policiais foram preparados pela academia da PM, ou seja, uma média de 1,3 mil por ano.

Segundo o coordenador de Comunicação Social da PM fluminense, coronel Frederico Caldas, formar um grande número de policiais em um curto espaço de tempo “não é o ideal, mas é preciso” diante da necessidade de aumento do efetivo da Polícia Militar, para se expandir as unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e para garantir a segurança dos grandes eventos esportivos progrmados para o Rio: alguns jogos da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

“A gente não tem opção. Não é o ideal porque é uma quantidade muito grande [de policiais], que foge ao nosso padrão normal, mas é algo que era preciso fazer. Há um compromisso das autoridades de empregar 16 mil policiais nesses eventos”, disse o coronel, que também trabalha há 20 anos, como instrutor do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), a academia de praças da PM.

Segundo o coronel, apesar de ser um esforço maior do que o normal, a Polícia Militar tem se preparado desde 2009 para aumentar a capacidade do centro de formação. Ele explica que, no ano passado, foram construídas duas instalações (chamadas de companhias) dentro da academia, para se somar às três que já existiam.

Com as duas novas instalações, que incluem salas de aula e alojamentos para alunos de outros municípios, a capacidade do centro, de acordo com o coronel Frederico, aumentou de 3,6 mil por ano para cerca de 8 mil.

A PM está adotando outras medidas para tentar manter o padrão do curso, ampliando o refeitório e o número de instrutores. A polícia começou a pagar aos instrutores (R$ 65 por hora-aula) e formou um banco de talentos para contratar profissionais de outras áreas. O curso continua durando seis meses.

O coronel disse que não acredita numa perda da qualidade do curso de formação, devido ao aumento do número de alunos. “Claro que dar aula para 30 alunos não é o mesmo que dar aula para 60, 70 alunos. Mas não digo que eles serão malformados. Eu, por exemplo, fui soldado da PM e, em 1984, estudei no Cfap. Posso afirmar que minha formação, naquela época, não era melhor do que hoje em dia”, disse.

De acordo com o oficial, a expectativa é que essa situação só se mantenha até 2014, quando se encerra o cronograma de implantação das UPPs. Depois disso, o número de alunos do centro deve retornar à média histórica.
JB

domingo, 8 de janeiro de 2012

Funai investiga assassinato de criança indígena.



Índios de várias etnias fazem protesto na sede da Funai em 2010, em Brasília. Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr
O suposto assassinato de uma criança indígena no Maranhão levou a Fundação Nacional do Índio (Funai) a abrir uma investigação após denúncia do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), entidade ligada à Igreja Católica. As informações sobre o crime, que teria ocorrido entre setembro e outubro, são, contudo, desencontradas.
Uma equipe da Funai na cidade de Imperatriz segue para a Terra Indígena Araribóia, a 469 quilômetros da capital São Luís. O grupo, informa a instituição em nota, vai investigar o aparecimento de um corpo carbonizado de um integrante da tribo Awá-Guajá, população indígena isolada do convívio social.
O órgão também diz não poder confirmar se as informações são verdadeiras e deve produzir um laudo com detalhes sobre o caso a ser divulgado na segunda-feira 9.
Segundo o Cimi, lideranças indígenas do povo Guajajara denunciaram o assassinato em um acampamento abandonado pelos Awá. O local, a 20 quilômetros do município de Arame (MA), teria sido atacado por madeireiros.
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A demora para apresentar denúncia do crime é explicada por Rosimeire Diniz, coordenadora do Cimi no Maranhão. “Estamos falando de um território muito grande, onde a pessoa que viu o ocorrido relatou o caso para outra liderança indígena, que nos trouxe a informação.” Segundo ela, não há muitos detalhes, pois “a equipe do Cimi ainda está retornando do recesso de fim de ano e não teria como averiguar”.
A reportagem de CartaCapital também encontrou dificuldades em determinar quando a organização recebeu a informação dos líderes indígenas. Diniz apontou, em conversa por telefone, que as denuncia chegou “nesta semana”. Por outro lado, o site do Cimi diz: “A Fundação Nacional do Índio (Funai) foi informada do episódio em novembro e nenhuma investigação do caso está em curso”.
O órgão, por sua vez, informa ter recebido em novembro uma denúncia anônima sobre a ocorrência de um conflito na região em outubro, com assassinato de indígenas. “A denuncia não citava a morte de uma criança”, destaca em nota. “Ainda em novembro, a Funai protocolou a denuncia junto a Polícia Federal e solicitou que esta realizasse uma investigação.”
O Cimi de Brasília informou que os índios conhecem a localização do corpo, mas não soube dizer se a polícia já tem conhecimento deste dado.
Madeireiros
Tribos da região relatam que nos últimos anos a ação de madeireiros empurra os Awá para áreas mais próximas da sociedade. Além disso, a retirada de madeira tem colocado em risco a subsistência do grupo, destaca o Cimi, em seu site.
Dinis ainda relata que casos de confronto entre índios e madeireiros na região estão ficando mais frequentes e foram registradas ocorrências deste tipos pelos menos nos últimos três anos. “Já houve desde invasão de aldeia por madeireiros até espancamento de uma liderança indígena. Essas são as últimas reservas de mata no Maranhão e elas estão tomadas por madeireiros”, denuncia.
A missionária questiona a ausência de representantes da Funai e das autoridades na região. “Quando acontece algum caso de denuncia ou repercussão, há uma operação, mas com poucos resultados práticos. Não há uma ação efetiva para assegurar a defesa do território e das comunidades que ali vivem.”


Criança indígena de 8 anos é queimada viva por madeireiros


Quando a bestialidade emerge, fica difícil encontrar palavras para descrever qualquer pensamento ou sentimento que tenta compreender um acontecimento como esse. Na última semana uma criança de oito anos foi queimada viva por madeireiros em Arame, cidade da região central do Maranhão.

Por Rogério Tomaz Jr. no blog Conexão Brasília Maranhão


Enquanto a criança – da etnia awa-guajá – agonizava, os carrascos se divertiam com a cena.

O caso não vai ganhar capa da Veja ou da Folha de S. Paulo. Não vai aparecer no Jornal Nacional e não vai merecer um “isso é uma vergonha” do Boris Casoy.

Também não vai virar TT no Twitter ou viral no Facebook.

Não vai ser um tema de rodas de boteco, como o cãozinho que foi morto por uma enfermeira.

E, obviamente, não vai gerar qualquer passeata da turma do Cansei ou do Cansei 2 (a turma criada no suco de caranguejo que diz combater a corrupção usando máscara do Guy Fawkes e fazendo carinha de indignada na Avenida Paulista ou na Esplanada dos Ministérios).

Entretanto, se amanhã ou depois um índio der um tapa na cara de um fazendeiro ou madeireiro, em Arame ou em qualquer lugar do Brasil, não faltarão editoriais – em jornais, revistas, rádios, TVs e portais – para falar da “selvageria” e das tribos “não civilizadas” e da ameaça que elas representam para as pessoas de bem e para a democracia.

Mas isso não vai ocorrer.

E as “pessoas de bem” e bem informadas vão continuar achando que existe “muita terra para pouco índio” e, principalmente, que o progresso no campo é o agronegócio. Que modernos são a CNA e a Kátia Abreu.

A área dos awa-guajá em Arame já está demarcada, mas os latifundiários da região não se importam com a lei. A lei, aliás, são eles que fazem. E ai de quem achar ruim.

Os ruralistas brasileiros – aqueles que dizem que o atual Código Florestal representa uma ameaça à “classe produtora” brasileira – matam dois (sem terra ou quilombola ou sindicalista ou indígena ou pequeno pescador) por semana. E o MST (ou os índios ou os quilombolas) é violento. Ou os sindicatos são radicais.

Pressão constante

Os madeireiros que cobiçam o território dos awa-guajá em Arame não cessam um dia de ameaçar, intimidade e agredir os índios.

E a situação é a mesma em todos os rincões do Brasil onde há um povo indígena lutando pela demarcação da sua área. Ou onde existe uma comunidade quilombola reivindicando a posse do seu território ou mesmo resistindo ao assédio de latifundiários que não aceitam as decisões do poder público. E o cenário se repete em acampamentos e assentamentos de trabalhadores rurais.

Até quando?

Esclarecimento do jornal Vias de Fato

O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) confirmou na quinta-feira (6), a informação que uma criança da etnia Awá-Gwajá, de aproximadamente 8 anos, foi assassinada e queimada por madeireiros na terra indígena Araribóia, no município de Arame, distante 476 km de São Luis. A denúncia feita pelo Vias de Fato, foi postada logo após receber um telefonema de um índio Guajajara denunciando o caso. 

De acordo com Gilderlan Rodrigues da Silva, um dos representantes do CIMI no Maranhão, um índio Guajajara filmou o corpo da criança carbonizado. ”Os Awá-Gwajás são muito isolados, e madeireiros invasores montaram acampamento na Aldeia Tatizal, onde estavam instalados os Awá. Estamos atrás desse vídeo, ainda não fizemos a denúncia porque precisamos das provas em mãos” disse Gilderlan.

Violência contra indígenas é fato recorrente no Maranhão, no dia 26 de setembro de 2011, conforme denunciamos aqui nesse site, uma senhora indígena do Povo Canela, Ramkokamekrá Conceição Krion Canela, de 51 anos foi encontrada morta a pauladas. A atrocidade aconteceu no Povoado Escondido, interior de Barra do Corda. No mês de outubro, uma índia de 22 anos, deficiente mental, da terra indígena Krikati foi violentada sexualmente por um homem identificado como Francildo. Segundo Belair de Sousa, coordenador técnico da terra indígena, o indivíduo chegou na aldeia Campo Grande armado. O CIMI Nacional informou que vai emitir nota pedindo apuração do caso do assassinato da criança Awá.