"O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. O Direito não é uma simples idéia, é força viva. Por isso a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada, por meio da qual se defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça bradir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança."

-- Rudolf Von Ihering

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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Greve da PM no RJ só termina com revogação dos mandados de prisão.






As prisões de policiais militares grevistas no Rio de Janeiro provocou outra reviravolta nas negociações. Um dos manifestantes afirmou que a paralisação só termina quando houver a revogação dos mandados de prisão e a soltura dos 59 policiais detidos nesta sexta-feira (10).


Entre os policiais presos, nove integram o grupo dos que tiveram mandados de prisão decretados. Eles são apontados como líderes do movimento. Outros 50 agentes foram presos hoje sob suspeita de motim.


De acordo com a Folha de São Paulo, o cabo da PM João Carlos Gurgel e o major da reserva Hélio Oliveira afirmaram que vão se apresentar ao quartel general ainda hoje. "Quem foge da prisão é bandido, nós não somos bandidos, vamos nos apresentar", disseram. Os nomes dos outros nove PMs ainda não foram divulgados, assim como o vereador Cabo Julio. Confira vídeo:





Além dessas revogações, os grevistas reivindicam a liberação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, que está preso desde a quarta-feira (8). A sua prisão foi decretada logo depois de escutas telefônicas vazarem à rede Globo. Houve pedido de habeas corpus, mas foi negado pela Justiça.


As três categorias não ficaram satisfeitas com a proposta de reajuste apresentada pelo governo estadual e aprovada ontem pela Alerj (Assembleia Legislativa). O grupo reivindica salário base de R$ 3.500 para as categorias a partir deste mês de fevereiro.


Para o soldado que conversou com a reportagem do Bocão News, a greve só terminará quando forem revogados os mandados de prisão e a soltura. “Até lá continuaremos mobilizados”. Ele, no entanto, não confirmou a informação sobre a manifestação agendada para o domingo (12) em Copacabana.


Com informações da Folha de São Paulo


http://www.zevaldoemaragogipe.com/2012/02/greve-da-pm-no-rj-so-termina-com.html



Greve no Rio: PM prende 145
policiais, mas liberta 129


Agentes ainda correm risco de exoneração
Do R7 | 10/02/2012 às 18h46



Administrativo da Polícia Militar, coronel Robson Rodrigues.


Rodrigues explicou que, dos 16 que permanecem detidos, nove foram presos após expedição de mandado da Justiça




Desde que a greve de policiais e bombeiros foi instaurada, no fim da noite de quinta-feira (10), a Polícia Militar prendeu 145 PMs que aderiram ao movimento. Do total, porém, 129 – todos do Batalhão de Volta Redonda (28º BPM) - foram soltos na tarde desta sexta-feira (10), segundo o chefe do Estado Maior





Militar. Outros sete foram detidos em flagrante por desobediência.



De acordo com o coronel, os policiais que foram liberados responderão por crime militar na Justiça Militar. Além disso, responderão a um procedimento administrativo interno e correm risco de exoneração.

- Eles estão indiciados. Foram liberados, mas não quer dizer que não podem voltar a ser presos. Vão responder em duas frentes: Justiça e procedimento interno. Ou seja, também podem ser expulsos da corporação.

O Corpo de Bombeiros do Rio informou que 123 guarda-vidas serão presos administrativamente em razão da greve. Todos foram indiciados na tarde desta sexta-feira. Além disso, o comandante do 2º GMar (Grupamento Marítimo da Barra da Tijuca), tenente coronel Ronaldo Barros, foi exonerado.

O comando-geral da corporação abriu procedimento administrativo interno para avaliar a conduta de 15 guarda-vidas e do cabo Benevenuto Daciolo, um dos líderes grevistas. Ele está preso no complexo penitenciário de Bangu, zona oeste, após ser detido na quarta-feira (8), quando desembarcava no aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, na Ilha do Governador, zona norte.

O advogado Marcos Espínola irá entrar ainda na noite desta sexta-feira com um pedido de habeas corpus para o ex-corregedor da Polícia Militar, coronel Ricardo Paúl, que foi preso acusado de incitar a greve. O coronel foi levado ao presídio Bangu 1, um presídio de segurança máxima.


Adesão maior no interior


Apesar da paralisação, o clima é de aparente tranquilidade na cidade do Rio de Janeiro. A situação é mais problemática em cidades do interior, como Volta Redonda e Campos, onde um número maior de policiais aderiu ao movimento. Devido a isso, policiais do BPChoq (Batalhão de Choque) e do Bope (Batalhão de Operações Especiais) foram enviados para estas cidades.



Instrutores do Cfap (Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças) denunciam que alunos ainda em formação também estão sendo enviados para reforçar o patrulhamento no interior.

O Corpo de Bombeiros informou que os atendimentos considerados de emergência não serão afetados pela paralisação. A Polícia Civil informou que o atendimento nas delegacias não foi afetado. Ao percorrer algumas delegacias, a reportagem do R7 flagrou policiais da Delegacia de Penha (22ª DP) orientando um homem vítima de roubo voltar outro dia para registrar queixa. Apesar casos graves ou de prisão em flagrante estavam sendo registrados nesta manhã.

O relações-públicas da PM, coronel Frederico Caldas, disse que a população do Rio de Janeiro pode ficar tranquila e que considera desnecessária a intervenção das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança. O oficial informou ainda que aqueles que se recusarem a trabalhar serão presos administrativamente. Pelo menos 14 haviam sido presos até as 13h30, entre eles alguns líderes do movimento grevista.


Os líderes do movimento grevista disseram que não querem acabar com o Carnaval do Rio e ressaltaram que ainda faltam oito dias para a festa, tempo suficiente para que as renegociações aconteçam.


Justiça Militar expede 11 mandados de prisão, diz PM


O relações públicas da Polícia Militar, coronel Frederico Caldas, ainda disse que a Justiça Militar expediu 11 mandados de prisão para todas as lideranças do movimento grevista do Rio. Segundo ele, os policiais que cruzarem os braços serão responsabilizados e submetidos a conselhos disciplinares.


Ainda de acordo com o coronel Caldas, o número de faltas nas unidades nesta sexta é desprezível.


Pela manhã, o major Hélio Oliveira, da associação dos oficiais inativos, e o cabo João Carlos Gurgel, ambos líderes do movimento grevista, foram presos após se apresentarem no Quartel General no início da tarde desta sexta-feira (10).


Os advogados do cabo Gurgel já foram acionados, mas nenhuma medida havia sido tomada até às 12h45. Não havia informações sobre a defesa do major Hélio.


Os dois participaram de uma entrevista coletiva no inicio desta tarde, na Coligação dos Polícias Civis, no centro da capital fluminense, onde reconheceram avanços nas negociações com o Estado, mas disseram que a proposta ainda não é suficiente.


O grupo disse que não quer acabar com o Carnaval do Rio e ressaltou que ainda faltam oito dias para a festa, tempo suficiente para que as renegociações aconteçam.





Início da greve



Bombeiros, policiais militares e policiais civis do Rio decretaram greve por volta das 23h20 da última quinta-feira. No horário, mais de 2.000 manifestantes se concentravam na Cinelândia, centro da capital fluminense. O anúncio de paralisação aconteceu no dia em que a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) aprovou reajuste de 38,81% até 2013 para as categorias - percentual considerado insatisfatório. Sem votação, um líder do movimento fez o comunicado no microfone, durante a manifestação na Cinelândia.

- A partir deste momento, policiais civis, policiais militares e bombeiros estão oficialmente em greve.

Bombeiros, PMs e policiais civis disseram que continuarão atuando em casos emergenciais. Cerca de 30% do efetivo da Polícia Civil permanecerá em atividade. As investigações devem ser congeladas, mas ocorrências consideradas graves serão atendidas.

Assista aos vídeos:




 





http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/greve-no-rio-pm-prende-145-policiais-mas-libera-129-20120210.html

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