Para criar inimigos não é necessário declarar guerra, basta dizer o que pensa – Martin Luther King
"O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. O Direito não é uma simples idéia, é força viva. Por isso a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada, por meio da qual se defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça bradir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança."
-- Rudolf Von IheringFrases, poemas e mensagens no
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sábado, 21 de novembro de 2009
Homenagem ao professor e historiador Ney Alberto Gonçalves de Barros (Patrimônio Cultural e Histórico de Nova Iguaçu/Rj/Brasil)
sábado, 13 de junho de 2009
Movimento Cívico Juntos Somos Fortes!
A Tragédia da Insegurança Pública no Rio de Janeiro
A Morte por R$ 30,00
Um Cidadão Fluminense Morre ou Desaparece por Hora
10.000 Morrem ou Desaparecem por Ano
CARTA ABERTA
Ao Povo Brasileiro;
À Mídia Nacional e Internacional;
Aos Policiais Militares;
Aos Bombeiros Militares; e
Aos Funcionários Públicos:
“O Movimento Cívico Juntos Somos Fortes!” nasceu do desdobramento das mobilizações cívicas ocorridas no Rio de Janeiro, nos anos de 2007 e 2008, quando Oficiais e Praças, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, no uso de seus direitos cidadãos, foram às ruas para cientificar à população fluminense sobre a grave crise vivenciada na segurança pública, diante do total descaso governamental, com os servidores públicos, que possuem a missão de servir e proteger os cidadãos fluminenses.
Os grupos mobilizados “Coronéis Barbonos” e “40 da Evaristos” encaminharam documentos formais ao Governador Sérgio Cabral (PMDB) e diante de sua total inércia, na adoção de medidas efetivas para solucionar a crise, foram às ruas, ordeira e pacificamente, realizando atos cívicos em Copacabana (2); Cinelândia (1) e ”Marchas Democráticas”(2) na orla do Leblon.
Informamos ao povo fluminense as nossas péssimas condições de trabalho, bem como, os nossos salários famélicos, espantando o cidadão fluminense, que surpreso não acreditava que arriscávamos as nossas vidas por cerca de R$ 30,00 por dia.
Os Oficiais e os Praças foram perseguidos pelo Governador Sérgio Cabral (PMDB) que os movimentou de OPM; puniu disciplinarmente; alterou leis; afastou de funções; cortou gratificações; impediu promoções e encerrou carreiras honradas.
Apesar de todas essas represálias, nós não desistimos e continuamos na luta, sobretudo através da internet, onde criamos a “blogosfera policial”, um fenômeno reconhecido internacionalmente, onde garantimos o nosso direito constitucional da liberdade de expressão.
Agora, voltaremos às ruas do Rio de Janeiro, mais uma vez, ordeira e pacificamente, considerando que a insegurança pública se agravou sobremaneira no atual Governo Estadual, se transformando em uma gigantesca tragédia, que resulta em milhares de assassinatos de cidadãos fluminenses.
A cada ano, mais de 10.000 cidadãos fluminenses são assassinados ou desaparecem (incendiados em fornos de micro-ondas, dados como alimento para porcos, sepultados em cemitérios clandestinos, etc) no Estado do Rio de Janeiro.
No dia 20 de junho de 2009, às 10:00 horas, realizaremos um ato cívico na Praia de Copacabana, na Avenida Atlântica com Avenida Princesa Izabel.
A luta é de todos nós, una-se a nós, mobilize-se e convoque seus amigos e familiares.
Venha salvar a si mesmo e aos seus entes amados, antes que eles possam ser a vítima da próxima hora.
Deus está conosco. MCJSF.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
FAZENDÁRIOS AMEAÇAM PARAR SE RETRIBUIÇÃO ESPECIAL NÃO FOR REAJUSTADA
Os funcionários da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) poderãoparalisar suas atividades no próximo dia 18 caso o Governo não apresenteuma solução para o impasse que envolve o reajuste da Retribuição Especialde Trabalho da Administração Fazendária, a Retaf, um benefício mensalincorporado aos salários desses trabalhadores. A informação foi dada porrepresentantes do Sindicato dos Fazendários do Estado do Rio (Sinfazerj)durante audiência pública realizada, nesta terça-feira (09/06), pelaComissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social da AssembleiaLegislativa do Rio, presidida pelo deputado Paulo Ramos (PDT). ?Apaciência dos fazendários está chegando ao fim. É uma categoria muitoimportante para o estado. Estamos marcando para a próxima quinta-feira umnovo encontro aqui na Alerj, em horário a ser definido, onde esperamos aresposta definitiva do Governo. Entendemos que é do interesse doExecutivo a atualização da Retaf?, comentou Ramos.A discussão, que pode suspender a arrecadação tributária no estado portempo indeterminado a partir da paralisação de 4 mil funcionários daSefaz, deve-se à não-atualização da Retaf ? a retribuição é uma garantiaprevista na Lei 1.650/90 para funcionários fazendários e fiscais de rendaligados à Secretaria de Fazenda. Segundo o Sinfazerj, ter sido concedidopor intermédio de uma norma legal indica que o benefício ?é uma clarademonstração de entendimento da importância do papel do servidorfazendário?. Os trabalhadores reivindicam nesse momento um reajuste de14,1% na Retaf, referente aos três últimos anos em que ela não foiatualizada ? 2007, 2008 e 2009. ?Queremos a garantia dos nossos direitos.Não estamos aqui pedindo um favor, mas o cumprimento de uma lei. São trêsanos sem atualização da Retaf. É um absurdo?, comentou o presidente doSinfazerj, Marcelo Cozzolino. ?Somos responsáveis pela arrecadação doestado e quero anunciar que quinta-feira será o último dia de espera.Caso não haja solução, a Fazenda vai parar?, decretou.A audiência de hoje contou com grande participação dos fazendários, o quefez com que o encontro tivesse que ser transferido da sala 311 para oplenário da Casa. A ausência do secretário de Estado de Fazenda, JoaquimLevy, foi muito criticada tanto por parlamentares como por sindicalistas.Levy enviou um oficio à comissão justificando a ausência e explicando quesua pasta não é responsável por ?questões como salários e gratificações?.No texto, o secretário disse ainda que a definição desse impasse dependeda Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). O titular daSeplag, Sérgio Ruy Barbosa, também não foi ao encontro, mas enviou otécnico Ivan Diniz de Oliveira, que não soube afirmar quanto tempolevaria para que o Governo desse uma resposta aos trabalhadores. ?Estamoscom os documentos em mãos e vamos estudar a melhor solução para osfazendários. A responsabilidade é da secretaria e vamos dar prioridade aotema?, explicou.O presidente da Comissão de Tributação, Controle da Arrecadação Estaduale Fiscalização dos Tributos Estaduais da Alerj, deputado Luiz Paulo(PSDB), foi enfático e afirmou que um dos motivos para a arrecadação doestado ter caído é ?a falta de valorização do servidor público daSecretaria de Fazenda?. ?A arrecadação tributária está muito aquém daspossibilidades do estado. Hoje estamos muito atrás de Minas Gerais,segundo colocado no ranking nacional. Existem vários motivos para esseproblema, mas o principal deles é a falta de funcionários para dar contado serviço. É preciso que sejam feitos concursos públicos, tanto parafazendários como para fiscais. A arrecadação do estado precisa crescer.Queremos saber que política é essa que pune o servidor e prejudica aarrecadação?, questionou o parlamentar. Também participaram da reunião opresidente da Comissão de Economia, Indústria e Comércio da Casa,deputado André Corrêa (PPS), e o presidente do Sindicato dos Fiscais deRenda do Estado do Rio, Juarez dos Santos.(FONTE: COMUNICAÇÃO SOCIAL DA ALERJ)
PauloRamos@alerj.rj.gov.br
segunda-feira, 8 de junho de 2009
PRIMEIRO CANDELÁRIA, DEPOIS VIGÁRIO GERAL E AGORA A NOVA TRAPALHADA DOS INVESTIGADORES PMERJ E PC, O CASO DAS ACUSAÇÕES SEM PROVAS EM CAXIAS (15º BPM)
Justiça absolve PMs que foram acusados de receber propina de traficantes
domingo, 7 de junho de 2009
PMs Sergipe: Operação Tartaruga
A policia militar iniciou na manha desta sexta feira (05), a operação tartaruga. Seria a greve branca, em retaliação ao governo do estado, que fechou as portas para negociar com a classe. O índice de criminalidade que já era alto, a partir de agora, vai aumentar, o que deixa a população assustada, sem ter a quem pedir socorro.
O presidente das Associações Unidas da Policia Militar, capitão PM, Samuel Barreto, disse em entrevista ao programa Liberdade sem Censura, que a partir de hoje, os policiais só sairão para o trabalho, devidamente uniformizados, como determina a constituição. Ele disse que o policial para sair do quartel deverá ter: armas, colete a prova de bala, coturno e, aqueles motoristas de viaturas que não tem habilitação ou que estejam com a CNH vencida, não vão mais dirigir as viaturas.
Alem disso, Samuel disse que, nenhuma viatura irá ultrapassar os 60 KM por hora, que a lei determina. Viaturas da policia, não mais passarão nos semáforos, caso este esteja fechado (vermelho), já que, em serviço, tanto a velocidade como os sinais não eram respeitados por força do trabalho por eles desenvolvidos.
Samuel pediu paciência para a sociedade, pois segundo ele, se a partir de agora houver demora no atendimento, isso será por conta de que a policia estará “respeitando o que determina a Lei”.
“Nós agora vamos trabalhar rigorosamente dentro da lei. Se houver algum veículo em conservação ruim não vamos dirigir, se a habilitação do policial estiver vencida também não vamos dirigir a viatura, assim como se algum militar não tiver habilitação não vamos conduzir. Caso algum comandante faça essa exigência vamos entrar na Justiça por acusação de assédio moral, porque isso é inadmissível”, afirma Samuel, dizendo ainda que todos os policiais, quando saírem de suas casas para se dirigirem ao quartel, não mais irão fardados.
Segundo ele, no trajeto de suas residencias até o quartel, vários policiais que iam para o trabalho ja devidamente uniformizados, nos transportes coletivos, acabavam por inibir as ações dos marginais. “Todo policial daqui para frente vai levar seu uniforme dentro de uma bolsa, pois o serviço começa a partir da hora em que está nas ruas”, disse.
Fonte: Fax Aju
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Hospital vai indenizar policial que recebeu tratamento inadequado
"A INJUSTIÇA QUEIMA A ALMA E PERECE A CARNE"
PMs são absolvidos de acusação da chacina de Vigário Geral
http://odia.terra.com.br/blog/blogdaseguranca/200808archive001.asp
Vigário Geral: tragédias por todos os lados
Vigário Geral e o Rio de Janeiro se refletem em um espelho, quando somam impunidade e injustiça.
Uma das parentes de vítima teve a indenização negada no fim do ano passado pela Justiça, sem maiores explicações. É obrigação do Estado recorrer, como manda a lei. Mas surpreendeu que em última instância a vítima tenha perdido. É inexplicável. Trata-se de uma senhora que até hoje vive em Vigário, sem maiores perspectivas. Não sabe nem que a vida lhe foi injusta. Já não sabe o que é vida.
Poucos sabem, mas há um PM no caso de Vigário Geral que acabou se tornando vitima. Trata-se de Sérgio Cerqueira Borges, conhecido como Borjão.
Borjão foi um dos presos que em 1995 já eram vistos como inocentes, colocados no meio apenas por ser do 9º´BPM. A inocência de Borjão no caso era tão patente que ele inclusive foi o depositário de um equipamento de escuta pelo qual o Ministério Público pôde esclarecer diversos pontos em dúvida.
Borjão foi expulso da PM antes mesmo de ser julgado pela chacina. Era preso disciplinar por "não atualizar endereço".
Borjão conta até hoje que deu depoimento
"No Natal fui transferido para a Polinter. Protestei aos gritos contra a injustiça. e Me mandaram para o hospital psiquiátrico em Bangu mas, por não ter sido aceito, retornei e em dias fui transferido para Água Santa. Lá também fui espancado e informei no dia seguinte em juízo, estando com diversos ferimentos, mas sequer fiz exame de corpo delito. Transferido para o Frei Caneca, pude ajudar a gravar as fitas com as confissões e em seguida fui transferido para o Comando de Policiamento do Interior. Após a perícia das fitas fui solto. Dei entrevistas me defendendo e tive minha liberdade provisória cassada e me mandaram para o 12ºBPM a fim de me silenciarem. No júri, fui absolvido. Meus pedidos de reintegração à PM nunca foram respondidos".
A história de Borjão ao longo de todos estes 15 anos só não supera mesmo a dor de quem perdeu alguém na chacina. Mas eu não estaria exagerando se dissesse que Sérgio Cerqueira Borges acabou se tornando uma vítima de Vigário Geral. "Tive um filho com 18 anos assassinado por vingança. Sofri vários atentados e um deles, a tiros, me fez perder parcialmente os movimentos da perna esquerda. Sofro de diabete, enfartei aos 38 anos e vivo com um tumor na tireóide. Hoje em dia tento reintegração à PM em ação rescisória, o processo é o número 2005.006.00322 no TJ, com pedido de tutela antecipada para cirurgia no Hospital da PM para extração do tumor. Portanto, vários atentados à dignidade humana foram cometidos. As pessoas responsáveis nunca responderão por diversas prisões de inocentes? Afinal foram 23 inocentes presos por quase quatro anos com similares seqüelas. A injustiça queima a alma e perece a carne!", desabafa Borjão.
Borjão hoje conta com ajuda da OAB para lutar por sua reintegração. Mas o desafio é gigantesco.
Sobreviver de forma quase tão dura como os parentes de 21 inocentes, estas pessoas que sobrevivem mais uma vez a cada dia, a cada hora. No Rio de Janeiro é assim: as tragédias têm vários lados e a tristeza de quem tem memória dificilmente se dissipa. Pelo menos nesta data, neste 29 de agosto que nos asfixia.
Polícia prende falso taxista que roubava passageiros 22/5/2009 - ASCOM/PCERJ
Samara Melo
Após uma denúncia anônima, policiais de 38ª DP (Irajá), prenderam o falso taxista Bruno Levi Silva de Moura, 23 anos, nesta sexta-feira, na Praça Dois, em Vigário Geral. Ele foi surpreendido com um carro roubado, que foi pintado como táxi e circulava pelas ruas do Rio prestando serviço a terceiros. Alguns passageiros do falso táxi foram roubados por Bruno.
De acordo com os agentes, o carro em que Bruno circulava como táxi, foi roubado na região da delegacia, e ostentava a placa e o taxímetro do verdadeiro veículo, levado por ladrões da empresa em que Bruno trabalhou. O carro foi depois recuperado.
BRASIL TEM "CONCEITO INFELIZ"DE QUE DIREITOS HUMANOS SÃO PARA BANDIDOS, DIZ COORDENADOR DA ANISTIA
Segundo Tim Cahill, a entidade coloca os direitos humanos em um conceito mais amplo. Para a Anistia, "se os direitos econômicos e sociais forem assegurados os direitos humanos também serão".
"Quem não recebe saúde ou educação está mais vulnerável aos abusos da polícia ou à tortura", diz Cahill. Além da falta de políticas específicas voltadas a melhorar a vida de comunidades carentes, Cahill destaca que a sociedade brasileira tem um conceito errado de direitos humanos.
Violência policial
No Rio de Janeiro, as milícias formadas, na maioria das vezes, por policiais e os traficantes de drogas e que controlam cerca de 170 favelas disputaram o controle de diversas partes da cidade. A Anistia lembra que durante as eleições o Exército precisou ser destacado para garantir a segurança de candidatos em algumas localidades.
"As milícias são consequência da impunidade. As milícias, hoje, acabam ameaçando a vida dos moradores e a estrutura democrática do Estado já que estão elegendo até deputados estaduais", diz Tim Cahill.
Violação dos direitos humanos no mundo
* P. Taggart/UNHCR
Desabrigados no Congo
* E. Hockstein/UNHCR
Busca por água no Quênia
* US DoD
Prisões em Guantánamo
* Veja mais fotos
Ainda na capital fluminense, o ano foi marcado por diversas incursões de policiais nas favelas, resultando na morte de várias pessoas. A Anistia diz que o número de homícidios na cidade diminuiu, mas as pessoas mortas pela polícia em casos registrados como "autos de resistência" representaram aproximadamente 15% do total de mortes violentas ocorridas entre janeiro e outubro de 2008.
Em São Paulo, também houve redução na quantidade de homicídios, mas o número de pessoas mortas por policiais militares, assim como no Rio, aumentou. De janeiro a setembro de 2008, a polícia paulista matou 353 pessoas.
Tim Cahill lembra a ocupação da favela de Paraisópolis pela polícia como forma de ação errada do governo contra o crime.
"A ocupação de Paraisópolis por 90 dias não trouxe elementos de Estado, não garante segurança em longo prazo. Eles não fazem planos com outros departamentos como saúde e educação. Essas medidas são pura publicidade. O governo quer mostrar que está fazendo alguma coisa", diz.
No Nordeste a situação não é diferente. A Anistia cita um relatório da ONU que revela que o Ministério Público em Pernambuco estimou, em 2007, que cerca de 70% dos homicídios em Pernambuco são cometidos por esquadrões da morte.
Índios
Os povos indígenas continuaram a ser vítimas de assassinatos, violência, intimidações, discriminação, expulsões forçadas e outras violações de direitos humanos, segundo a Anistia Internacional.
Se a população percebesse que se todos tivéssemos os direitos humanos garantidos a economia e a segurança, por exemplo, seriam melhoradas
Tim Cahill - coordenador da Anistia Internacional para assuntos brasileiros
A ONG lembra a luta dos índios da Reserva Raposa Serra do Sol em Roraima que lutaram contra arrozeiros pela demarcação da terra. Em 20 de março deste ano, o STF confirmou a homologação contínua da Raposa Serra do Sol e determinou a retirada dos não-indígenas da região.
Luta no campo
Para a Anistia Internacional, as expulsões forçadas no campo, na maioria das vezes praticadas por empresas de segurança privadas irregulares ou insuficientemente regularizadas, contratadas por proprietários de terras, e a tentativa de criminalizar os movimentos que apoiam as pessoas sem terra continuaram a ocorrer em 2008.
No Rio Grande do Sul, promotores e policiais militares montaram um dossiê com diversas alegações contra integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Milícias armadas ilegais continuaram a atacar trabalhadores sem terra no Paraná.
Números da "crise" segundo a Anistia Internacional
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81 países...
...restringem a liberdade de expressão
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78% das execuções...
...ocorreram em países do G-20
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27 países...
...negaram asilo a pessoas que poderiam morrer se voltassem para casa
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Em 47% dos países do G-20...
...pessoas passaram por julgamentos injustos
Já o Pará é considerado pela ONG como o Estado com os maiores números de ameaças e de homicídios de ativistas rurais. A Anistia lembra que Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi absolvido, em maio do ano passado, da alegação de assassinato da freira Dorothy Stang em 2005. A freira defendia causas ambientais e trabalhadores sem-terra. Em abril deste ano a Justiça do Pará anulou o julgamento de 2008 e determinou a prisão preventiva de Vitalmiro Bastos de Moura.
Corrupção
A Anistia Internacional considera a corrupção no Brasil como uma forma de violação dos direitos humanos. O relatório anual cita casos como um esquema de desvio de verbas públicas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para serviços contratados por Câmaras municipais.
Para Tim Cahill, o assunto pode ser considerado violência contra a população do país. "A corrupção é um elemento importante. Ela tira recursos do Estado que são requisitados para o investimento em desenvolvimento social", disse.
Melhoras
Apesar de não exemplificar no relatório, a Anistia destaca que o Brasil conquistou algumas vitórias no campo dos direitos humanos.
Tim Cahill cita como conquistas o início do debate pela lei da anistia e a CPI das milícias no Rio de Janeiro.
"Tivemos vitórias importantes que são consquências de lutas longas e perigosas. Há um reconhecimento, mesmo que pequeno, por parte do governo da importância dos direitos humanos", afirma.
- REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL