"O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. O Direito não é uma simples idéia, é força viva. Por isso a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada, por meio da qual se defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça bradir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança."

-- Rudolf Von Ihering

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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Nova Iguaçu (Brasil vergonha): ruas que deveriam ter sido asfaltadas ainda sofrem com lama e poeira.


http://ondeoventofazacurvalagoinha.blogspot.com/2011/10/justica-do-rio-bloqueia-bens-do-senador.html

Rua João Mateus, em Nova Iguaçu: em lugar de asfalto, lama Foto: Roberto Moreyra / Extra

Aline Custódio

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Do portão de casa, Antônia Maria Barbosa, de 64 anos, aguarda a próxima chuva que, a exemplo das últimas, transformará num rio de lama a Rua João Mateus, no bairro Laranjeiras, em Nova Iguaçu — quase toda a via, com 295 metros, é um caminho de terra cercado pelo mato alto. O que passou longe da porta de Antônia foram as melhorias prometidas para a João Mateus.
A rua, ao lado de outras 116 vias, faz parte de um dos oito contratos de obras de saneamento básico assinados entre a Prefeitura de Nova Iguaçu e a Rumo Novo Engenharia Ltda., entre 2005 e 2006 — época em que o senador Lindbergh Farias (PT/RJ) era prefeito do município. Totalizando R$ 5,9 milhões, as licitações são citadas na ação civil pública movida pelo Ministério Público estadual, em Nova Iguaçu, que acusa Lindbergh e outros oito réus de improbidade administrativa.
Há cinco anos, Antônia quase teve motivos para comemorar o fim das enchentes, ao ver um trecho de 20 metros ser asfaltado e ter o esgoto encanado. A obra, porém, parou sem que os moradores fossem informados do motivo.
— Vi uns homens medindo a rua e fiquei animada. Quando a obra começou, comemorei ainda mais. Só que eles foram embora pouco tempo depois e as enchentes voltaram — recorda Antônia.


Antônia Maria Barbosa na porta de sua casa, na Rua João Mateus: só 20 metros da via foram asfaltados
Antônia Maria Barbosa na porta de sua casa, na Rua João Mateus: só 20 metros da via foram asfaltados Foto: Roberto Moreyra / Extra

Os outros 275 metros da João Mateus continuam sendo uma trilha de poeira, em dias ensolarados, e de lama, nos chuvosos. Outras duas ruas e uma avenida do Rodilvânia também não tiveram as obras concluídas pela Rumo Novo antes de o contrato ser rescindido pela prefeitura.
No bairro da Grama, o vendedor Pedro Paulo dos Santos, de 42 anos, cansou de esperar a pavimentação da Rua Benjamim Batista, iniciada pela Rumo Novo. Com outros moradores, aplicou cimento na via para acabar com a derrapagem dos carros.

— A obra começou e parou rapidinho — conta.


Pedro Paulo na Rua Benjamim Batista: na falta de pavimentação, moradores usaram cimento
Pedro Paulo na Rua Benjamim Batista: na falta de pavimentação, moradores usaram cimento Foto: Roberto Moreyra / Extra

Ex-secretário fala por meio de nota

Em nota, enviada pela assessoria de imprensa do senador Lindbergh Farias, o ex-secretário de Governo de Nova Iguaçu, Fausto Trindade, afirma:
“Conforme já informei ao Jornal Extra na última segunda-feira, passados quatro anos, nada foi apurado em relação às licitações mencionadas. Disse na ocasião e reitero: o Tribunal de Contas do Estado aprovou todas essas licitações. Lamento que a repórter insista em relacionar a gestão do senador Lindbergh Farias a irregularidades, pois informei a ela que depois de ter verificado o não cumprimento dos contratos pela Rumo Novo Engenharia, a Prefeitura de Nova Iguaçu rompeu unilateralmente todos os contratos. Mesmo diante das dificuldades da empresa de executar a obra, não houve aditivo de contrato. Lembro que todas as contas do primeiro mandato de Lindbergh Farias em Nova Iguaçu foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado”.
Nesta quarta-feira, o advogado Medson Rodrigues respondeu em nome de Cleonice Paulina Neves, sócia na Rumo Novo Engenharia Ltda., Norberto José Torradefló Palácio, citado pelo MP como sócio oculto na mesma empresa, e Paola Michelle Neves Torradefló, sócia na Aporte Serviços e Comércio de Materiais, Equipamentos e Insumos Ltda.
Segundo Medson, a família deixou as empresas sob o controle de Vítor Luiz Vicente Távora, sócio na Rumo Novo, a partir do início de 2006. Ele afirmou que a empreiteira não era de fachada e que a família foi enganada por Vítor, que teria fechado as empresas sem os sócios saberem. Norberto morreu no ano passado. Sem bens próprios, Cleonice e Paola vivem numa casa alugada.
O EXTRA tentou ouvir Vítor na terça-feira. No telefone residencial, uma outra pessoa afirmou que o número não pertence a ele.



Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/nova-iguacu-ruas-que-deveriam-ter-sido-asfaltadas-ainda-sofrem-com-lama-poeira-2886404.html#ixzz1c5qyy7hc

Um comentário:

Ciro disse...

www.clickanovaiguacu.com.br