Pedro Dória, O Globo
Na semana passada, o Facebook anunciou uma série de mudanças na maneira como funciona e em sua aparência. O noticiário das próximas semanas é previsível. Usuários vão reclamar, acusações de quebra de privacidade circularão, uns tantos vão deixar o sistema em protesto. E aí tudo voltará a ser como dantes.
Não é que os infelizes não tivessem suas razões. Tinham. Mas já aconteceu e essas coisas se repetem. Enquanto isso, mais um passo foi dado para a criação de uma internet paralela.
Pois existem duas maneiras de enxergar o que Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, está fazendo. A primeira é justamente a de uma internet paralela. Ela é organizada, bem acabada e absolutamente fechada. Já tem mais de 700 milhões de usuários.
A segunda é a de que ele está construindo sobre a internet livre que todos usamos uma nova camada. Esta camada melhora a rede, facilita nossa vida e nos transforma a todos em dependentes do Facebook.
O Google já é assim. Dependemos dele. A rede é inimaginável sem o Google. Ser o segundo a conquistar tal status não é trivial. O Facebook está quase lá.
Para chegar lá, porém, algumas mudanças se fizeram necessárias. A primeira é mudar a alma por trás do botão "curtir". Espalhado por toda a rede, presente em quase todo site, serve para que o usuário recomende em sua página de perfil no Facebook uma foto, um artigo. O "curtir" mudará. Quem faz programinhas para o Facebook poderá usar qualquer verbo. Um site de fotos poderá ter o selo "eu vi uma foto", o jornal seu "li este artigo".
A mudança parece sutil, porém, ao implantar linguagem natural, algo de fundamental muda. No seu Facebook, tudo aparecerá como uma lista de atividades lógica e humana. Agradável.
Leia a íntegra em A web paralela do Facebook
Nenhum comentário:
Postar um comentário