"O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. O Direito não é uma simples idéia, é força viva. Por isso a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada, por meio da qual se defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça bradir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança."

-- Rudolf Von Ihering

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sábado, 3 de dezembro de 2011

ABSOLVIDA PELA JUSTIÇA, MAS CONDENADA PELO TRIBUNAL POPULAR; ELEITA PELO 4º PODER COMO CULPADA. AGUARDAR ENTÃO O 2º, SE HOUVER.



Viúva da Mega-Sena é absolvida
Os outros três acusados também foram inocentados pelo júri








Rio - A viúva do milionário da Mega-Sena Adriana Almeida e os outros três acusados da morte de Renné Senna foram absolvidos na madrugada deste sábado. A sentença causou indignação aos presentes no Fórum de Rio Bonito e o MP já avisou que vai recorrer apenas da absolvição de Adriana. A promotora Priscilla Naegelli Xavier disse que se trata de uma decisão majoritariamente contrária às provas reunidas nos autos e por isso vai recorrer.
Adriana Almeida é absolvida | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia


O PM Ronaldo Amaral, um dos absolvidos, está aliviado: "Estou feliz porque minha inocência foi finalmente provada. Quem me conhece sabe que sou inocente, mas fico triste por tudo que passei, por ter ficado preso injustamente e por todo o sofrimento e humilhação que minha família teve que aguentar', afirmou. Ele vai conversar com seu advogado para ver a possibilidade de mover uma ação contra o estado.


Também inocentada, a personal trainer Janaina Oliviera afirmou que a sensação é de alívio e de vitória: 'A justiça foi finalmente feita. Minha vida recomeça do zero a partir da agora. Só quero comemorar. Já sofri tanto por causa do dinheiro de outras pessoas que não quero pensar em dinheiro agora', desabafou.


Vale lembrar que o MP recomendou a absolvição dos PMs Marco Antônio Vicente e Ronaldo Amaral e da personal trainer Janaína Oliveira e a condenação de Adriana.


Viúva é vaiada


O último dia do julgamento dos acusados de envolvimento no assassinato do ganhador da Mega-Sena Renné Senna começou com uma dura exposição da promotora Priscilla Naegelli Xavier, que falou por cerca de duas horas e meia e pediu a condenação apenas da viúva do milionário, Adriana Almeida, apontada como mandante do crime, como O DIAantecipou nesta sexta-feira. Para a promotora, Adriana, vaiada quando chegou ao Fórum de Rio Bonito, é gananciosa e se relacionou com Renné por dinheiro.


A representante do Ministério Público ressaltou que a viúva busca desqualificar a filha de Renné Senna até mesmo após a morte deste, ao contestar judicialmente a paternidade da jovem.


'Até eu casaria'


Cadê a prova?”. Com esta pergunta, o advogado Jackson Costa Rodrigues, que representa a viúva Adriana Almeida, começou e encerrou a sustentação da defesa da principal acusada. Ele usou uma hora e meia das duas horas a que a defesa dos quatro acusados da morte do milionário tem direito na fase de debates. A estratégia foi continuar acusando a filha do milionário, Renata Sena, a quem chamou de mentirosa. “É uma acusação covarde e infantil. É preconceituosa. Dizem que ela casou com Renné por causa do dinheiro. E se foi? Qual o problema? Daí a matar... é outra coisa... Até eu casaria”, afirmou Jackson.
A ex-cabeleireira Adriana Almeida chega ao Fórum de Rio Bonito | Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia


Defesa acusa filha do ricaço


Diferente do ocorrido em outras intervenções, quando o advogado de Adriana chegou a provocar descontentamento da plateia com a quantidade de perguntas que fazia, desta vez ele prendeu a atenção. Sua linha de defesa, no entanto, foi continuar desqualificando os depoimentos de Renata e dos irmãos de Renné. Jackson chegou a acusar Renata da morte do pai.


A promotora explicou porque pediu a absolvição dos outros três réus. Segundo ela, não há indícios suficientes nos autos para condená-los por envolvimento no crime.


Até o fechamento desta edição, a previsão era de que a sentença fosse proferida durante a madrugada. O júri estava lotado, com fila de espera do lado de fora.


Reportagem Alessandro Ferreira e Gabriela Moreira








Viúva da Mega-Sena é considerada inocente pelo assassinato de Renné SennaAdriana Almeida, a viúva da Mega-Sena, assina o termo de absolvição Foto: Roberto Moreyra
Marcelo Gomes - Extra Online
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Após cinco dias de julgamento, o Tribunal do Júri de Rio Bonito decidiu, na madrugada deste sábado, absolver a ex-cabeleireira Adriana Almeida da acusação de ter sido a mandante do assassinato do milionário Renné Senna.


A viúva da Mega-Sena, como ficou conhecida, chorou bastante e, após abraçar os familiares, deixou o plenário acompanhada de seu advogado, Jackson Rodrigues. Adriana não quis falar com a imprensa. O Ministério Público recorreu da decisão logo depois da leitura da sentença, feita pela juíza Roberta dos Santos Braga Costa, alegando que o veredicto era manifestamente contrária às provas dos autos.


- Estou absolutamente convencida de que Adriana foi a mandante do crime. Infelizmente, esta não foi a convicção dos jurados. Vou me empenhar para que o próximo julgamento seja o mais breve possível - declarou a promotora Priscila Naegeli Vaz.


Ao receber a sentença de absolvição, a viúva da Mega-Sena abraça uma de suas advogadas Foto: Roberto Moreyra






O advogado de defesa, Jackson Rodrigues, argumentou que as provas contra sua cliente eram falhas:


- Cabe, agora, ao MP investigar tudo novamente. Acreditei na inocência dela desde que a conheci - afirmou.


Todos absolvidos


Os outros três réus do caso - os policiais militares Ronaldo Amaral e Marco Antônio Vicente e a professora de Educação Física Janaína Silva de Oliveira - também foram inocentados da acusação de assassinato, conforme havia sido pedido pelo MP.


- Foi feita justiça. Apesar desses dois anos que fiquei preso nunca mais voltarem, estou feliz com o resultado. Amanhã vou acordar com a consciência tranquila, pois sempre soube que era inocente - disse o PM Ronaldo Amaral, o China.


Já a professora Janaína de Oliveira desabafou: - Agora estou pronta para recomeçar minha vida do zero. Vou cumprir a promessa que fiz durante meu interrogatório de contar à minha filha de 1 ano tudo o que passei, as injustiças de que fui acusada, para mostrar a ela que sou uma mulher forte.


Marco Antônio Vicente não quis dar declarações à imprensa. A juíza, acatando o pedido da defesa dos PMs, também mandou devolver-lhes as armas da corporação.


Parentes de Renné Senna, que acompanharam todo o julgamento, deixaram o plenário indignados. Já os familiares e amigos de Adriana aplaudiram a sentença.


- É a vitória de Deus. Sempre soube que minha filha seria absolvida pela justiça divina - disse Creuza Almeida, mãe da viúva da Mega-Ssna.


Claudia, uma amiga de Adriana, também saiu em sua defesa: - Acraditamos na inocência da Adriana desde o início. Ficamos aqui durante cinco dias com muita fé. Essa história foi um pesadelo de cinco anos que agora passou. Só tivemos apoio dos verdadeiros amigos. Todos estavam contra nós. Era uma luta da fé - disse.


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