"O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. O Direito não é uma simples idéia, é força viva. Por isso a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada, por meio da qual se defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça bradir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança."

-- Rudolf Von Ihering

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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A nova fonte de Angola.

Postado em Energia em 13/12/2011 às 11h05




Província do Kwanza Sul - Foto: Alexandra Lopes

Embora seja a segunda maior produtora de petróleo do continente africano (só perde para a Nigéria), Angola tem como um dos maiores desafios para suportar o seu crescimento econômico fazer chegar eletricidade em todo o território nacional. Segundo dados da Direção Nacional de Energias Renováveis ligada ao Ministério de Energia e Águas, apenas 30% da população tem acesso à rede elétrica, dos quais 70% se encontra na capital.

Na tentativa de minimizar as carências em localidades mais remotas do país, com fontes limpas em substituição aos geradores movidos a diesel, o Ministério aposta na energia solar como solução mais adequada, por ser eficaz e exigir fácil manutenção.

Dentre algumas iniciativas empreendidas ao longo de dois anos destaca-se o projeto de Sistemas Solares Fotovoltáicos Isolados que promete dotar as infraestruturas sociais das comunidades rurais, como escolas, creches, centros de saúde e até mesmo igrejas com painéis solares independentes capazes de gerar uma potência máxima de 5KW/p.

A primeira etapa do projeto contou com um investimento inicial de US$ 3 milhões para a aquisição e instalação de 63 sistemas isolados.

Os painéis já estão em fase de instalação e começaram a ser colocados nas províncias de Malange, Bié, Moxico e Kuango Kubango. A segunda etapa ainda terá propostas analisadas, mas prevê 244 novos sistemas para as províncias de Luanda, Bengo, Bié, Cunene, Huambo, Huíla, Lunda Norte, Luanda Sul, Moxico, Uíge, Zaire e Cuando-Cubango, ou seja, cobrirá 12 das 18 províncias do país.

O projeto irá gerar dois postos de trabalho por província e ainda permitirá a transferência de conhecimento relativa à montagem dos painéis e manutenção dos equipamentos pelos próprios membros das comunidades.

Para a Direção Nacional de Energias Renováveis, a única desvantagem da tecnologia está no montante inicial a ser investido. “O custo de arranque é alto para a aquisição dos painéis e baterias, em compensação, quando comparado aos geradores ela compensa, visto que os gastos com manutenção são mínimos. As baterias têm cinco anos de vida útil enquanto os painéis possuem 20 anos”, comenta Landa João, coordenador do projeto no Ministério.

Outra iniciativa que complementa os esforços do Governo está na área científica e no controle das tecnologias solares implantadas. A Casa-Laboratório consiste em investigar e fiscalizar, em tempo real, as variáveis ambientais e elétricas associadas à produção e utilização eficiente da energia fotovoltáica. O 'Casol', como é conhecido, já está monitorando com precisão a quantidade de energia na rede elétrica pública, a exemplo da amplitude e distorção da tensão e cortes de fornecimento de energia.

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