A legislacao federal tem de permitir que empresas possam adquirir legalmente coletes balisticos adequados para resistencia a tiros de fuzil possam ser comprados...
Além de se obviamente lamentar a morte durante uma cobertura jornalistica do reporter cinegrafista Gelson Domingos há muito que se falar sobre o assunto que nao sejam todas as obviedades ja ditas e algumas baboseiras tambem.
E' evidente que a legislacao precisa mudar e que coletes balisticos, o popular colete a prova de balas, tenha suas especificacoes para o uso por civis alterado.
A legislacao federal tem de permitir que empresas possam adquirir legalmente coletes balisticos adequados para
resistencia a tiros de fuzil possam ser comprados.
Entretanto, e ai e' que a porca torce o rabo... .
Um colete resistente a tiros de fuzil pesa em media, devido as placas de ceramica, cerca de 15 a 20 quilos. Tal peso
dificulta tremendamente a mobilidade de quem o usa, ainda mais dentro da topografia da maioria das favelas cariocas, inclusive os proprios policiais.
Imaginem entao para um reporter cinegrafista que ainda tem de carregar sua camera e se deslocar rapidamente em busca das melhores imagens... .
Outra coisa dita e' que Gelson teria sido irresponsavel ao estar na linha de frente do confronto entre policiais
militares e traficantes do Comando Vermelho que dominam a comunidade de Antares, na Zona Oeste carioca.
Como uma boa cobertura jornalistica de imagens de uma frente de guerra pode ser feita sem que o reporter cinegrafista se exponha?
Um bom reporter cinematografico ou fotografico que cobre combates, seja entre guerrilheiros, seja entre exercitos, seja entre policiais e marginais
tem de estar e quer estar la onde a acao acontece.
Falou-se tambem na policia e as empresas de noticiais limitarem o acesso dos jornalistas e reporteres as acoes policiais nas favcelas. caramba...
censura? Codigo de comportamento draconiano? Jamais algum bom reporter ou jornalista que cobre acoes policiais vai se enquadrar
em um sistema assim. Jamais a sociedade poderia aceitar ser cerceada de informacao imediata sobre o que acontece nas frntes de guerra la fora e aqui dentro.
Guerras ceifam vidas e o que acontece no Rio e' a guerra entre a sociedade legal e duas vertentes da sociedade ilegal - o narcotrafico e as milicias.
Vidas sao ceifadas nas policiais, no meio dos marginais, na populacao inocente nas areas conflagradas e tambem dos profissionais que participam desta frente de guerra.
Jornalistas e reporteres morrem em todas as guerras do mudo e aqui nao poderia deixar de ser diferente.
Houve falhas? Talvez... .
O BOPE, tropa de elite da PM carioca que entrou primeiro na favela informou qua a area ja estava tomada.
Quando o Batalhao de Choque entrou com os jornalistas acabou se deparando com um grupo de traficantes fortemente armados que encurralado reagiu fortemente fazendo com que os PMs e' que tivessem de recuar.
Isso poderia ser previsto? Dificilmente.
Antares e' uma favela plana e sua topografia dificulta a visualizacao da movimentacao de elementos hostis.
Em frentes de combate imprevistos acontecem e foi em um destes lamentaveis imprevistos que Gelson Domingos perdeu sua vida.
Uma das grandes reflexoes que podemso tirar deste episodio e' que sera que vale a pena a estrategia da chamada guerra anunciada nas
areas a serem pacificadas permitindo a fuga dos traficantes para outras areas como Antares?
O confronto adiado hoje pode ser a morte certa de amanha....
A coluna acima é de exclusiva responsabilidade do autor.
Coluna por Segadas Vianna
Segadas Vianna
Jornalista, Cientista Político e Consultor Político, 50 anos, atua como consultor de campanhas eleitorais desde 1978 e além de colaborador de colunas políticas importantes, tem artigos publicados nos grandes jornais do Rio, como o caderno de Idéias do JB. "Edita o Blog Falando a Verdade!(http://falandoaverdadecomsegadasvianna.wordpress.com) , voltado para a área de segurança pública"
Um comentário:
SAUDADES DO AMIGO SEGADAS.O FACE TA MUITO SEM GRAÇA.
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